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terça-feira, 19 de dezembro de 2017

MORRER PARA PEQUENAS COISAS
 
 
Você já tentou morrer para um prazer
voluntariamente, não forçosamente?
  
Comumente quando você morre, você não quer; a morte chega e leva você; não é um ato voluntário, exceto no suicídio.

Mas você já tentou morrer voluntariamente, facilmente, ter esse sentido de abandono do prazer?

Obviamente não! Presentemente seus ideais, seus prazeres, suas ambições são as coisas que dão a chamada significação a elas. Vida é viver. Abundância, plenitude, abandono, não um sentido do “Eu” tendo significação. Isso é mero intelecto.

Se você experimenta morrer para pequenas coisas, isso é bom o suficiente. Apenas morrer para pequenos prazeres com tranquilidade, com conforto, com um sorriso é suficiente, porque então você vai ver que sua mente é capaz de morrer para muitas coisas, morrer para todas as memórias.

As máquinas estão assumindo as funções da memória – os computadores – mas a mente humana é mais do que um mero hábito mecânico de associação e memória. Mas ela não pode ser esse algo mais se ela não morrer para tudo que conhece.

Agora, para ver a verdade de tudo isto, uma mente jovem é essencial, uma mente que não está meramente funcionado no campo do tempo. A mente jovem morre para todas as coisas. Você pode ver a verdade disso imediatamente, sentir a verdade disso instantaneamente? Você pode não ver a extraordinária totalidade do significado disto, a imensa sutileza, a beleza deste morrer, a riqueza disto, mas mesmo ouvir isto planta a semente, e o significado destas palavras cria raízes, não apenas no nível superficial, consciente, mas por todo o inconsciente.
 
J. Krishnamurti, The Book of Life
Fonte:http://www.jkrishnamurti.org
 

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