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quinta-feira, 9 de abril de 2015

ENSINAMENTOS DE 
  Paramahansa Yogananda


A natureza da criação

A matéria não existe como a concebemos habitualmente,
 mas sim na forma de uma ilusão cósmica; e, para dissipar 
esta ilusão se necessita um método definido. Assim como é impossível curar um homem adepto aos estupefacientes 
em um só instante, também a consciência material, 
que domina o homem através da lei da ilusão, 
não pode ser superada senão por meio da aprendizagem 
e da aplicação da lei oposta, isto é, a lei da verdade.

Através de uma série de processos de condensação, 

o Espírito se transformou em matéria; assim, a matéria procede do Espírito e não pode, portanto, diferir de sua origem. 
A matéria é uma expressão parcial do Espírito, na qual o Infinito se manifesta como finito, o Ilimitado como limitado. Porém, como a matéria não é senão uma manifestação ilusória do Espírito, esta não existe por si.

Consciência e matéria

No começo da criação, o Espírito - imanifestado até então - projetou-se na forma de duas naturezas diferentes:

 consciência e matéria. Estas são as duas expressões 
vibratórias do único Espírito transcendental, 
sendo a consciência uma vibração mais sutil 
e a matéria uma vibração mais grosseira Dele.

A consciência é a vibração do aspecto subjetivo do Espírito 

e a matéria é a vibração de seu aspecto objetivo. 
O Espírito, como Consciência Cósmica, é potencialmente imanente na matéria vibratória objetiva; e em seu aspecto subjetivo, manifesta-se como a consciência presente em todas 
as formas criadas, alcançando sua máxima expressão na mente humana e nas inumeráveis ramificações dos processos reflexivos, emotivos, volitivos e imaginativos desta.

A diferença entre Espírito e matéria está na qualidade das vibrações de ambos; quer dizer, trata-se de uma diferença de grau, mas não de espécie. O exemplo seguinte ilustrará melhor este fato: Ainda que todas as vibrações sejam qualitativamente semelhantes, o ouvido humano é somente capaz de perceber as vibrações mais grosseiras, aquelas que oscilam entre os limites de dezesseis e vinte mil ciclos por segundo; vibrações de menos de dezesseis e mais de vinte mil ciclos por segundo são geralmente inaudíveis. Não existe nenhuma diferença essencial entre as vibrações audíveis e inaudíveis mas sim, 

uma diferença relativa de grau entre elas.

Pelo poder de maya - a ilusão cósmica - o Criador faz com que as manifestações se apresentem tão claramente diferenciadas e individualizadas ante a mente humana que esta não 

as associa de forma alguma com o Espírito.

O pensamento: a vibração mais sutil

Contida na rude vibração do corpo físico, encontra-se 

a vibração mais sutil da corrente cósmica, a energia vital;  
e inundando tanto o corpo como a própria energia vital, encontra-se a vibração mais refinada da consciência.

As vibrações da consciência são tão sutis que não é possível detectá-las mediante nenhum instrumento físico;

 somente a consciência pode apreender a consciência. 
Os seres humanos captam as miríades de vibrações emitidas pelas consciências de outros seres humanos, expressas por palavras, ações, olhares, gestos, silêncios, atitudes, etc..

Todo homem leva estampada em si a marca vibratória de 

seu próprio estado de consciência e emite uma influência característica tanto sobre as pessoas como sobre os objetos. 
Por exemplo: a casa onde mora uma determinado pessoa 
está impregnada das vibrações de seus pensamentos. 
Toda pessoa dotada de um certo grau de sensibilidade 
será capaz de perceber nitidamente essas vibrações.

O ego humano - ou seu sentido de " Eudade", a imagem distorcida da alma imortal - apreende a consciência de forma direta e a matéria ( o corpo humano e todas as demais formas da criação) de forma indireta, através de processos mentais e de percepções sensoriais. O ego está, pois, sempre consciente de sua própria consciência mas não o está da matéria - nem mesmo do corpo que ele mesmo habita - a não ser quando fixa sua atenção nela. É assim, que um homem que se encontra profundamente concentrado em um determinado tema,

 está consciente de sua mente mas não o está de seu corpo.

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Meditação:
"Ensina-me a tomar consciência de tua imensidade e imutabilidade além de todas as coisas; e possa eu perceber-me como parte de teu imutável Ser."

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