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domingo, 6 de fevereiro de 2022

RESPONSABILIDADE E CULPA


Acredito que o ser humano contribui para a criação de cada condição de sua vida, seja ela boa ou má, em função de sua maneira de pensar e sentir.

Os pensamentos criam sentimentos; assim, passa-se a viver de acordo com esses pensamentos e sentimentos.

Mas isso não significa que se é culpado pelo que sai errado na vida.

Existe uma diferença entre ser responsável e culpar a si mesmo ou aos outros. Quando falo sobre responsabilidade, na verdade estou falando sobre possuir o poder.

Quem acusa os outros, entrega a eles o poder capaz de modificar sua própria vida.

Se você costuma fazer papel de vítima, está usando seu poder pessoal para ser indefeso.

Quem decide aceitar a responsabilidade não perde tempo pondo a culpa em alguém ou alguma coisa que está lá fora.

Há pessoas que se sentem culpadas por criarem doenças, pobreza ou problemas no mundo que as cerca.

Escolheram interpretar a responsabilidade como sendo culpa e sentem-se culpadas porque acreditam que falharam em alguma coisa.

Para mim, responsabilidade não tem nada a ver com culpa. Responsabilidade é a capacidade de reagir a uma situação.

Sempre temos uma escolha.

Isso não significa negar quem somos ou o que temos.

Simplesmente quer dizer que devemos reconhecer que contribuímos para ser o que somos.

Assumindo a responsabilidade, ganhamos o poder de mudar e dizer:

- “O que posso fazer para mudar isto?”
 
Para que isso aconteça é preciso, acima de tudo, compreender que todos possuímos o poder – o tempo todo, e tudo depende do modo como o usamos.


Louise L. Hay, do livro “O poder dentro de você”
https://www.artigosetextos.com 

 

VOCÊ É RESPONSÁVEL  
 
A mente ordinária sempre lança a responsabilidade em outro alguém. É sempre o outro que está lhe fazendo sofrer. Sua esposa está lhe causando sofrimento, seu marido está lhe fazendo sofrer, seus pais estão lhe fazendo sofrer, ou o destino, karma, Deus… Dê o nome que quiser!

As pessoas têm milhões de maneiras de se esquivar da responsabilidade. Mas no momento que você diz que outra pessoa – X,Y,Z – está lhe causando sofrimento, assim você não pode fazer nada para mudar isso. O que você pode fazer?

Afinal, como é que você pode ser feliz numa sociedade pobre? E como você pode ser feliz numa sociedade que é dominada pelos capitalistas? Ou como você pode ser feliz com uma sociedade que não lhe permite liberdade? Desculpas e mais desculpas – desculpas apenas evitam um insight que “Sou responsável por mim mesmo. Ninguém mais é responsável por mim; O que quer que eu seja, sou minha própria criação”. Esse é o significado do sutra.  Conduza toda a culpa para um. E esse um é você.

Uma vez que esse insight se estabelece: Sou responsável por minha vida; por todo meu sofrimento, pela minha dor, por tudo que aconteceu comigo e está acontecendo a mim – Eu escolhi esse caminho; essas são as sementes que eu semeei e agora estou colhendo a safra; sou responsável – uma vez que esse insight se torna um entendimento natural em você, então tudo mais é simples. Assim a vida começa a dar uma nova reviravolta. Começa a se mover numa nova dimensão. Porque uma vez que sei que sou responsável, também sei que posso abandonar isso a qualquer momento que decida fazê-lo. Ninguém pode me impedir de abandonar isso. Pode alguém lhe impedir abandonar sua miséria, de transformar sua miséria em felicidade? Ninguém. Mesmo que você esteja na prisão, acorrentado, preso, ninguém pode prender VOCÊ; sua alma ainda permanece livre. É claro, você fica numa situação muito limitada, mas mesmo nessa situação limitada você pode derramar lágrimas de desamparo ou pode cantar uma canção…

Atisha é realmente muito científico. Primeiro ele diz: Tome toda a responsabilidade sobre si mesmo. Depois ele diz: Seja grato a todos. Agora que ninguém mais é responsável pela sua miséria exceto você – se a miséria é toda seu próprio fazer, então o que resta? Seja agradecido com todos.

