Translate

sábado, 2 de dezembro de 2017

-REVENDO ANTIGAS POSTAGENS-

ANDANDO NO FIO DA NAVALHA




O ser humano é infinitamente capaz de se ajustar; e cada criança aprende a se ajustar a todas as espécies de coisas.

Basta olhar no seu próprio ser, a quantas superstições você foi capaz de se ajustar, quantas crenças estúpidas você está carregando.


E há momentos em que você se torna ciente dessa estupidez, mas esses momentos sadios você os põe de lado porque eles são momentos perigosos.


De vez em quando a janela se abre, mas você as fecha rapidamente, pois surge o medo e você não quer mostrar sua sanidade a ninguém.

Somente de vez em quando surge uma pessoa sadia – um Buda, um Zarathustra, um Jesus.

E a coisa estranha é que essas pessoas sadias parecem loucas e os realmente loucos são os supostos sadios.

Em uma passagem Jesus disse: “A menos que você seja como uma criança, você não entrará no reino de Deus”.

O que ele está querendo dizer é que a menos que você se torne novamente sadio, sadio como toda criança é – inocente, autêntica, sem medo - você não entrará no reino de Deus.

Seja qual for a sociedade à qual  pertença, você já foi distorcido.

Não é mais inocente, já foi corrompido e envenenado – pelos sacerdotes, pelos políticos e pelos educadores.

O próprio medo faz parte da loucura, caso contrário, não há nada a temer.

A vida é um fluxo e você não pode manter nada extático.

Então, qual é o sentido de se ter medo de algo?

A pessoa deve apenas viver momento a momento, desfrutando seja o que estiver disponível.

O medo não lhe permite viver totalmente: ele sempre refreia.

Ele jamais permite a intensidade, a paixão, a totalidade, a inteireza – ele o mantém dividido.

Você ama uma pessoa e o seu amor é sem entusiasmo porque você tem medo.

Quem sabe onde o amor vai parar... Aonde ele o conduzirá?

Você é sempre parcial e fragmentário, nada lhe dá a alegria que lhe poderia dar.

Mas o medo não vai adiantar.

O medo pode conduzi-lo cada vez mais e mais à loucura.

Ao invés de ficar com medo, torne-se sereno, calmo.
Abandone o estado de ebulição e torne-se um observador.

Uma vez que aceite o fato de que a sociedade já o contaminou e o tornou insano, agora o trabalho a se fazer é o de como sair deste estado antinatural que a sociedade forçou em cima de você.

Observe... “O rapaz tem que ser forte, sarado, cabelo curtinho para se ajustar a sociedade, a mulher tem que usar silicone, tem que usar uma meia branca até o joelho na academia, do contrário ela não será aceita.”

“E assim, vamos deixando de ser nós mesmos para satisfazer a sociedade, vamos usando máscaras e fingindo que somos sadios.”

O mundo está virando um grande hospício.

E uma vez que você compreenda o mecanismo da loucura...

Por exemplo: a ambição é a raiz de tudo.

Tente compreender sua ambição – seu esforço para ser alguém no mundo... Para ser aceito...

E perceba que isso está te levando à loucura.

Seja um ninguém, e então, não há nenhum problema.

Abandone a ambição e comece a viver, porque a pessoa ambiciosa não pode viver: ela adia sempre.
Sua vida está sempre no amanhã – e o amanhã nunca vem.

A pessoa ambiciosa fatalmente será agressiva e violenta, e a pessoa violenta e agressiva fatalmente será louca.

A pessoa não-ambiciosa é pacífica, amorosa, compassiva.

A pessoa ambiciosa está sempre com pressa, correndo, indo em direção a algo que ela sente vagamente que está lá adiante, mas que ela nunca encontrará.

É como o horizonte: ele não existe, somente aparenta existir.

A pessoa não-ambiciosa vive aqui e agora, e ficar aqui e agora é ser são.

Estar totalmente neste momento é ser são. Sanidade significa um estado de paz, harmonia, alegria, bem-aventurança e bênção.

 

Osho 
Fonte:http://blogdoosho.blogspot.com.br




Quantas coisas, como o horizonte, que apenas aparentam ser, nos condicionam a elas ? Ser importante, por exemplo. "Seja comum, seja simples, seja você quem for. Não há necessidade de ser importante. Ser real é existencial. Ser importante é viagem do ego". Osho está correto, por isso a nossa existência aqui no planeta é tão curta. Quantas vezes vimos e voltamos sem nenhum conhecimento do que fomos, pois, se porventura soubéssemos, seria bem mais complicado experienciar a compassividade, pois ainda vivemos numa sociedade condicionada pelo ego. KyraKally

Nenhum comentário:

Postar um comentário