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segunda-feira, 8 de fevereiro de 2021

CITAÇÕES PARA REFLETIR

 

O FINAL DE UMA ERA

Toda uma era está sendo encerrada, daí a desintegração de valores e instituições. Estamos presenciando uma imensa liquidação, de proporções planetárias, de formas exteriores, falsas ideias, instituições hipócritas, atitudes egoístas e estagnações espirituais. O bom está sendo desintegrado ao lado do mau, o verdadeiro está sendo varrido com o lixo e o belo também está sendo destruído.
 
Nesta era de transição, quando as forças evolutivas pressionam a humanidade e atuam sobre ela, as características morais predominantes estão sendo, em toda parte, obrigadas a mostrar-se como realmente são, e sem disfarces. E em toda parte os homens estão colhendo, com dramática inevitabilidade, as consequências a que conduzem tais características.
 
No fim será tão impossível para eles esconder o que desejam quanto evitar o que merecem. Incumbe à lei de recompensa neste século ajustar as contas de todos os grupos e interesses que foram dominados pelo ego animalesco.
 
Este é, com efeito, o “dia” (isto é, o período) de juízo de que fala a Bíblia, o tempo em que os pratos da justiça estão em operação para todas as raças, classes, nações e religiões.

O fervilhante fermento de nosso tempo continua. É um período de constante tumulto e de mudança constante. Por quê? Porque a pressão evolutiva de forças ocultas em ação neste planeta está agora impaciente por desviar-nos de um passado obsoleto para um futuro criativamente novo.


COMO AGIR NA CRISE

Um grande e sagrado mistério jaz encerrado no ruidoso fracasso e na crise aflitiva do mundo. Quando a humanidade se vê com as costas voltadas para um muro intransponível, quando cuida haver chegado ao limite máximo dos desastres, quando a esmaga a agonia do desamparo total, ela está próxima, muito próxima da Porta.
 
Se, nesses momentos, ela reorientar seus pensamentos no mais sincero abandono de si mesma ao Divino e na mais completa humildade do ego; se ela, além disso, aceitar calmamente o menosprezo de todas as coisas terrenas que a sincera reflexão sobre sua situação deverá propiciar-lhe - terá chegado ao clímax de seu sofrimento exterior e de sua íntima derrota.
 
Se fazendo suas preces com paciência, arrependimento, desejo de reforma e aceitação do propósito mais alto da vida, estender os braços no escuro e suplicar a volta da Paz, não suplicará em vão. O Eu Supremo entrará em ação e tomará posse da mente consciente, ao menos por alguns momentos memoráveis.
 
O alívio surgirá misteriosamente e mãos salvadoras se estenderão para ela. Sobrevirá a coragem e lhe será dada a força para suportar o imutável, prometendo assim um coração tranquilo no meio de uma vida tormentosa *.
 
*Nota: P.B. se refere aqui a possíveis tempos de profunda crise e desespero que poderão sobrevir para a humanidade, em razão do final da antiga era e começo da nova.

 
A MEIA-IDADE E A VIDA ESPIRITUAL
 
É na meia-idade que as aspirações espirituais sepultadas de passadas encarnações reaparecem e exigem satisfações. Consequentemente, grande número de aspirantes à Busca é arrebanhado entre as fileiras dos que alcançaram ou passaram os quarenta ou cinquenta anos de idade.
 
A meia-idade traz ao homem qualidades valiosas que antes ele não possuía. Traz-lhe equilíbrio entre a paixão e a razão, entre as emoções e o pensamento, entre o corpo e a mente, e entre os ideais e a realidade.
 
Traz-lhe uma discriminação mais sábia no trato das ideias, das atitudes, das pessoas, dos eventos e do meio ambiente. Traz-lhe uma revisão global dos valores e da experiência, o hábito de pensar duas vezes e um reconhecimento mais claro da natureza irreal da existência.
 
Tudo isso o favorecerá na Busca. Poucos jovens o possuem. Se ele já não tem entusiasmos adolescentes, excitações juvenis, históricas presunções, é apenas porque estas foram substituídas por algo melhor – calmas apreciações, admirações justas, sadias e equilibradas.

Com a idade, as paixões perdem sua força ou se submetem melhor à disciplina nos aspirantes. Essa mudança surge-lhe como um alívio. Resta ainda o fator benéfico, porém misterioso, da graça do Eu Supremo; suas operações são
imprevisíveis, mas sua fatalidade é certa. Por um esforço correto, juntamente com a oração e o serviço, é possível invocar essa graça.

 
OS PRIMEIROS PASSOS EM DIREÇÃO AO EU SUPERIOR
 
Embora muitos jamais alcancem o Ideal, isso não deve tolhê-los de lutar por atingi-lo. Ainda que seu progresso seja lento, terão a satisfação de saber que têm o rosto voltado para o destino correto. 
 
