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quinta-feira, 10 de junho de 2021

VERDADEIROS PROCESSOS TERAPÊUTICOS OCORREM DURANTE O SONO

Sonhos que temos podem nos levar a uma cura profunda

 
O assunto da cura é tão antigo como a Terra: enfermidade há desde que o planeta existe. A razão disso está no próprio ato das forças construtivas que, vindas através dos raios solares, entram em contato com a atmosfera terrestre. Essa atmosfera, por ser ainda heterogênea e cheia de elementos antievolutivos, está impregnada de resquícios de tempos remotíssimos. Os raios solares, deslizando dentro dessa atmosfera, produzem um atrito que gera o que chamamos de doenças.

As enfermidades são, portanto, fato planetário, não apenas uma característica dos seres humanos ou dos seres de outros reinos da natureza. A presença das enfermidades é uma realidade planetária que transcende o homem.

A beleza de um processo de cura, que nada mais é do que a própria purificação da matéria, está no fato de a essência da vida encontrar-se também no centro de cada átomo, de cada partícula. Essa essência, por muitos filósofos chamada de "divina", é onipresente. Portanto, uma pessoa que cura não é, propriamente, o agente responsável pela cura: ela representa e catalisa aquilo que está em toda parte e dentro de cada um de nós.

A cura espiritual pode efetuar-se de diferentes modos e tive a oportunidade, durante a minha vida, de entrar em contato com alguns deles. Passei, enquanto dormia, por marcantes experiências, pois, como se sabe, verdadeiros processos terapêuticos podem acontecer durante o nosso sono.

Minha mente indagava se a cura era possível em qualquer ambiente e em qualquer situação. Antes, porém, de eu receber esclarecimentos sobre isso, pus-me a lutar em demasia para que um certo ambiente, onde eu morava juntamente com um grupo, se liberasse de todos os compromissos que ainda tinha com os hábitos da vida comum, hábitos que a maioria das pessoas tem. Pouco antes de encaminhar-me para a sala onde fazíamos meditação grupal diariamente, aquietei-me e tive um sonho.

Vi um pequeno vaso de plástico, muito branco, com uma plantinha que começava a florir. Gradualmente, o fundo neutro daquele quadro foi sendo transformado em um capacho, desses em que as pessoas limpam os sapatos antes de entrarem em casa. Dele, e não mais do vaso, saía agora a pequena planta com sua florzinha brilhante. O capacho permaneceu em meu campo visual, mostrando que pode ser o solo onde uma flor é capaz de nascer.

Refletindo a respeito dessa imagem, pude compreender que é do exercício da nossa própria purificação e a partir das nossas limitações (representadas pelo capacho) que "cresce a flor", e não a partir de uma situação externa de total pureza, pureza essa que não pode existir ainda sobre a face da Terra.

Encontrar o equilíbrio entre a realidade concreta e a busca incessante e persistente de autoaperfeiçoamento é o que se deve almejar.

Naquela manhã, experimentei uma gratidão profunda, que eu não sabia explicar por que surgira nem a quem se dirigia. Ela vinha de dentro, através de um canal que fora aberto pela imagem sonhada. Tudo fora feito pela energia de cura. O sonho, com sua duração de poucos segundos, teve imensa repercussão interior, e está presente enquanto escrevo essas linhas, tantos anos depois.

A partir dessa experiência, vi que não precisava mais sair em busca da cura, pois me foi mostrado que ela pode acontecer onde estamos e na situação em que nos encontramos.
 
José Trigueirinho Netto
https://www.otempo.com.br

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