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sábado, 13 de fevereiro de 2021

QUE SIGNIFICA 'SER ESPIRITUAL'?
 
PERGUNTA: Na Índia nos é ensinado, há séculos, a sermos espirituais, e nossa vida diária é uma rotina interminável de rituais e cerimônias. Isto é espiritualidade? Se não, que significa, então, “ser espiritual”?
 
KRISHNAMURTI: Vejamos, senhor, o que significa “ser espiritual”. Não queremos a definição da palavra, que se pode achar num dicionário, mas procuremos, aqui sentados, como estamos, experimentar realmente esse estado, se ele existe.

A mente, mutilada pela autoridade — de um livro, um guru, uma crença ou uma experiência — é incapaz, evidentemente, de descobrir o verdadeiro. E pode a mente ficar livre de toda e qualquer autoridade? Isto é, pode a mente deixar de procurar a segurança, na autoridade? Por certo, só a mente que não teme a insegurança, a incerteza, é capaz de descobrir o que significa ser espiritual. O homem que se limita a aceitar uma crença, um dogma, que observa ritos e cerimônias, não é capaz de descobrir o que é verdadeiro ou o que é “ser espiritual”, porque sua mente está presa no padrão da tradição, do medo, da avidez.

Ora, pode a mente que se tornou escrava das cerimônias abandoná-las imediatamente? Por certo, este é o único critério adotável, já que, abandonando-se as cerimônias, será possível descobrir quanto elas implicam: temores, antagonismos, disputas. Deste modo, tudo o que a mente se exime de enfrentar sairá à luz. Mas tal coisa não queremos fazer. Só sabemos falar em “ser espiritual”. Lemos o Upanishads, o Gita, recitamos mantras, entretemo-nos com cerimônias — e a isso chamamos religião.

Por certo, o que é espiritual tem de ser atemporal. Mas a mente é resultado do tempo, de incontáveis influências, ideias, imposições; ela é produto do passado, que é tempo. E pode alguma vez essa mente perceber o que é atemporal? Nunca, naturalmente. Poderá especular; poderá — inutilmente — buscar ou repetir certas experiências que outros porventura tiveram; mas, sendo resultado do passado, a mente nunca achará o que existe além do tempo. Portanto, o que ela pode fazer é, apenas, ficar quieta, completamente, sem nenhum movimento de pensamento, porque só assim há possibilidade de se revelar aquele estado que é atemporal. A própria mente é, então, atemporal, eterna.

As cerimônias, pois não são espirituais, tampouco o são os dogmas, as crenças, a prática de determinado sistema de meditação. Porque todas essas coisas são produto de uma mente em busca de segurança. O estado de espiritualidade só se pode experimentar pela mente que nenhum “motivo” tem, pela mente que já não está a buscar, pois toda busca se baseia em algum “motivo”. A mente capaz de nada perguntar, nada procurar, de ser completamente nada, só essa mente pode compreender o atemporal. 
 
Krishnamurti
http://pensarcompulsivo.blogspot.com

 
 
PESSOAS "ESPIRITUALIZADAS" E ARMADILHAS DO EGO

Se você acha que é mais “espiritual” andar de bicicleta ou usar transporte público para se locomover, tudo bem, mas se você julgar qualquer outra pessoa que dirige um carro como sendo inferior, então você está preso em uma armadilha do ego.

Se você acha que é mais “espiritual” não ver televisão porque te manipula e mexe com o seu cérebro, tudo bem, mas se julgar aqueles que ainda assistem, então você está preso em uma armadilha do ego.

Se você acha que é mais “espiritual” evitar saber de fofocas ou noticias da mídia, mas se encontra julgando aqueles que leem essas coisas, então você está preso em uma armadilha do ego.

Se você acha que é mais “espiritual” fazer Yoga, se tornar vegano, comprar só comidas orgânicas, comprar cristais, praticar Reiki, meditar, usar roupas “hippies”, visitar templos e ler livros sobre iluminação espiritual, mas julgar qualquer pessoa que não faça isso, então você está preso em uma armadilha do ego.

Sempre esteja consciente ao se sentir superior.

A noção de que você é superior é a maior indicação de que você está em uma armadilha egóica.O ego adora entrar pela porta de trás.

Ele vai pegar uma ideia nobre, como começar Yoga e, então, distorce-la para servir o seu objetivo ao fazer você se sentir superior aos outros; você começará a menosprezar aqueles que não estão seguindo o seu “caminho espiritual certo”.

Superioridade, julgamento e condenação.
 
Essas são armadilhas do ego.
 
Mooji
http://www.decoracaoacoracao.blog.br
 

A voz do ego... A voz da alma
 
Todos nos buscamos a felicidade e nessa busca percorremos caminhos que nem sempre nos levam a ela e muitas vezes nos afastam cada vez mais do ponto onde a felicidade se encontra. Aprendemos a querer coisas que na verdade não queremos numa total incoerência com a nossa natureza.
 
Desde criança somos levados a acreditar que a felicidade será encontrada em coisas fora de nós e nos são dadas ao longo dos tempos muitas possíveis fórmulas prontas e muitos caminhos que apontam para a tal busca da felicidade.
 
Acabamos acreditando que fora daqueles padrões e daqueles conceitos não existe a menor chance de ser feliz e vamos por aí conquistando coisas, cargos, status ,stress... Menos a felicidade. Dá um sentimento de vazio quando constatamos que não era bem aquilo que esperávamos... Uma sensação de ter vencido a corrida e não ter levado o prêmio.
 
Mas a voz do ego nos chama de muitas formas, cada vez mais atrativas e mais convincentes e de novo embarcamos nessa busca que não tem conexão com a nossa vontade mais profunda. E podemos ficar perdidos no meio de tantos chamados do ego ou podemos escolher escutar uma outra voz.
 
Uma voz que nos fala suavemente nos convidando a descobrir nosso próprio caminho sem receitas prontas e aonde cada um vai escrevendo a sua própria história. É a voz da Alma. Para seguir esse chamado da alma é preciso coragem desapego além de muita Fé.
 
Coragem porque em alguns pontos precisamos abrir a nossa própria estrada, precisamos passar por onde ninguém passou buscando nos mergulhos profundos as pistas que indicam a direção do próximo passo.
 
Desapego dos conceitos, das regras e principalmente do ego é preciso deixar espaço para as coisas novas e que fazem sentido para a nossa história.
 
E fé para confiar nos caminhos que a Alma nos indica, sabendo que aqui não existem os limites da nossa mente racional e que o impossível pode se tornar possível quando menos esperamos.
 
Quando nos abrimos para seguir a voz da Alma, aos poucos vamos descobrindo que a felicidade não se encontra nos prometidos finais, mas em cada passo em que estamos conectados com o nosso propósito Divino.
 
Vamos percebendo que a felicidade é um atributo de cada um de nós que aparece na medida em que vamos nos conhecendo melhor e nos aproximando de quem realmente somos. A felicidade se aproxima da gente na medida em que nos aproximamos de nós mesmos.
 
E chega um tempo onde não conseguimos mais fugir do chamado que vem da Alma, porque essa voz vai se fazendo tão presente e tão natural que entendemos que é a única voz que nos indica o caminho de volta pra casa.
 
Então, procure escutar a voz da sua alma e siga esses caminhos assim você vai perceber que muito além do conhecido existem muitas possibilidades... Até a de Ser feliz.

Osho
http://blogdoosho.blogspot.com  

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