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quinta-feira, 31 de agosto de 2017

QUIETUDE É ALEGRIA



A não-ação do sábio não é a inação.
Não é estudada.
Coisa alguma a abala.
O sábio é quieto porque não se altera.
Não porque ele queira ser quieto.
A água parada é como um espelho.
Você pode olhar nele e ver os pelos em seu queixo.
Sua superfície é perfeitamente plana.
Um carpinteiro podia usá-lo.


Se a água é tão clara e sua superfície plana
Quanto mais o espírito do homem?
O coração do sábio está tranquilo.
É o espelho do céu e da terra.
O espelho de tudo.
É vazio, é quieto, é tranquilo, é sem sabor.


O silêncio, a não-ação: 
esta é a medida do céu e da terra.
Este é o perfeito Tao (o sentido da vida).
Os sábios encontram aqui seu lugar de repouso.
Repousando, estão vazios.
Do vazio vem o não-condicionado.
Daí, o condicionado, as coisas individuais.
Assim, do vazio do sábio surge a quietude.
Da quietude, a ação.
Da ação, a realização.
Da sua quietude vem sua não-ação, 
que é também ação
E é portanto, sua realização.


Pois a quietude é alegria.
A alegria é isenta de preocupações,
Fértil por muitos anos.
A alegria faz tudo despreocupadamente:
Porque o vazio, o quieto, o tranqüilo, 
o silêncio é a não-ação,
Eis a raiz de todas as coisas.
 
 
Chuang Tzu
Fonte:ventosdepaz
 

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