Porque todo mundo está criando um espaço para você ser transformado – mesmo aqueles que acham que estão lhe obstruindo, mesmo aqueles que você pensa que são seus inimigos. Seus amigos, seus inimigos, boas e más pessoas, circunstâncias favoráveis, circunstâncias desfavoráveis – tudo isso junto está criando o contexto no qual você pode ser transformado e tornar-se um Buddha. Seja agradecido a todos – àqueles que lhe ajudaram, àqueles que lhe obstruíram, àqueles que foram indiferentes. Seja grato a todos, porque todos juntos estão criando o contexto no qual Buddhas nascem, no qual você pode se tornar um Buddha.
 

Osho; Extraído de: Book of Wisdom
https://www.saindodamatrix.com.br

Como usar a culpa para sintonizarmos com as leis superiores

 
Como fazer para nos liberarmos de um sentimento de culpa? Sabemos que ele aparece quando tomamos consciência de ter cometido erros. Sabemos também que o sentimento de culpa não nos ajuda a melhorar, pois não é quando nos arrependemos que compensamos nossos atos negativos, mas sim quando praticamos atos de qualidade diferente.

Na verdade, o sentimento de culpa provoca o escoamento de uma energia que poderia ser canalizada evolutivamente, quiçá até no reparo do ato praticado. Mas que fazer para não deixarmos esse sentimento tão desvitalizador instalar-se em nosso ser?

O primeiro passo para nos libertarmos da culpa é compreender melhor por que erramos. Em geral o fazemos por ignorância. Erramos por desconhecer as leis superiores da existência, por estarmos habituados com leis materiais.

Enquanto desconhecemos as leis evolutivas superiores, nossa responsabilidade pelos erros é apenas parcial, pois só podemos agir de acordo com leis mais profundas e universais quando começamos a sair da ignorância. A responsabilidade é proporcional ao desenvolvimento da consciência. Não devemos culpar-nos por algo que não poderíamos ter feito de outra forma. Pelo contrário, reconhecer um erro praticado indica um novo despertar da consciência.

O segundo passo é equilibrarmos nossas faltas com atos contrários. Se tomarmos consciência de que nosso comportamento normal pode enquadrar-se nas leis do convívio social mas que, nem sempre, obedece a leis como a do Amor-Sabedoria, provavelmente reconheceremos que fazemos coisas indevidas. Se nos dispusermos a equilibrar nossas falhas, essas mesmas leis superiores nos trarão oportunidade para isso. Cabe-nos apenas reconhecer a oportunidade e agir de maneira nova.

A pessoa inteligente e decidida a acertar não precisa cair na armadilha do sentimento de culpa. Pode canalizar sua energia para atos positivos e, assim, compensar efetivamente o que fez. E, graças ao incômodo moral em que se encontra, pode sintonizar com as leis superiores.

Uma delas é a Lei do Amor-Sabedoria. Rege a prática de um amor universal, que leva a um equilíbrio abrangente, não de um amor humano que, por visar apenas a criaturas ou a situações isoladas, consideradas à parte do Todo, termina por nos aprisionar e não por libertar.

Outra dessas leis é a da Purificação. A purificação é um processo pelo qual nossos corpos – o físico, o emocional e o mental – se liberam dos elementos espúrios que lhes foram agregados no decorrer da vida. É libertadora porque elimina esses resíduos, que são um obstáculo à evolução.

A purificação pode dar-se por meio de um sofrimento físico, moral ou espiritual, ou por meio de qualquer movimento de nosso Ser Interior no sentido de deslocar o ego de certas posições retrógradas.

A purificação libera energias presas em estruturas ultrapassadas que continuamos a adotar, e destrói os elementos recalcitrantes que fazem parte do nosso dia a dia. É comum estarmos habituados a esses elementos e apegados a formas de vida que já não são atuais para nós; por isso, nem sempre aceitamos de bom grado a purificação e costumamos considerá-la incômoda.

Para estarmos em sintonia com a lei que rege a purificação e colaborarmos inteligentemente com o seu cumprimento, temos de assumir uma postura de aceitação de certas provas que a vida nos traz, e um estado de neutralidade diante dos acontecimentos trazidos pelo destino.
 
José Trigueirinho Netto
https://www.otempo.com.br

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