MODOS E MEIOS
Há modos diferentes para se vencer as distâncias na estrada para Deus.
Se o que nos afasta de Deus e nos vincula ao mundo é nosso imperfeito amar ou nossa incapacidade para o verdadeiro amor, nosso caminhar deve primordialmente ser um aperfeiçoamento nosso para a universalização e purificação do amor.
Na medida em que aprendermos a perder nosso eu na delícia de um amor cósmico e imaculado, estamos sendo libertados, curados e salvos pelo amor. E isso se chama Bhakti Yoga.
Se o que nos prende, nos perturba, nos enfraquece e ofusca é nosso agir sem sabedoria e sem amor, teremos de aprimorar nosso trabalho, nossa profissão, nosso comportamento, nosso relacionamento, nossa atuação…
A salvação está em divinizarmos nossos pensamentos, nossos desejos, nossas palavras, nossos atos e omissões, e, assim, através da vida prática dentro do mundo, libertar-nos dele.
O agir que liberta é Karma Yoga.
Se o que nos separa de Deus é o grosso e pesado biombo da ilusão, que nos faz ignorar Deus (nossa Essência) e nos compromete com o eu (nossa existência) ávido de prazeres e amedrontado diante da dor, temos de aprimorar nosso saber.
Na medida em que aprendermos a perder nosso eu na delícia de um amor cósmico e imaculado, estamos sendo libertados, curados e salvos pelo amor. E isso se chama Bhakti Yoga.
Se o que nos prende, nos perturba, nos enfraquece e ofusca é nosso agir sem sabedoria e sem amor, teremos de aprimorar nosso trabalho, nossa profissão, nosso comportamento, nosso relacionamento, nossa atuação…
A salvação está em divinizarmos nossos pensamentos, nossos desejos, nossas palavras, nossos atos e omissões, e, assim, através da vida prática dentro do mundo, libertar-nos dele.
O agir que liberta é Karma Yoga.
Se o que nos separa de Deus é o grosso e pesado biombo da ilusão, que nos faz ignorar Deus (nossa Essência) e nos compromete com o eu (nossa existência) ávido de prazeres e amedrontado diante da dor, temos de aprimorar nosso saber.
Vencida a infernal opacidade do biombo, desvelada a Verdade-Realidade, que as aparências não deixavam ver, constatamos, em processo redentor, que “eu e o Pai” não são dois, pois só existe o Pai-Uno.
Jñana Yoga é esse reduzir distâncias nas asas mágicas da Luz.
Amando, servindo e sabendo, o yogin, intimorato e decisivo, reintegra-se, unifica-se e se une ao Todo e diz, como São Paulo: “Já não sou eu. É o Cristo que vive em mim”.
Amar, adorar, trabalhar, servir, estudar, meditar e viver, cada instante e onde estiver, uma disciplina yogin é cumprir o sadhana.
Sadhaka é o yogin cumprindo seu papel no mundo, que é valorizar a oportunidade de existir, empregando, consciente e voluntariamente, o “talento” confiado, o dom da existência, para tornar-se Essência. E isso está a seu alcance, e é seu dever (dharma). O amado Jesus, Mestre incomparável, recomendou-nos, a todos nós (sadhakas): “Sede perfeitos, como perfeito é o Pai do Céu”.
Os meios de que dispõe o sadhaka são: seu corpo, sua sensibilidade e sua mente.
A caminhada é árdua. Os obstáculos são muitos. Os desvios se repetem.
Como pode chegar ao destino um caminhante sem resistência, sem tenacidade, necessitado de conforto, luxúria, repouso e ócio?!…
O corpo deve ser sadio e forte. Os sentidos controlados. A mente pura, ativa, concentrada e limpa.
Sem a prática de tapas, disciplina que purifica e vence conforto, sensualidade e fadiga; sem uma grande dose de resistência contra a dor… que avanços pode o caminhante fazer?!
A sabedoria dos Mestres recomenda: tapas!
A vitória sobre todas as formas de enganos – apetecíveis ou temíveis – e o desvelamento progressivo da Luz-Verdade-Ser-Realidade é um cuidado constante do sadhaka. Onde o Ser-Real? Que é a Verdade?
O afastamento das nuvens que escondem o Sol é uma aspiração e um ato perene do aspirante.
Meditando, contemplando, estudando, perquerindo, buscando, buscando… o sadhaka pratica svadhyaya.
Outro meio que abre ao sadhaka as portas do êxito espiritual é o entregar-se a Deus.
Ishvarapranidhana é viver confiante, irreversivelmente rendido, dado, entregue à Lei, ao Amor e à Sabedoria de Deus.
