COMO PASSAR CONSCIENTEMENTE
PARA O OUTRO LADO DA VIDA
Quando a alma retira-se de seus corpos temporários, ou seja, dos corpos físico, emocional e mental pensante, passa por um processo que pode ser um ponto de partida para outras experiências. Em primeiro lugar, restitui ao reservatório planetário geral das substâncias o corpo físico que ocupou durante o período em que esteve vivendo sobre a Terra. Em seguida, passa por uma fase em que enfoca sua consciência nos níveis internos e supramentais de seu ser, cuidando de desprender-se o mais possível da tríplice matéria humana que lhe resta, formada pelos corpos etérico, emocional e mental pensante. Numa terceira fase do “morrer”, a alma já está liberada da influência direta de algumas características psíquicas terrenas, e pode então fundir-se com núcleos ainda mais profundos. Retorna, pois, à nítida consciência da Totalidade, de onde partiu quando veio à encarnação.
Assim, nossa relação com a “morte” e a “vida” se dará num nível de compreensão bem mais amplo e real, e com naturalidade assistiremos partirem para outras dimensões os que concluíram seu ciclo de vivências na densidade psicológica ou formal da Terra.
Assim, nossa relação com a “morte” e a “vida” se dará num nível de compreensão bem mais amplo e real, e com naturalidade assistiremos partirem para outras dimensões os que concluíram seu ciclo de vivências na densidade psicológica ou formal da Terra.
Quando entramos no longo corredor, ou túnel, não sabemos aonde ele nos conduz, e teremos de atravessá-lo sozinhos. Ninguém pode nos acompanhar nessa experiência, ainda que desencarne ao nosso lado, ao mesmo tempo, e até nas mesmas circunstâncias. Cada um precisa viver esse trecho da vida individualmente sem nada carregar consigo. Conceitos, expectativas, informações, pessoas, posses, tudo fica para trás – nada deste mundo nos acompanha.
A experiência interior apresenta-se independente de tudo e de todos. Aprendemos isso naqueles últimos momentos da encarnação terrestre, quando sentimos uma “solidão” especial. Mas, é possível prepararmo-nos para eles no decorrer da vida aqui na Terra. Assim, diante da “morte” nossa entrega poderá ser total, o que muito facilitará o processo do nosso desligamento do corpo físico e, mais tarde, dos corpos sutis: etérico, emocional e mental. Tal desligamento é que teremos o privilégio de experimentar, pois todo homem tem o direito de sentir essa liberdade última.
Não é um alívio de momentos apenas, como o que se vive durante a meditação, mas uma liberdade que se instala na vida, eternamente, sem depender de êxtases e de momentos místicos, pois na “morte” se está fora do cérebro físico e, portanto, com muito menos condicionamentos.
Após a saída do túnel advêm fatos incríveis, para depois atingirmos essa completa liberação.
Quando se desce para a encarnação, “morre-se” para uma vida mais ampla, consciente e livre. Esquecemo-nos pouco a pouco de nossa origem cósmica à medida que passamos a nos identificar com os corpos materiais nos quais entramos e com a substância mais densa em geral. Isso que, em certo sentido, pode ser considerado “morte” é, no entanto, nos níveis psicológicos e terrenos, comemorado como “nascimento”. Quando no final da encarnação, “renascemos” nos níveis sutis, aqui chora-se nossa “morte”.
José Trigueirinho Netto
https://www.otempo.com.br
"A verdadeira questão não é se há vida antes da morte. A verdadeira questão é se você está vivo antes da morte. Cada pessoa vem a este mundo com um
destino específico - tem algo que conseguir, tem que enviar uma mensagem,
deve completar algum trabalho. Ninguém está aqui por acidente, você está
aqui de forma significativa. Há um propósito atrás de você. A verdade não é algo do lado de fora para ser descoberto, é algo dentro a ser alcançada". Osho está profundamente correto. Ele ainda acrescenta: "Certa escuridão é necessária para ver as estrelas". Parece que só podemos entender a morte quando tudo que pensamos saber a seu respeito desaparecer na escuridão da noite, talvez, dessa forma, possamos compreender porque morremos.
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