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segunda-feira, 6 de dezembro de 2021

COMO PARAR A RODA DO SOFRIMENTO ?

Todo o Universo está expandindo em constante evolução. Quando falamos a palavra “Universo”, precisamos imaginá-lo como um reflexo da intenção do Criador de Tudo de É.

Antes de compreendermos como parar o sofrimento em nossa vida, devemos nos questionar sobre a razão da existência do sofrimento.

Tendo ciência de que Tudo está em contínua expansão e evolução, podemos imaginar que nada nem nenhuma experiência contida na criação deve estar “estagnada”. Em outras palavras, nenhum de nós pode se negar a evoluir.

Imaginemos que estamos dentro de uma experiência intencionada por uma Mente Universal Criadora, e para viver essa experiência nos foram concebidas diversas qualidades tanto a nível de corpo biológico como na confecção da nossa alma, e também do cenário em que estamos expostos, além de na sincronicidade de todas essas informações juntas.

Toda essa existência é algo extremamente complexo e magnífico ao mesmo tempo.

Quando temos um corpo/mente com inúmeras capacidades, porém acabamos de alguma forma despreciando seu potencial, em outras palavras, acredito que isso se refere às palavras deixadas por Jesus Cristo quando ele dizia: “Homens de pouca fé”. De certo modo, o que estamos fazendo é retardar nossa capacidade de evoluir.

Tudo isso se representa de diversas formas, como falta de autoestima, baixa autoconfiança, automutilação, negação, reprimir ou ignorar a intuição e os seus sentimentos…

Sempre que estamos fazendo isso, estamos limitando ou reduzindo nossa evolução, como se quiséssemos parar de evoluir ou aprender, porém isso não é possível.

Se você negar a sua Luz ou mesmo não se achar digno de ser um filho ou filha para manifestar o poder criativo, a sabedoria e o amor da Mente Criadora de Tudo que É, ainda assim é como se você estivesse resistindo à manifestação do Criador por meio da sua existência.

Quando nos achamos fracos, feios, impotentes etc… estamos negando ao Criador.

Somente quando resistimos e negamos a manifestação das qualidades do Criador – que são o Amor, a Sabedoria e o Poder Criativo por meio de nossa existência — é que vivemos o espaço do sofrimento.

O sofrimento é como se fosse o recurso último para angariar a evolução das almas que se negam a evoluir. A dor e o sofrimento são recursos existentes para assegurar que o aprendizado chegue àqueles que resistem evoluir.

Quanto mais negamos, mais perto da dor e do sofrimento ficamos.

Existem muitas pessoas lindas neste mundo que permitem que sua Luz se manifeste, vivendo em abundância, levando seus dons e talentos para os demais. Com isso, são recompensados e retribuídos com prosperidade. Além disso, também têm uma capacidade de emanar amor, o que lhes assegura se aproximar da felicidade.

Portanto trago uma pergunta de reflexão neste momento: você está permitindo que a Luz se manifeste na sua vida? Dentre as qualidades de Luz estão a alegria, o amor, a paz, entre outras que vou deixar listadas abaixo, usando de referência os estudos realizados pelo Dr. David Hawkins que permitiu, com seu estudo, trazer o conhecimento dos níveis de frequência de cada emoção humana.

A única forma de manifestar sua Luz é cultivando emoções que vibram ou se assemelham à imagem do Criador de Tudo que É.

Dessa forma, concluímos que a única maneira de parar a roda do sofrimento é parando de resistir à manifestação da Luz em nossas vidas.

Àqueles que estão vivendo a dor neste momento, aconselho fazerem essa pergunta a si mesmos: “O que essa dor/sofrimento veio me ensinar?”.

Rafael A. Calzas
https://www.eusemfronteiras.com.br
 

Como Viver sem Sofrimento ?

Há muito sofrimento mental na sociedade moderna e os ensinamentos do Buda consistem exatamente na compreensão acerca do sofrimento e em como superá-lo. Para isso Shakyamuni nos ensinou as Quatro Nobres Verdades que falam sobre a natureza do sofrimento e do mal-estar mental, a causa do sofrimento, a cessação do sofrimento e o caminho que conduz à cessação do sofrimento.

