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sexta-feira, 27 de setembro de 2024

MEMÓRIAS DA TERCEIRA DIMENSÃO 

 
Queridas Almas companheiras de Jornada, convido as todos vocês, que lerão essas memórias, a sentirem no coração o que faz ressoar em vocês essas palavras, que soltas nestas páginas, descrevem a história de uma humanidade que conheceu a dor da ilusão de separação da Fonte, uma humanidade que por eras foi escravizada na inconsciência da própria grandeza.

São as histórias de muitos de nós que conseguiram encontrar o caminho de volta para casa, como também são histórias de muitos que ainda estão presos naquela ilusão, em que a dor e o medo é provados na pele.

Compartilhar essas memórias da velha energia, ou terceira dimensão, é falar do maior evento cósmico na vida dos seres humanos neste Planeta, principalmente depois que atravessaram as passagens secretas do próprio inconsciente, desvendando os emaranhados das emoções que vieram experimentar, reconhecendo as prisões energéticas, no campo da matrix pessoal.

Atravessamos esses portais sombrios dentro de nós, reconhecendo que tudo foi regido pela Ordem Sincrônica com o Universo, e assim descobrimos a chave para nossa liberdade. E nada poderia ter sido diferente do que foi.
 
Essa compreensão em aceitar que tudo como foi, facilitou bastante o caminho, tendo em vista que, querer mudar a ordem das coisas é resistência, e essa energia de resistência não faz parte da vida de quem quer fluir na crista das ondas da Nova Energia.

Porém, é importante observar que a resistência não está só em quem não quer a mudança, a resistência pode se esconder também na fala do mostrador do caminho, que insiste na mudança do outro, com a desculpa de achar que esse ou aquele caminho seja melhor.

Quem deseja mesmo estar nessa Nova Energia, segue sem os apegos. Chegar a essa Nova Dimensão, confesso não ter sido fácil, mas foi gratificante, não só por acessar as Lembranças Divinas da minha Fonte em Serviço, mas também por compreender todo esse teatro e poder agora facilitam o olhar, para quem desejar entrar nesses portais.

Foi exatamente essa compreensão que me inspirou a relatar aqui, de forma clara e objetiva, o que foi viver na terceira dimensão, e, por isso mesmo, agora poder sugerir algumas orientações, na forma de olhar para tudo o que se apresenta fora de si.

Uma dessas orientações é observar constantemente como a programação mental consome a nossa energia sem percebermos, se não ficarmos atentos. Quem já atravessou esses portais, sabe que, se tivéssemos tido essas informações, nossa Jornada teria sido muito fácil. Mas a história era para ser como foi, e acabou dando certo.

Assim como eu, outros também já podem contar a suas formas de travessia, considerando que muitos estão prontos para mostrarem esse novo caminho, que acaba sempre sendo dentro de cada um.

Embora cada um tenha o seu tempo para que as asas comecem a se formar, algumas percepções, que relatarei aqui, poderão auxiliar na forma correta de olharem para si mesmos. Isso é um bom começo, pois tudo muda, quando mudamos o olhar sobre nós.

O segredo do universo está na forma como olhamos para nós.
Então vamos lá! 

Experimentar a dimensão tridimensional de separação, em que a dualidade imperou, foi sem dúvida uma “odisseia”. “Viajamos” a incríveis lugares, dentro e fora de nós. Como crianças, em um grande parque de diversão, soltamos a imaginação em busca de aventuras que nos preenchessem.

Aventuras extraordinárias, em geral dramáticas, uma série de imprevistos e acontecimentos, que podemos comparar com o que naquela dimensão era muito usado para relatar a vida real de todos nós. Dramas, tragédias, comédias, teatros, filmes e novelas definiam bem tudo o que experimentamos.

Era impressionante o quanto aquilo a que assistíamos, como apenas uma distração, era carregado das nossas próprias dores, com muita precisão. E o mais interessante ainda é que essas histórias que falavam da nossa própria vida, muitas vezes, faziam-nos chorar, como se estivéssemos no papel do personagem.

Ficávamos identificados com a dor dos atores, mas não percebíamos que eram nossas próprias dores relatadas e muitas vezes negadas em nós. Não tínhamos o hábito de falar sobre nossas emoções, “era um tabu”, principalmente no meio familiar.

Hoje, compreendendo como funcionava o jogo no campo familiar, tornam-se aceitáveis tais silêncios e tais negações. Falar sobre emoções no meio familiar era abrir a caixa de Pandora de alguém, considerando que repetimos padrões e, como ninguém estava preparado para olhar, era melhor não trazer a informação, então a mente se protegia.

Músicas, filmes e peças teatrais eram algumas das sugestões como distrações. Normalmente, muitas músicas falavam de dor, de apego, de traições, de “amores” não correspondidos. Os filmes seguiam essa mesma entoada: traições conjugais, violência, morte, abandono, tragédias, catástrofes, tudo o que pudesse alimentar o ego, ávido por dor, e assim fazer o seu trabalho, alimentar a matrix do inconsciente coletivo.

As pessoas mais idosas tinham tanto apego à dor, que passavam o dia ouvindo ou assistindo a telejornais, programas de televisão que só falavam em tragédias urbanas da vida real, mostrando inclusive as cenas. Impressionava ver o quanto ficavam conectados com aquelas notícias.

Os mais jovens se identificavam com padrões que tivessem como tema a rebeldia, a pornografia, a sexualidade exacerbada, a violência, seguindo o mesmo padrão do contexto social da inconsciência que a própria experiência oferecia. Tudo projetado para que sempre estivéssemos prestando um serviço à matrix.

