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sábado, 26 de junho de 2021

 A DIFÍCIL E ÁRDUA TAREFA 
DE DOMINAR E TRANSFORMAR O DESEJO

O poder de decisão é a chave de nossa transformação

Até certo ponto da evolução do homem, a tarefa de dominar e transformar o desejo é considerada difícil, pesada e triste, além de preocupante. Depois de determinado momento, quando o ser está habituado a entregar-se à purificação, o trabalho sobre o desejo humano, arraigado, torna-se peso leve, encarado com jovialidade e alegria. À medida que o homem alinha sua personalidade com as energias do próprio eu interno, usufrui da alegria desse núcleo que não conhece as penas comuns do emocional e do mental humanos.

Quando estão presentes as forças do desequilíbrio, a falta de controle predomina e os acontecimentos passam a seguir uma antiga ordem de hábitos. No entanto, o desejo amestrado está sob nosso controle e obedece-nos, tornando-se cada vez mais maleável. De um ponto de vista superior, os fatos e acontecimentos não têm tanta importância, mas sim o crescimento e a ampliação da consciência do homem ao vivenciá-los e as transformações que faz em si por meio deles.

É claro que as intenções positivas nem sempre correspondem às nossas possibilidades reais. Podemos ter o propósito de não matar, de não nos embriagarmos (não nos iludirmos). Porém, se o desejo ainda não foi domesticado, nada é garantido. Nosso eu superior sabe de tudo isso, mas o que conta para ele é que não fiquemos estagnados no ponto que já alcançamos, mas que sigamos adiante no processo evolutivo se possível sem olhar para traz.

Sabe-se que o desejo não pode ser controlado pela força física e, tampouco, apenas pelo pensamento. Como, então, elevar e transmutar os próprios desejos? Tomemos como exemplo a comida. A princípio, o homem, ainda instintivo, come por gula e desse modo passa inúmeras encarnações. Até que, a certa altura, seu corpo físico dá sinais de cansaço ou de doenças trazidas pelo excesso de ingestão alimentar e pela má digestão. Em seguida, segue-se uma série de vidas nas quais ele se alimenta não mais por gula mas para manter-se sadio, condição que já aprendeu a valorizar. Depois, num novo ciclo, o homem come para melhorar a vibração do próprio corpo, a fim de usá-lo no serviço da alma que o habita.

Em tempos passados, quem se sentisse culpado permanecia corroído por isso. Hoje, porém, o sentimento de culpa não tem mais razão de ser na vida do homem. Agora, o homem ajusta seus padrões vibratórios aos do Espírito Único, começa a erguer-se, após tanto tempo em que esteve "caído" na culpa.

A forma real de se olhar para uma ação passada é encará-la como já efetuada. Em si, ela não pode ser desfeita, pois não é possível voltar atrás. O que se pode fazer é reconhecê-la bem claramente, conhecer suas consequências e, em seguida, dispor-se a não mais repeti-la, se for o caso. Com essa energia, que é o poder de decisão, meio caminho está percorrido na trajetória de se eliminar o sentimento de culpa. O restante vem em seguida: após decidir não mais repetir um ato negativo, a pessoa passa a praticar um oposto. Assim, o Universo se reequilibra. Não há culpa, não há erro, mas experiência que gera um comportamento mais maduro.

Eis que a culpa cede lugar à alegria. Não é por irresponsabilidade, mas por sabermos internamente que a humanidade toda, em nós, de alguma forma se libertou de si mesma em algum nível profundo da consciência e que, agora, essa nova realidade poderá se refletir em nosso ser físico e psíquico.
 
José Trigueirinho Netto
https://www.otempo.com.br
 
"Procure perceber que os desejos são muitos e que as necessidades são poucas. As necessidades podem ser satisfeitas, os desejos, nunca. Desejo é uma necessidade que enlouqueceu. É impossível satisfazê-lo... A vida não realiza todos os seus sonhos e por isso você vive se frustrando. A vida lhe dá oportunidade de frustrar-se para que possa entender que as expectativas não são boas e que os desejos jamais serão satisfeitos. Assim você para de desejar e de repente está de volta para 'casa' e o tesouro está lá. O seu tesouro está em seu próprio ser - não vá procurá-lo em outro lugar. Vivemos em desejo. Desejo significa descontentamento. Desejo significa que, venha o que vier, não é o certo, não é o suficiente — é preciso mais. E o desejo nunca é satisfeito. É irrealizável por sua própria natureza.Você pode ter tanto quanto quiser, mas, no momento em que tiver algo, o desejo pula à frente, começa a pedir mais. Sua ganância não tem limites. É uma ganância incessante.É como o horizonte: parece tão perto — você chega lá em uma hora, se correr. Mas nunca chega. A distância entre você e o horizonte continua a mesma, constantemente a mesma, porque não há horizonte — é apenas uma ilusão. A terra não se encontra com o céu em lugar algum, só parece se encontrar. Assim é com o desejo. Apenas parece que, se eu chegar àquele ponto, se obtiver isto ou aquilo, estarei contente, estarei feliz, realizado. Mas isso nunca acontece. É preciso compreender o desejo e sua futilidade. Com essa compreensão, o desejo desaparece, e você é deixado em casa em profunda paz. Quando não há desejo, não há perturbação. O desejo é a única perturbação". Fragmentos de alguns pensamentos de Osho colhidos de vários sites da internet e dispostos nesta postagem

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