UMA ORAÇÃO PELO MUNDO
A Dor e a Felicidade Me Rodeiam, e Eu Oro
Não
rezo para deus algum. Não peço favores a Mestres ou divindades: prefiro
tratar de ajudá-Los. As orações que faço são livres, expressam a boa
vontade presente na alma. Olho para o mundo e vejo razões para pensar no
reino celeste.
Uma criança pobre morre num hospital e eu oro.
Um terrorista mata a sangue frio cidadãos indefesos, e eu oro.
Um
político rouba discretamente dinheiro do seu próprio povo, e eu
prossigo orando. Centenas de crianças morrem em uma guerra – e eu oro.
Florestas
inteiras são destruídas pelo fogo, enquanto me dedico a orar. O dióxido
de carbono, ou fumaça, se espalha pela atmosfera do planeta e eu oro.
Inúmeras futilidades circulam pela mídia e nas redes sociais, e eu oro.
Vejo pessoas adorando o dinheiro e agindo como devotos do falso poder da
aparência, e oro.
Um
novo ser humano nasce em algum lugar, e a oração prossegue. Grande
número de crianças estão seguras e protegidas em todo o mundo, enquanto
oro. A boa vontade gera vida. Maridos e mulheres amam-se e cuidam dos
seus filhos, e eu oro.
Novas
árvores são plantadas em cada continente, enquanto oro. Estadistas
honestos pensam no bem das suas nações, e eu oro. O estado judaico, cuja
própria existência soa como um insulto para os terroristas e os
antissemitas, brilha e cresce com uma luz firmemente democrática.
Eu oro.
No
meio das dores de parto do tempo futuro, as Américas do Sul, Central e
do Norte acordam para um novo nível de percepção, e eu oro. Os cidadãos
europeus se adaptam à mudança enquanto prosseguem sua marcha evolutiva, e
eu oro.
Políticos
corruptos são recolhidos a penitenciárias, e eu prossigo orando.
Líderes populistas fogem da lei mentindo e enganando – e eu contemplo,
com serenidade, os temas divinos.
A
Ásia tem uma sabedoria que nada pode perturbar. Ela ilumina
permanentemente o mundo – e eu oro. As nações eslavas possuem uma
vitalidade paradoxal, um amor pela vida e pelo contraste constante – e
eu oro. A África sangra, sofre e aprende lições, e a oração continua.
Não precisamos de mais uma catástrofe como a de Atlântida, e eu oro.
A
dor e a felicidade me rodeiam, e eu oro, para que as pessoas
compreendam a Lei e vivam em harmonia. E eu digo, como outros dizem:
Possa
a bondade proteger os povos da autodestruição, moral e física. Que as
nações mereçam líderes tão honestos e sábios quanto possível.
Que
o cidadão culto e o ignorante reconheçam o fato de que são todos
irmãos, e o pobre e o rico, e no Oriente e no Ocidente, e no Norte e no
Sul.
Que
cada indivíduo de boa vontade aprenda Sabedoria com as árvores, os
animais e as estrelas. Possam todos encontrar a paz interior,
transmiti-la uns aos outros, e viver em unidade com Ela.
Carlos Cardoso Aveline
https://www.filosofiaesoterica.com
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