O trabalho que fazíamos naquela dimensão, sem percebermos e em total inconsciência, era criar realidades de densidade, com o sistema nos impulsionando para isso o tempo todo: quanto mais tristeza, mais identificação com inconsciente coletivo e mais densa a energia era compartilhada.

Assim funcionava o abastecimento energético do sistema, no campo invisível. Éramos responsáveis pelo giro da roda, a energia que deixávamos por onde passávamos servia as egrégoras com que tínhamos mais ressonância, em termos de comportamentos e emoções.

Observando de fora como os grupos, principalmente os familiares, manipulam esses jogos, fica claro que o teatro é formado sistemicamente, para que as coisas sejam complicadas o máximo possível, levando as relações à exaustão. Quanto mais difícil era a convivência, mais emoções eram criadas, e mais energias densas abasteciam a quarta dimensão inferior, o inconsciente coletivo.

Por eras experimentamos as emoções, acreditando que um dia conquistaríamos a falsa liberdade prometida pela lei cármica, parecíamos cachorro correndo atrás do rabo, justamente por esse ledo engano.

Se não fosse a Lei da Graça Divina, a nos beneficiar com o Olhar do Amor e da Compaixão, estaríamos presos ainda no teatro de horrores ainda por eras. O que nos possibilitou a saída foi falar sobre tudo o que sentimos em nosso campo emocional, principalmente sobre as emoções que negamos, ou das quais nos envergonhamos, tentando escondê-las até de nós mesmos.

Para sairmos desse jogo, foi preciso que aprendêssemos a falar com clareza, sem culpa e sem auto julgamento, sobre nossas dores emocionais e comportamentos. Esse aprendizado foi uma “chave precisa”, que mudou a vida de muitos de nós, lançando-nos fora da prisão do véu do esquecimento.

Quando o Planeta Terra começou a se movimentar para uma vibração mais elevada de consciência, fomos convidados a participar juntos com ele e aceitamos o convite de conhecer ou reconhecer a Verdade, a grande retirada dos véus.

Uma frequência diferente da que estávamos acostumados começou a transformar a nossa vibração; mas nem todos estavam preparados para entrar de cabeça nessa história, que até hoje, para muitos ainda não faz muito sentido.

Energias tão altas, que não suportaríamos, se não tivéssemos feito toda essa limpeza antes: reconhecer as emoções que nos prendiam no coletivo inconsciente. Somente um campo limpo conseguiria receber essas Novas Energias que começaram adentrar o Planeta.

Ao reconhecermos as emoções que nos prendiam nos emaranhados cármicos da terceira dimensão, conseguimos, não só sair desses porões do campo fenomenológico, como também liberar os personagens a que estivemos ligados energeticamente por éons, em nosso campo. Isso foi libertador, literalmente falando “libertando a dor”.

Reconhecer o contrato cármico, para encerrá-lo, é deixar o campo que nos acolheu, carregado de velhas energias, totalmente limpo da nossa carga emocional. Essa é a forma de reconhecer esse campo, em Gratidão por aqueles que chegaram antes de nós e deixarmos Luz (informação que liberta) nesse campo, para que possam olhar além do véu.

O mais importante para que pudéssemos avançar em direção à nossa própria Liberdade e Divindade, sem dúvida nenhuma, foi tirarmos totalmente o peso que sentíamos sobre as nossas experiências: o auto julgamento, a culpa e o controle. Essas energias foram as maiores responsáveis pelo descaso que praticamos contra nós mesmos.

A experiência de inconsciência nos trazia a sensação de não sermos dignos, de não sermos merecedores; essa sensação nos pressionava cada vez mais para baixo, rejeitando tudo o que de melhor nos era oferecido, muitas vezes até mesmo com desconfiança.

Quão difícil foi compreender que somos ligados à Fonte de Abundância Divina. Independentemente do que fizemos em nossas vidas, nunca deixamos de Ser a Fonte, nunca fomos julgados por nada, mesmo estando naquela dimensão de separação e densidade.

No entanto, era incompreensível esse entendimento, pois na ocasião éramos escassos de energias que pudessem nos aproximar do Amor, não conhecíamos as virtudes da Alma, muito menos as Leis Universais que regem todo o universo.

Éramos totalmente iludidos com as nossas histórias limitadas da programação mental, buscávamos migalhas que pudessem nos preencher de nossos vazios, dávamos tanto valor para as mesquinharias, que não sobrava tempo nem espaço para reconhecermos a nossa Grandeza em Luz.

A dimensão dual possibilitou que experimentássemos situações extremamente constrangedoras em relação aos nossos valores. Naquela dimensão, as pessoas não reconheciam as qualidades uns dos outros; pelo contrário, facilmente invalidavam a experiência alheia sem nenhum pudor. Críticas, julgamentos e deboches faziam parte do cotidiano de todos nós.

A diversidade das experiências, aos olhos do ego, não era aceita, fazendo-nos julgar no outro o que não reconhecíamos em nós.

Sendo assim, queridas Almas em Luz, é maravilhoso estar compartilhando com vocês tudo o que realizamos juntos; e mais que isso, é maravilhoso saber que podemos olhar para o nosso campo, reconhecendo que tudo o que vivemos naquela dimensão foi o que nos trouxe as Asas da Liberdade. Reconhecer a inconsciência em Gratidão é a Chave da Libertação.

Libertação é “libertar a ação”, no nosso campo.

Ação é o Amor, que só podemos conhecer em total Liberdade.
 
Márcia Vasques
 
https://www.decoracaoacoracao.blog.br

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