QUE TIPO DE HOMEM É VOCÊ ?
"É a mente que faz de alguém
sábio ou ignorante, escravo ou livre".
(Ramakrishna)
Existem três tipos de homens. O Mestre se comporta diferentemente de acordo com o tipo. O tipo mais alto é o homem que provou o êxtase da não mente. O Mestre se comporta com esse tipo de homem de uma maneira totalmente diferente, porque ele sabe que ele entenderá.
O estado de não mente é o estado mais alto. Você está no pico quando está no estado de não mente, quando está absolutamente silencioso, quando nada mexe dentro de você, nenhuma ideia, nenhuma pensamento, quando a mente parou de fazer barulho, o barulho constante. A mente está tagarelando tanto que ela não lhe permitirá ouvir nada. Quando o tagarelar da mente para, pela primeira vez você se torna consciente da música de seu próprio ser. E pela primeira vez você se torna consciente da música que essa existência é.
Quando tal homem se aproxima de um Mestre, o Mestre se comporta de uma
maneira totalmente diferente — porque ele sabe que não importa o que ele
faça, ele será entendido. Comunhão é possível quando não existe
barreira.
O segundo tipo de homem é o homem que vive no meio, entre o primeiro e o
terceiro. Ele tem uma mente meditativa — não uma não mente, mas uma
mente meditativa. Isto é, ele está no caminho. Ele aprendeu como ser um
pouco silencioso, um pouso mais harmônico que os outros. O barulho está
lá, mas é um barulho distante; ele tem sido capaz de se destacar do
barulho. Ele criou uma pequena distância entre ele e sua mente; ele não
está mais identificado com a mente. Ele não pensa: “Eu sou a mente”. A
mente está lá, ainda tagarelando, ainda armando velhos truques, mas o
homem está um pouco alerta para não ser um escravo da mente. A mente não
o deixou, mas a mente não é mais tão poderosa quanto ela é
ordinariamente.
No estado de não mente, a mente se foi; a mente se tornou cansada. A
mente chegou a perceber que “esse homem foi além — além dos meus
poderes. Agora esse homem não pode mais ser explorado. Esse homem se
tornou completamente não identificado comigo. Ele me usará, mas eu não
posso mais usá-lo”.
O segundo tipo de homem, que está no meio, algumas vezes volta ao velho
padrão, é USADO pela mente, alguma vez deixa esse velho padrão. É como
um jogo de esconde-esconde. A mente ainda não está absolutamente certa
de ter falhado; ainda há esperança, porque às vezes o homem começa a
ouvir a mente, torna-se novamente identificado. A distância não é
grande; a mente está muito próxima. Qualquer momento — qualquer momento
de inconsciência e a mente assume, começa a dominá-lo novamente.
Esse é o segundo tipo de homem: o homem meditativo, que conheceu uns
poucos vislumbres do eterno. Exatamente como você pode ver o Himalaia a
milhares de quilômetros de distância... os picos cobertos de neve no sol
da manhã num céu aberto, céu sem nuvens, podem ser vistos a milhares de
quilômetros de distância. Isto é uma coisa; e estar no pico, habitar
lá, é uma outra coisa.
O primeiro tipo de homem RESIDE na não mente. O segundo tipo de homem
tem somente vislumbres — de grande valor certamente, porque esses
vislumbres irão preparar o terreno para que ele alcance o pico. Uma vez
que você tenha visto o pico, mesmo que a milhares de quilômetros de
distância, o convite foi recebido. Agora você não pode permanecer no
mundo em repouso, na velha maneira. Alguma coisa começa a lhe desafiar,
algo começa a lhe provocar. Uma aventura tomou posse de você: você TEM
que viajar até o pico. Pode levar anos, vidas, mas a viagem começou. A
primeira semente caiu dentro do coração.
O mestre se comporta com o homem meditativo de uma maneira diferente,
porque com o primeiro a comunhão é possível, com o segundo a comunicação
é possível.
E então há o terceiro tipo: o homem que vive identificado com a mente,
com o ego, com quem mesmo a comunicação não é possível, com quem não há
nenhuma maneira de se relacionar.
A palavra “identificação” é bonita. Significa fazer de alguma coisa uma
entidade, fazer do “ID” uma entidade; esse é o significado de
identificação. Quando VOCÊ se torna mente, você se tornou uma coisa;
você não está separado. Você caiu no sono. Isto que é chamado de sono
metafísico. Você perdeu a trilha do seu próprio eu. Você se esqueceu da
sua realidade e você se tornou um com alguma coisa que você não é.
Tornar-se um com algo que você não é, é identificação; e ser aquilo que
você é, é não identificação.
OSHO
"A lei da mente é implacável.
O que você pensa, você cria;
o que você sente, você atrai;
o que você acredita, torna-se realidade".
(Budha)
"Os homens pensam que possuem uma mente, mas é a mente que os possui..." É uma afirmação aterradora, entretanto, profundamente verdadeira de Bob Marley. Que Deus nos ajude a compreender esse aforismo, antes que sejamos todos escravos da própria mente. KyraKally
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