Jñana Yoga é esse reduzir distâncias nas asas mágicas da Luz.
Amando, servindo e sabendo, o yogin, intimorato e decisivo, reintegra-se, unifica-se e se une ao Todo e diz, como São Paulo: “Já não sou eu. É o Cristo que vive em mim”.
Amar, adorar, trabalhar, servir, estudar, meditar e viver, cada instante e onde estiver, uma disciplina yogin é cumprir o sadhana.
Sadhaka é o yogin cumprindo seu papel no mundo, que é valorizar a oportunidade de existir, empregando, consciente e voluntariamente, o “talento” confiado, o dom da existência, para tornar-se Essência. E isso está a seu alcance, e é seu dever (dharma). O amado Jesus, Mestre incomparável, recomendou-nos, a todos nós (sadhakas): “Sede perfeitos, como perfeito é o Pai do Céu”.
Os meios de que dispõe o sadhaka são: seu corpo, sua sensibilidade e sua mente.
A caminhada é árdua. Os obstáculos são muitos. Os desvios se repetem.
Como pode chegar ao destino um caminhante sem resistência, sem tenacidade, necessitado de conforto, luxúria, repouso e ócio?!…
O corpo deve ser sadio e forte. Os sentidos controlados. A mente pura, ativa, concentrada e limpa.
Sem a prática de tapas, disciplina que purifica e vence conforto, sensualidade e fadiga; sem uma grande dose de resistência contra a dor… que avanços pode o caminhante fazer?!
A sabedoria dos Mestres recomenda: tapas!
A vitória sobre todas as formas de enganos – apetecíveis ou temíveis – e o desvelamento progressivo da Luz-Verdade-Ser-Realidade é um cuidado constante do sadhaka. Onde o Ser-Real? Que é a Verdade?
O afastamento das nuvens que escondem o Sol é uma aspiração e um ato perene do aspirante.
Meditando, contemplando, estudando, perquerindo, buscando, buscando… o sadhaka pratica svadhyaya.
Outro meio que abre ao sadhaka as portas do êxito espiritual é o entregar-se a Deus.
Ishvarapranidhana é viver confiante, irreversivelmente rendido, dado, entregue à Lei, ao Amor e à Sabedoria de Deus.
É o que pode transformar impotência em Onipotência, carência em Plenitude, tristeza em Alegria, limitação em Infinitude…
Amando, servindo e pesquisando, fortalecendo-se, estudando e entregando-se a Deus, o sadhaka avança para a Glória; conquista a Redenção.
Amando, servindo e pesquisando, fortalecendo-se, estudando e entregando-se a Deus, o sadhaka avança para a Glória; conquista a Redenção.
Isso é Yoga!
José Hermógenes, do livro Yoga: Caminho para Deus
José Hermógenes, do livro Yoga: Caminho para Deus
http://conscienciaeusou.blogspot.com
O Caminho do Amor
Não será que o amor é Deus e o coração, a transbordar de amor, é o
templo? E não estará a procurar em vão a pessoa que abre mão do amor e
procura Deus noutro lado?
Em tempos costumava fazer-me esta pergunta, agora faço-a a si. Quem
procura Deus está a anunciar que ainda não alcançou o amor, porque quem
alcançou o amor também alcançou a piedade.
A procura de Deus está profundamente enraizada na necessidade de ter amor, mas a verdade é que é impossível encontrar Deus sem ter antes experimentado o amor. E assim sendo, a pessoa que começa por procurar Deus não o encontrará e será também privada de encontrar o amor. Mas a pessoa que procura o amor irá, em última análise, encontrar o amor e, no final, Deus também.
A procura de Deus está profundamente enraizada na necessidade de ter amor, mas a verdade é que é impossível encontrar Deus sem ter antes experimentado o amor. E assim sendo, a pessoa que começa por procurar Deus não o encontrará e será também privada de encontrar o amor. Mas a pessoa que procura o amor irá, em última análise, encontrar o amor e, no final, Deus também.
O amor é o caminho, o amor é a porta, o amor é a energia que faz os pés
andarem; o amor é a sede de vida e, no final de contas, o amor é a
grande conquista da vida. Na verdade, o amor é Deus.
Eu digo: esqueça Deus e procure o amor. Esqueça os templos e procure no seu coração - pois, se Deus existir, é lá que está. Se existe alguma imagem de Deus, essa imagem é o amor.
Eu digo: esqueça Deus e procure o amor. Esqueça os templos e procure no seu coração - pois, se Deus existir, é lá que está. Se existe alguma imagem de Deus, essa imagem é o amor.
