SEGREDOS SOBRE A OPERAÇÃO DAS ALMAS HUMANAS

Muito já se escreveu sobre a alma, núcleo de consciência do homem que lhe revela a vontade espiritual, o amor-sabedoria e a inteligência ativa, num grau de amplitude muito além dos projetos da vida comum que cada pessoa vive.

Sabe-se que esse núcleo se expressa seguidas vezes na superfície da Terra, encarnando para desenvolver-se, embora também possa, dentro de certas conjunturas, ter esse desenvolvimento nos períodos em que não está encarnada. Por encarnação, entende-se a entrada progressiva da alma em um corpo mental, em um corpo emocional e, finalmente, em um corpo etéreo-físico, também denominado corpo material do ser com sua manutenção dentro dele por um período mais ou menos longo, dependendo do caso. Entretanto, sabe-se que sua morada, ou seu próprio nível de consciência e realidade, encontra-se em esferas superiores, no plano causal, que está além daqueles onde se dão as atividades física, emocional e mental- analítica, que muito bem conhecemos.

A alma vem à Terra para desenvolver trabalhos com propósitos grupais, ligados à obra de energias cósmicas que ela própria, como alma, desconhece quando nos primórdios de sua evolução. Aos poucos, toma consciência desses altos propósitos e, consequentemente, vai aperfeiçoando sua expressão. Em etapa mais adiantada desse processo, aspira atingir níveis ainda mais sutis de consciência e, eventualmente, aperfeiçoa a qualidade do trabalho que faz enquanto na Terra, como daquele que desenvolve nos períodos em que não se encontra encarnada.

Ao penetrar na esfera de existência material, a alma perde por certo período a memória de sua origem cósmica. Se encarnada como indivíduo de evolução média, gasta considerável tempo para se reencontrar, ou melhor, para retomar conscientemente o fio que a liga à realidade dos mundos sutis. Depois, leva mais tempo ainda para atrair a consciência físico-emocional-mental para a realidade desses mundos. Finalmente, após muitas encarnações, consegue absorver em seu próprio corpo a essência vibratória desses níveis, sintetizando, assim, toda a sua experiência anterior. É claro que estamos falando das condições das almas que se encontram na órbita deste planeta, e não de outros esquemas planetários.

A alma também tem um envoltório, um corpo, composto de material sutilíssimo, denominado corpo causal, ou das causas, já que é a partir de seus impulsos que o processo encarnatório é possível. 

A alma experimenta, primeiro, sua evolução na matéria, nas encarnações em que se identifica com realidades dos níveis mais densos da consciência; depois vem a fase de luta no plano físico em que, a certa altura, começa a destacar-se da consciência de massa - e isso nem sempre é conseguido sem fortes conflitos; por fim, as etapas de realização, por meio de um desenvolvimento assumido cada vez mais conscientemente, no decorrer das vidas.

É bom lembrar que uma mesma etapa pode exigir várias encarnações para desenvolver-se. Pode acontecer também da alma prosseguir o percurso de suas experiências, refazendo certas fases; neste caso, porém, passa a vivê-las em níveis de complexidade cada vez maiores.

Nesse processo, a alma pode encarnar repetidas vezes sob o mesmo signo, aperfeiçoando etapas ainda não completadas ou, como vimos, repetindo provas, tentando superar as próprias limitações. As almas muito evoluídas, todavia, libertam-se da influência dos signos astrológicos hoje conhecidos.  

 

Em etapa adiantada do seu processo, a alma aspira atingir níveis sutis de consciência e aperfeiçoa a qualidade do trabalho que faz enquanto na Terra.

 

José Trigueirinho Netto

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