Pedindo então o auxílio de Deus, essa alma orava ao Senhor, dizendo-Lhe: − "Senhor, se é possível sentir paz em tempos de angústias, dá-me a paz. Se é possível sentir-Te, mesmo no deserto, faz-me sentir. Se é possível manter a fé e acreditar que depois desta noite profunda virá a luz de um novo dia e de uma nova vida, concede-me então essa fé, porque me sinto perdida, sozinha e vazia, e não encontro senão angústias e incertezas ao meu redor."
E, depois de observar essa alma com um longo silêncio, o Senhor respondeu-lhe: − “Vê, alma pequena, teus pés estão, espiritualmente, sobre um monte; este é o Calvário do mundo. Para passar por ele, sem perder a fé e a esperança, ou a paz dentro de ti, deves colocar tua consciência no verdadeiro propósito de tua existência.
Contempla então a Cruz e revive a cada dia o Calvário do Senhor. Medita em que momento Ele encontrava paz em Seu Coração e imita os Seus passos. Percebe que era no olhar de Maria Santíssima e na certeza de Sua presença silenciosa, durante todo o trajeto com a Cruz, que teu Senhor, Meu Filho, encontrava paz e Se renovava para seguir adiante. Era nos olhos de Maria, Virgem Mãe da vida, que teu Senhor encontrava esperança e retomava o propósito de cada gota de Seu Sangue derramado.
O Calvário destes tempos é desenhado pelas escolhas das almas do mundo inteiro. Como uma única humanidade, deverão passar por essa prova. Mas tu, alma pequena, podes viver o Calvário na inconsciência dos dois ladrões ou podes viver o Calvário renovando a Criação, as leis e a vida, como Cristo te ensinou a fazer.
Se perdes então a paz, busca essa paz nos olhos da Virgem Maria. Ora ao Seu Imaculado Coração, e Ela, que é a própria Fonte da Paz para toda a vida, te responderá com silêncio, mas com Seu profundo Amor, com Sua Paz e Sua renovação. Essa é a forma de encontrar a paz nestes tempos de transição.”
Que esse diálogo, filhos, ensine-os a não permanecer nas angústias do mundo, mas a aprender a renovar-se em Maria Santíssima e encontrar a Sua Paz, apesar de qualquer tribulação no mundo.
Ao planejar interiormente o abandono de seu caminho espiritual, sentia
que não podia fazê-lo e que algo a prendia a Deus. Com uma mistura de
temor e indignação, começou então a questionar o Senhor, dizendo: –
“Diz-me, Senhor, porque me prendes ao Teu Coração? Que diferença faço eu
para Ti se sou sempre a mesma alma invisível e imperfeita, na
infinidade de Tua Criação? Por que não permites, Deus, que eu abandone
este caminho e que, entregue ao mundo, aprenda a encontrar-Te por outras
vias que não seja esta?”
E,
com um sorriso no Rosto, demonstrando Sua celestial compaixão, o Senhor
respondeu-lhe: – “Acaso pode um órgão decidir por si mesmo viver fora
do corpo e sair? Por mais que queira ser independente dentro desse corpo
e crie enfermidades e desequilíbrios, esse órgão não pode sair por si
mesmo. E se um dia, depois de tantas doenças, ele fosse retirado desse
corpo, acreditas, alma pequena, que ele sobreviveria sozinho?
Assim
são as almas que se comprometeram Comigo. Todas as almas que Eu criei
são células de Meu Corpo Místico e infinito, mas aquelas que se
comprometeram Comigo são órgãos dentro de Mim, que têm um papel
fundamental na evolução da vida e, ainda que não percebam, são parte de
uma Obra infinita que não começa nem termina neste mundo. Sendo assim,
alma amada, não sou Eu quem te prende ao Meu Coração e não te permite
seguir outros caminhos, é tua própria vida e tua condição de união
Comigo que te faz sentir que, apesar de todas as tentações, não podes
fazê-lo.
Mas
este momento não é para ti a expressão de teu mais puro pensamento.
Estás transitando um momento de cegueira e ignorância, em que nuvens
encobrem teu rosto e teu coração, e não podes ver nem sentir a verdade.
Para que essa verdade te seja revelada, não te afastes de Meu Amor e não
deixes de clamar por Minha Misericórdia. Ainda que estejas no deserto,
Eu te darei forças para persistir. E, mesmo na sequidão interior,
sentirás Minha Fonte que, no profundo do profundo, volta a brotar em ti.
Em um tempo de confusão, não deixes de buscar-Me e Eu te darei a paz.”
Que nesse diálogo com Deus, filhos, as almas que estão hoje cegas encontrem forças para buscar a luz e clamar por Misericórdia.
Têm a Minha bênção para isso.
São José Castíssimo
MENSAGEM DIÁRIA DE SÃO JOSÉ, TRANSMITIDA À VIDENTE IRMÃ LUCÍA DE JESÚS
https://www.mensajerosdivinos.org
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