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domingo, 26 de maio de 2019

MOMENTOS DE REFLEXÃO


"É exatamente disso que a vida é feita: de momentos. Momentos que temos que passar - bons ou ruins - para o nosso próprio aprendizado e, nunca esquecendo do mais importante: nada nesta vida é por acaso". (Chico Xavier)


Quando há atração sexual e o ciúme entra é porque não há amor. Há medo, porque o sexo é uma exploração. O medo se torna ciúme. Não se pode amar alguém não-livre, pois o amor só existe se dado livremente, quando não é exigido, forçado e tomado. Quanto mais controlamos, mais "matamos" o outro. As causas do ciúme estão dentro de nós; fora estão só as desculpas. O amor não pode ser ciumento. Ele é sempre confiante. Confiança não pode ser forçada. Se ela existir, segue-se por ela. Senão, é melhor separar, para evitar danos e destruição e poder amar outra pessoa. 

Quando amamos alguém, confiamos que não quererá outro. Se quiser, não há amor e nada pode ser feito. Só através do outro tornamo-nos conscientes de nosso próprio ser. Só num profundo relacionar-se o amor de alguém ressoa e mostra sua profundidade: assim nos descobrimos. Outra forma de auto descoberta, sem o outro, é a meditação. Só há dois caminhos para chegar ao divino: meditação e amor. 
 
Quando há dependência não há maturidade nem amor, há necessidade. Usa-se o outro, o que é desamoroso. Ninguém gosta de ser dependente, porque a dependência mata a liberdade. Os homens sempre querem mulheres que sejam "menos" do que eles. A maturidade vem com o amor e acaba com a necessidade. Amor é luxo, abundância. É ter tantas canções no coração, que é preciso cantá-las, não importando se há quem ouça. 

Quando somos autênticos, temos a aura do amor. Quando não, pedimos amor aos outros. Quem se apaixona não tem amor e, assim, não pode dar. Quem é maduro não cai de amor, mas se eleva nele. Duas pessoas maduras que se amam, ajudam-se a se tornarem mais livres. Liberdade, moksha, é um valor mais elevado que o amor. Por isso é que o amor não vale a pena se a destruir. 

Osho, em Amor e Liberdade
http://parar1momento.blogspot.com 


 
 Quando você observa um sentimento, esse sentimento chega a um fim. Mas mesmo que o sentimento chegue a um fim, se houver um observador, um espectador, um censor, um pensador que permanece separado do sentimento, então existe ainda uma contradição. Assim é muito importante compreender como olhamos para o sentimento. 
 
Tome, por exemplo, um sentimento muito comum: ciúme. Todos nós sabemos o que é ser ciumento. Ora, como você olha para seu ciúme? Quando você olha para esse sentimento, você é o observador do ciúme como alguma coisa separada de você mesmo. Você tenta mudar o ciúme, modificá-lo, e tenta explicar por que você está justificando ser ciumento, e por aí vai. Assim existe um ser, um censor, uma entidade apartada do ciúme que o observa. Num momento o ciúme pode desaparecer, mas ele volta novamente, e ele volta porque você não vê realmente aquele ciúme como parte de você. O que estou dizendo é que no momento em que você dá um nome, uma marca para aquele sentimento, você o colocou na moldura do velho, e o velho é o observador, a entidade separada que é feita de palavras, ideias, opiniões sobre o que é certo e o que é errado. 
 
Mas se você não nomeia esse sentimento – o que exige tremenda atenção, muita compreensão imediata – então descobrirá que não existe observador, nem pensador, nem centro de onde você está julgando, e que você não é diferente do sentimento. Não existe “você” que o sente.
 
J. Krishnamurti, The Book of Life
http://hwww.jkrishnamurti.org

 

Não tente abrir o seu coração agora. Isso seria um movimento sutil de agressividade para com a sua experiência imediata.
 
Nunca diga a um coração fechado que deve ser mais aberto; ele vai se fechar com mais força para proteger-se, sentindo sua resistência.

Um coração se abre apenas quando as condições forem adequadas; sua demanda para abertura leva a um fechamento ainda maior. Esta é a inteligência suprema do coração.

Em vez disso, curve-se ao coração em seu estado atual. Se ele está fechado, que seja fechado; santifique este fechamento.

Faça-o se sentir seguro; seguro, mesmo para se sentir inseguro.  Confie que quando o coração estiver pronto, e não um momento antes, ele vai se abrir, como uma flor no calor do sol.
 
 Não há pressa para o coração.
 
Confie na abertura e no fechamento também; a expansão e a contração; esta é a maneira do coração respirar; seguro, inseguro, seguro, inseguro; a bela fragilidade do ser humano; e todos que vivenciam o amor mais perfeito.

Conheça o outro no vasto campo do amor, num campo sem histórias, sem as pressões do passado, em que o outro é abraçado exatamente como ele é, na sua dor, na sua raiva, em sua frustração, em toda a sua perfeita imperfeição; em que vocês já não buscam ser completos através do outro, porque a completude é o próprio campo, e tudo o que o contém, e o outro não pode destruir o campo hoje, ou qualquer outro dia.
 
Pois o campo é o próprio amor, é uma meditação sem fim, e no amor não há 'outros' , só o seu próprio reflexo, brilhantemente disfarçado.

Neste campo incondicional centrado em seu coração transbordante, você pode conhecer um ao outro, aqui e agora, na doença, na saúde, na beleza, na transitoriedade.
 
E curva-se diante do outro.
 
 Jeff Foster, em Não há Pressa para o Coração 
http://mara-mariangela.blogspot.com

 

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