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domingo, 2 de outubro de 2016

T  A  O



Um Mestre Zen vive na vida comum, exatamente como todo mundo, mas vive de um modo extraordinário, com uma visão totalmente nova, com tremenda sensibilidade, com consciência alerta, observação e estado meditativo.
 
Esteja onde quer que você esteja, mas esteja de modo novo.
 
E qual é esse novo modo?
 
Seja não-competitivo.
 
Ser competitivo é ser mundano.
 
Não é uma questão de se viver no mundo ou de ir para as montanhas.
 
Você poderá ir para as cavernas e lá haverá outros santos vivendo em outras cavernas e haverá competição.
 
Então, eles estarão falando sobre quem tem mais poderes, quem pode jejuar mais, quem pode se deitar numa cama de pregos, quem é mais santo.
 
O Zen tem uma abordagem diferente. Ele diz: Esteja na vida – a vida não é errada.
 
Se algo está errado, está errado na sua visão.
 
Seu espelho da consciência está empoeirado.
 
Limpe-o! Crie mais claridade.
 
Se a ambição e a competição desaparecerem, então, não sobra nada no mundo.
 
Mas como a ambição e a competição podem desaparecer?
 
Nós continuamos criando novos meios.
 
Alguém está tentando ter mais dinheiro do que você e outro está tentando ter mais virtudes do que você.
 
Qual é a diferença?
 
Alguém está tentando ser mais instruído do que você, outro está tentando ter mais caráter do que você.
 
É o mesmo desejo, o mesmo sonho, a mesma sonolência.
 
E as pessoas continuam nos seus sonhos.
 
Os sonhos mudam, mas as pessoas nunca acordam.
 
E você continua caindo neste ou naquele sonho, e continua perdendo-se na escuridão.
 
A questão é de acordar, não de mudar de sonhos, não de criar um novo sonho no lugar do velho.
 
Estão todos dormindo de modos diferentes, em diferentes posições, sonhando diferentes sonhos.
 
Você pode trocar a Bíblia pelo Gita ou o Alcorão, mas você é a mesma pessoa.
 
A menos que sua consciência passe por uma radical transformação, nada muda.
 
Você permanecerá mecânico, sua vida continuará a ser mecânica.
 
As pessoas vivem através dos hábitos, não através da consciência – as pessoas vivem mecanicamente.
 
A questão é como essa mecanicidade pode ser abandonada.
 
A questão é muito mais profunda do que os sintomas externos... As raízes têm que ser mudadas.
 
 
 
Osho
 
 
 
É difícil abandonar aquilo que nos faz bem, aquilo que nos faz sonhar, não ? Por isso continuamos dormindo. Quem quer acordar e viver simplesmente, sem acumular nada, entregando-se a esse grande torvelinho que imaginamos ser a vida ? Então vamos medicando os sintomas até que a medicação não surta mais efeito. Sim, chegará esse dia. Para que esperar ? Acordemos agora; necessitamos rever essas raízes, elas "precisam  ser mudadas". KyraKally

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