A ARTE DE ESQUECER
“Pensamento, meu tirano e meu Mestre…”
É da humana feição o repetir
Ideias contundentes, de agonia,
Numa volúpia mórbida, a ferir,
Com insistência rítmica e sombria.
E esse obcecante e duro refluir
Da memória é tortura, é tirania
Ao ser que, apavorado, quer fugir
Das algemas que a mente assim lhe cria.
E vai, de angústia a angústia, assim levado
Pela torrente intérmina da Vida,
Às garras do Desejo agrilhoado…
Ah! se à alma não fosse permitida
A glória de esquecer o mal passado,
Melhor lhe fora, então, não ser nascida!
Aleixo Alves de Souza
https://www.filosofiaesoterica.com
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