Todavia, essa imagem perdeu-se no meio dos ídolos feitos de pedra. Se
existe algum templo de Deus, esse templo é o coração. Todavia, o templo
do coração foi completamente coberto pelos templos feitos de barro.
Perdemos Deus nos ídolos e nos templos feitos para ele. É difícil
conhecê-lo por causa dos seus sacerdotes. Tornou-se impossível ouvir a
sua voz por causa dos cânticos e orações entoadas para ele.
Se o amor regressar às vidas dos homens, Deus também regressará.
Um homem culto foi visitar um santo. Carregava sobre a cabeça tamanha pilha de escrituras que quando finalmente chegou à cabana do santo quase tinha morrido. Mal lá chegou, perguntou ao santo:
Se o amor regressar às vidas dos homens, Deus também regressará.
Um homem culto foi visitar um santo. Carregava sobre a cabeça tamanha pilha de escrituras que quando finalmente chegou à cabana do santo quase tinha morrido. Mal lá chegou, perguntou ao santo:
- Do que é que preciso para encontrar Deus?
Ainda tinha sobre a cabeça o fardo que carregava.
Ainda tinha sobre a cabeça o fardo que carregava.
- Amigo, antes de mais, pousa esse fardo - foi a resposta do santo.
O homem culto sentiu-se muito relutante. No entanto, arranjou coragem e
pousou o fardo. Não há dúvida de que é preciso uma coragem inabalável
para nos aliviarmos do peso que carregamos na alma. Mas mesmo assim ele
manteve uma mão a agarrar a sua carga.
- Amigo, afasta essa mão também - disse o santo.
Aquele homem devia ser muito corajoso porque, reunindo toda a sua energia, retirou a mão de cima da sua carga. Então o santo disse:
Aquele homem devia ser muito corajoso porque, reunindo toda a sua energia, retirou a mão de cima da sua carga. Então o santo disse:
- Estás familiarizado com o amor? Os teus pés já alguma vez percorreram o
caminho do amor? Se não, vai e entra no templo do amor. Vive o amor e
conhece o amor, depois volta. Garanto-te que, depois disso, levar-te-ei a
Deus.
O homem culto regressou a casa. Tinha partido um homem erudito mas já não o era. Deixara o conhecimento que colecionara para trás. Aquele homem era decerto pouco comum e abençoado, tendo em conta que é mais fácil abdicar de um trono do que do conhecimento - afinal de contas, o conhecimento é o derradeiro pilar do ego. Mas é necessário perdê-lo para amar.
O homem culto regressou a casa. Tinha partido um homem erudito mas já não o era. Deixara o conhecimento que colecionara para trás. Aquele homem era decerto pouco comum e abençoado, tendo em conta que é mais fácil abdicar de um trono do que do conhecimento - afinal de contas, o conhecimento é o derradeiro pilar do ego. Mas é necessário perdê-lo para amar.
O oposto do amor é o ódio. O maior inimigo do amor é o ego, sendo o ódio
um dos seus filhos. Apego, desapego, desejo, falta de desejo, ganância,
ódio, ciúme, inimizade: são todos filhos dele. A família do ego é muito
extensa.
O santo acompanhou o homem até aos arredores da povoação e despediu-se
dele. O homem merecia-o: o santo estava satisfeito com a coragem que
demonstrara. Onde existe coragem, o nascimento da religião é possível. A
coragem conduz à liberdade e a liberdade coloca-nos frente a frente com
a verdade.
Mas os anos foram-se passando. O santo fartou-se de esperar que o homem regressasse, e ele não o fez. Por fim, o santo partiu à sua procura e um dia encontrou-o. Encontrou-o, perdido dentro dele próprio, numa povoação a dançar. Até era difícil reconhecê-lo. A felicidade tinha-o rejuvenescido. O santo parou junto dele e perguntou-lhe:
Mas os anos foram-se passando. O santo fartou-se de esperar que o homem regressasse, e ele não o fez. Por fim, o santo partiu à sua procura e um dia encontrou-o. Encontrou-o, perdido dentro dele próprio, numa povoação a dançar. Até era difícil reconhecê-lo. A felicidade tinha-o rejuvenescido. O santo parou junto dele e perguntou-lhe:
- Porque não voltaste? Estava farto de esperar por ti, decidi vir ao teu encontro. Não queres procurar Deus?
O homem respondeu: - Não, de todo. No preciso momento em que descobri o amor, encontrei Deus também.
Osho, em 'Candeias de Barro'
Osho, em 'Candeias de Barro'
http://www.citador.pt
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