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sábado, 8 de outubro de 2016

SOIS PRISIONEIROS 
DA ÂNSIA E DO DESEJO


"Somos todos prisioneiros,
 mas alguns de nós estão em celas 
com janelas e outros sem".
(Khalil  Gibran)


Presentemente estais colhidos dentro de muros de uma prisão por vós mesmos confeccionadas e buscais auxílio no exterior; porém ninguém vos pode ajudar, ninguém, a não ser vós próprios, pode derrubar as paredes que vos fecham. Prisioneiros da ânsia e do desejo, perpetuamente vos preocupais com o que seja a verdade, Deus ou a luz. Só podereis saber isto quando estiverdes fora da prisão. No entanto, em vossa intensidade de sofrimento, não despedaçais as paredes que vós próprios haveis criado, permaneceis na prisão e esforçai-vos por imaginar a natureza da liberdade. Por esse modo, apenas trazeis uma ideia para a vossa prisão, e não rompeis as paredes. É somente derrubando as ilusões criadas por meio do desejo, da ânsia, que libertais a mente da ideia das distinções, de modo a não mais haver luta.

Portanto, eu vos digo, não presumais coisa alguma. Não luteis para imaginar o que seja uma vida perfeita ou o que deva ser a verdade, porém tornai-vos apercebidos do fato de serdes o criador de vossa própria prisão. No fazer frente a este fato, no reconhecer que esta limitação vem do vosso próprio anseio de acumular haveres ou conhecimento, começais a derrubar a prisão que vos encerra. Onde houver anseio tem que haver luta para consecução e a consecução sempre fenece em vossa mão; pois que, no próprio momento do preenchimento, ela já perdeu seu significado e é deixado de lado. Por esse modo continua uma incessante luta.

Portanto, afim de poderdes compreender verdadeiramente esta luta constante, seu significado e dela libertar-vos, tornai-vos conscientes de que sois prisioneiros e então, como indivíduos que sois, pulareis fora da prisão que é esta pretensa civilização baseada no egoísmo, esta estrutura monstruosa que foi erguida através dos séculos.

É somente tornando-vos apercebidos de que sois vós próprios os únicos criadores das paredes da prisão que vos encerra e tornando-vos plenamente conscientes de vossas ações, que são o resultado de vossos pensamentos e sentimentos, que podeis destruir a prisão. Quando a mente está livre e não mais se encontra limitada por ideias pessoais ou pela limitação do afeto pessoal, advém a harmonia, a quietude da intensidade viva. Somente então conhecereis aquilo que é eterno. Portanto, não busqueis o eterno, porém tornai-vos apercebidos no presente quanto a causa do sofrimento, e, nessa chama de apercebimento, conhecereis a liberdade da harmonia, que é verdade.   

 


Krishnamurti




Deepak Chopra afirma que "O que for o teu desejo, assim será tua vontade. O que for a tua vontade, assim serão teus atos. O que forem teus atos, assim será teu destino". Epícuro nos ajuda a etender isso quando diz: "A propósito de cada desejo deve-se colocar a questão: 'Que vantagem resultará se eu não o satisfizer'? Benjamin Franklyn finaliza a questão: "Se um homem pudesse ter metade dos seus desejos realizados, teria aflições em dobro". O Universo apresenta somente um caminho para que existamos em paz e parece que a paz interior requer a libertação dos desejos. Estamos realmente preparados para realizar isso? KyraKally
 

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