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domingo, 24 de dezembro de 2017

TODA APARÊNCIA É ILUSÃO



Toda a aparência é ilusão (Maya) e o “presenciador” é Brahman. O que é visto, ou seja, a aparência, é falso, e o que vê é Brahman. Há uma declaração nos Vedas que diz que existem somente duas entidades: aquilo é visto e Aquele que vê. O Vedanta declara isso de maneira contundente. Neste mundo não há nada além do observador e do observado. Aquele que reside no coração de cada um é Brahman e Ele é “Real”.

Quem se refugia no que é visto, perece; e quem se refugia em Brahman, alcança o estado Dele. Se você concentrar a atenção no visto (no mundo objetivo), você será destruído assim como aquilo que é visto (o mundo objetivo). A pergunta é: se aquilo que é visto não é verdadeiro, por que é visível, então? O que é visto é falso, porque tudo o que é visto é a magia criada pelo olho. É por isso que não é verdadeiro.

No espelho vemos um rosto, isso implica que parece existir dois rostos; significa então, que hajam dois “você”? O fato é que “você” é somente um, entretanto, parece existir dois. Um pintor pinta quadros com tinta e diz: “esta é uma montanha, este é o Sr. Vishnu, esta é a Deusa Laskmi”. Você aceita isso como real? Você é o criador. O que na realidade é madeira (a tela), aceitamos como se fosse carne. É o milagre do olho.

Aquele que adorar o ‘Si mesmo Real’ desvendará o próprio ‘Si mesmo Real’. Este mundo mortal é feito de terra e será reduzido a poeira apenas. O corpo humano vem da maternidade e vai para o túmulo. Devemos comer o interior do coco e jogar a casca. Aquele que come a casca, consegue só quebrar os dentes.


Siddharameshwar Maharaj
ricardo-yoga.blogspot.com.br



PEGUE A PÉROLA DA CONCHA 

Saiba que a forma exterior passa, mas o
Mundo do Significado permanece para sempre.
Quanto tempo te enamorarás do formato do jarro?
Deixe de lado o formato do jarro: Vá buscar água!
Tendo visto a forma, não percebes o significado.
Se és sábio, pega a pérola da concha.

Jalaluddin Rumi
ricardo-yoga.blogspot.com.br



A ILUSÃO DO ARCO-ÍRIS

Enquanto respira suavemente buscando equilibrar pensamentos e sentimentos – harmonizando o seu ser - observe os movimentos da sua mente.
 
Mente é ilusão, aquilo que não é, mas aparenta ser, e aparenta tanto que você pensa que é a mente. Mente é apenas um sonho, uma projeção, uma bolha de sabão flutuando no ar.
 
Perceba... Os raios do sol penetram na bolha, um arco íris é criado, mas não há nada ali. Quando você toca a bolha, ela estoura e tudo desaparece – o arco íris, a beleza. Nada resta. Apenas o vazio infinito. Existia apenas uma bolha.
 
Sua mente é apenas uma bolha – dentro, o seu vazio; fora, o meu vazio. Apenas uma bolha. Fure-a, e a mente desaparece.

Algumas pessoas dizem que gostariam de atingir um estado silencioso da mente. Pensam que a mente pode ser silenciosa... Mas a mente nunca pode ser silenciosa, pois mente significa tumulto, doença, mal. Mente significa o estado tenso, angustiado.
 
A mente não pode ser silenciosa. Quando há silêncio, não há mente. Quando o silêncio vem a mente desaparece. E quando a mente existe, o silêncio não existe mais. Por isso não pode haver uma mente silenciosa, assim como não pode haver uma doença saudável. Quando existe saúde a doença desaparece. O silêncio é a saúde interna e a mente é a doença interna – o distúrbio interno.
 
Portanto, não pode haver uma mente silenciosa – abandone essa ilusão. É como se você estivesse pensando em percorrer o arco íris, e me perguntasse: Que passos devo dar para percorrer o arco íris? Eu diria: Não há arco íris. Ele é apenas uma aparência. Um arco íris apenas parece existir. Ele não existe; É uma falsa interpretação da realidade.

A mente não é a sua realidade – Você não é a mente, nunca foi e nunca poderá ser a mente. Esse é o problema. Você se identificou com algo que não existe. Você é como um mendigo que acredita possuir um reino. E fica muito preocupado com esse reino, em como administrá-lo, em como prevenir uma anarquia. Não existe nenhum reino, mas o mendigo está preocupado.
 
E o que significa não mente? É difícil entender, mas às vezes, sem saber, você alcança esse estado, mesmo que não reconheça. Algumas vezes, estando apenas sentado, sem fazer nada, a mente fica sem pensamentos. E quando não há pensamentos, onde está a mente? Quando não há pensamentos, não há mente, pois ela é justamente o processo de pensar.
 
A mente é exatamente como uma multidão; os pensamentos são os indivíduos. Elimine cada pensamento, cada indivíduo e, no final, nada restará. Perceba, não existe mente como tal, apenas pensamentos. Mas eles se movem tão depressa, que você não pode ver o intervalo entre dois pensamentos. Mas o intervalo existe sempre. E você é justamente esse intervalo.
 
Os pensamentos são acidentais – eles vêm e vão, mas esse espaço interior permanece sempre. As nuvens se juntam e desaparecem, são acidentais, mas o céu permanece.
Você é o céu.

Aprofunde-se no silêncio... Tudo aquilo que vem e vai – como os pensamentos – é irrelevante. Não se preocupe com isso: é apenas fumaça. O céu que permanece eternamente não muda nunca, nunca é diferente. Entre dois pensamentos, penetre nesse céu. Entre dois pensamentos, o céu está sempre ali. Olhe para ele e, de repente, você perceberá que está na não mente.


Osho
 http://blogdoosho.blogspot.com.br

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