Este ensinamento foi relevante há 2500 anos e é ainda mais relevante hoje, em nosso mundo consumidor e materialista, onde abundam o estresse, o egoísmo, a ganância, o apego, o medo, a frustração, a solidão, o isolamento, a depressão e a tristeza.

Embora as pessoas de hoje sejam mais educadas, sofisticadas e alfabetizadas, elas ainda sofrem de ignorância e ilusão, desejo e apego, ódio e má vontade. Na sociedade moderna as pessoas têm uma obsessão absurda em torno do “eu” e do “meu”. Elas são muito auto-centradas e se levam muito a sério, e por isso experimentam uma grande dose de sofrimento, desejo e medo.

Muitas pessoas não entendem a si mesmas, suas próprias mentes e as leis da Natureza. Suas mentes são inquietas e confusas e por isso elas são apanhadas pela ganância, ressentimento e ilusão. Há inquietação constante e apego, desejo às coisas mundanas, inclusive à ideias, conceitos, ideais, visões, opiniões e preferências pessoais.

Há uma grande dose de medo, ansiedade e insegurança, inclusive, o medo da morte e o medo de abandonar os apegos. Devido à ignorância e a ilusão, nós não vemos mais a morte como um fenômeno natural. Encaramos a finitude como algo brutal para o eu ou para a individualidade carregada de suas muitas paixões, prazeres e hábitos. Nós evitamos refletir sobre a morte, doença e velhice e acreditamos que com o nascimento temos um “eu permanente”; não admitimos que todas essas condições “degradantes” são naturalmente inseparáveis de nossas vidas, ou seja, não aceitamos a efemeridade de nossa existência. Tudo o que somos é um processo mente-corpo constituído por água, terra, fogo e ar. O ego-personalidade se fundamenta apenas na memória e no condicionamento de experiências passadas. A nossa própria existência é baseada em constante mudança e impermanência, mas devido à ignorância desejamos a permanência em nossos relacionamentos, prazeres e diversões; queremos que tudo o que é bom fique da mesma maneira, que nossas posses não sejam ameaçadas, que quem amamos não nos deixe, que nossos desejos sempre sejam realizados, etc. Contudo, todas estas situações são inconstantes e quando elas não estão presentes, o sofrimento, o medo, a ansiedade, a frustração, o desespero e o mal-estar surgem implacavelmente.

A percepção da impermanência, insatisfação e a não existência de um eu permanente, concreto e separado, nos conduz à paz, harmonia e liberdade. Na prática do Dharma, conseguimos perceber a insatisfação da experiência sensorial. Quando esperamos ser satisfeitos a partir de objetos sensoriais ou experiências que só podem ser temporariamente satisfeitas, somos gratificados talvez, apenas por uma felicidade momentânea, pois tudo está em constante mudança. Não há um fundamento sólido nas sensações para a felicidade e isso ocorre porque não há nenhum ponto na consciência sensorial que tenha uma qualidade permanente ou essencial.

Assim, a experiência sensorial é sempre baseada na mudança, mas por causa da ignorância e ilusão, tendemos a esperar muito dela. Nós tendemos a colocar muitas esperanças e criar todos os tipos de expectativas ilusórias em cima desse tipo de experiência, e quando fazemos isso, geralmente, temos como retorno sentimentos terríveis de desapontamento, frustração, desespero, tristeza e medo.

Uma vez que compreendemos o não-eu, o fardo da vida é aliviado. Ficamos em paz com o mundo. Quando vemos além do condicionado, além da noção de “eu” e “meu”, já não nos apegamos à felicidade e segurança e, então, podemos ser verdadeiramente felizes, pacíficos e seguros. Nos tornamos capazes de aceitar as regras da vida e, mesmo diante dos percalços, permanecemos serenos. Por conhecer o próprio corpo, coração e mente, podemos deixar os apegos de lado e observar e dominar nossos estados mentais/emocionais, sem sermos iludidos por eles. Ao atingirmos este estágio de sabedoria, enfim, a vida recupera seu real valor de simplicidade e leveza.

Fonte: An Inquiring Mind’s Journey – Bhante Kovida
https://www.rodadalei.com.br

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