Todo homem, ao estabelecer sua meta, pode fazer algum pequeno progresso em direção a ela durante o período de sua existência. Os benefícios e recompensas resultantes do avanço não são destituídos de valor. Se assim o fizer, conhecerá a satisfação de poder enfrentar o pior que porventura venha a suceder-lhe muito melhor do que se não o tivesse feito.
 
Os que consideram o auto aprimoramento como superior à sua capacidade, não deixem pelo menos de tentá-lo, hesitantes, passo a passo; qualquer tentativa será muito melhor do que cruzar os braços.
 
Se derem os primeiros passos paciente, perseverante, corretamente, estarão desse modo expressando seu interesse pelo Eu Superior, e o Eu Superior expressará então seu interesse por eles.
 
Pode dar-se que poucos cheguem algum dia a alcançar a meta, mas o certo é que muitos lograrão valiosos benefícios pelo simples fato de tentarem atingi-la. Muito embora jamais acreditem poder, um dia, erguer-se em pé no cume dessa meta nesta encarnação, poderão penetrar algo de sua formosa atmosfera. Até isso é de grande valia.

Finalmente, os que contemplam de longe a Busca, que encaram a meta como superior a suas forças, ainda podem estudar com proveito os ensinamentos e familiarizar-se com eles. Se tiverem fé nas idéias e as aceitarem com sinceridade, isto não deixa de ter algum benefício presente para eles, ao mesmo tempo que cava os alicerces do progresso em alguma existência futura.

 
A ATRAÇÃO MAGNÉTICA DO EU SUPERIOR
 
A parte do ser humano que permanece no céu é o Eu Superior. A parte que desce (encarna) para sofrer e lutar na Terra é a personalidade. Ambos estão indissoluvelmente ligados, embora a ignorância só veja a pessoa.
 
O divino Eu Superior, que habita no coração do ser humano, não o persegue no sentido em que uma criatura apaixonada persegue o objeto de sua paixão. Mas também não se deixa ficar alheio e indiferente. Permanece sereno, no coração, esperando para saudar-lhe o regresso (após muitas reencarnações, talvez), sabendo que seu poder de atração magnética o atrairá, e que a instrução e o sofrimento acabarão por fazê-lo cônscio de sua presença.
 
A paciência é incomensurável exatamente porque o amor é incomensurável. O amor divino só é limitado pela compreensão e receptividade do ser humano. E por ser um amor incrivelmente paciente não o obrigará a desvencilhar-se da sua escravidão às atrações terrenas.
 
A única coisa que se pede a toda pessoa é que se volte, mude a direção de sua visão e encare o Eu Superior. Assim que o homem tiver descoberto essa presença, sentido essa inspiração, capitulado diante desse poder, este o conduzirá serenamente através de todas as dificuldades e todas as crises, de todas as vergastadas e convulsões que a vida possa trazer-lhe em razão de seu karma.

E compreenderá, com o tempo, que este é o propósito para o qual veio ao mundo: conhecer o Eu Superior.


COMO RECONHECER A INTUIÇÃO

Afogamos, às vezes, uma intuição sob a força de nossas emoções, de nossos preconceitos ou desejos, e nos lembramos disso em seguida, com remorso, quando os acontecimentos demonstraram que ela era justa.
 
Sócrates tinha inteira fé na intuição que ele chamava “seu demônio”, e lhe obedecia. Assim ele a descrevia: “Vós me ouvistes falar de um oráculo ou de um sinal que me vem. Eu o tenho ouvido desde a infância. Este sinal é uma voz que me interdiz de fazer alguma coisa de que tenha intenção. Até aqui este oráculo teve o hábito de opor-se a mim, até em coisas insignificantes desde que fossem um erro. Muitas vezes me faz parar no meio de um discurso; mas hoje não manifestou oposição a nenhuma coisa que eu disse ou fiz. Que explicação vejo aí? Vou dizê-la: considero certo tudo que declaro, porque o sinal habitual já se teria manifestado se houvesse agido pelo mal e não pelo bem.”
 
Emerson disse: “Não pretendo receber ordens divinas nem de grande revelação. Às vezes, porém, quando faço um projeto, quando penso em uma viagem ou numa maneira de agir, descubro em meu espírito uma espécie de oposição muda que me é impossível explicar; se não desaparece, inclino-me e lhe obedeço.”

A intuição é espontânea, involuntária. É uma voz que não se ouve, mas se faz comumente ouvir justamente no momento em que ela é verdadeiramente necessária e não somente quando é solicitada. Algumas vezes vem guiar-nos, às vezes vem dizer-nos que renunciemos, ou provoca uma brusca mudança de intenção, de opinião, de julgamento ou decisão.

Paul Brunton
http://yoga-ensinamentos.blogspot.com

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