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quinta-feira, 9 de dezembro de 2021

 A MÁGICA OPÇÃO


Apareceu num programa de televisão, onde eram entrevistadas pessoas idosas, convidadas a falar sobre a velhice. Tinha setenta e cinco anos, mas aparentava sessenta, espirituosa, bem disposta, dona de uma incrível jovialidade.

- Nunca me senti velha. O corpo já não tem a mesma vitalidade; não raro há "grilos" de saúde, o que é natural. Trata-se de uma máquina. Embora eu cuide bem dela, vai se desgastando... Mas o "motor" está ótimo, nos dois sentidos: bombeia, incansável e eficientemente o sangue, sem "ratear", e se mantém permanentemente enamorado de encantadora donzela - a Vida ! Por isso, intimamente, sinto-me uma eterna jovem. Nunca experimentei o "peso dos anos" ou a angústia de envelhecer. Cada dia é uma nova aventura e eu aproveito integralmente...

- Qual é a fórmula para essa perene juventude emocional, essa esfuziante alegria ? - pergunta, admirado, o entrevistador.

- Elementar, meu filho. Toda manhã, quando eu desperto, digo para mim mesma: "Você tem duas opções, neste dia: ser feliz ou infeliz." Como eu não sou tola, escolho a primeira. Simples, não ?

As pessoas felizes vivem neste mesmo mundo de expiações e provas. Sofrem, lutam, enfrentam problemas e dificuldades, dores e atribulações, enfermidades e desgastes, como toda gente. No entanto, optam pela Felicidade, superando a velha tendência humana de autocomiseração; o masoquismo de autoflagelar-se com uma visão pessimista e desajustada da existência, o cultivo voluptuoso da mágoa...

Felicidade, como ensina a sabedoria popular, não é uma estação na jornada humana. Trata-se de uma maneira de viajar. Independendo dos favores da existência, subordina-se, fundamentalmente, ao que fazemos dela.

Richard Simonetti
 http://www.caminhosluz.com.br 


A felicidade é a natureza do homem. Você não precisa se preocupar com a felicidade de jeito nenhum, ela já está lá. Está em seu coração – você só tem que parar de ser infeliz, você tem que parar de funcionar o mecanismo que cria a infelicidade.Simplesmente seja alegre neste momento! Basta ver o sentido disso! Não adie – estes são truques de procrastinação. Não queres ser feliz; Você ainda quer permanecer infeliz. Você ainda quer uma nova desculpa para ser infeliz. Agora esta é a desculpa: ' Estou à procura da felicidade, estou à procura de alegria. Agora eu sou infeliz. Eu vou ser feliz quando eu a encontrar – mas como posso ser feliz agora? Vou ter que encontrar e a viagem é longa e o caminho é árduo, uma tarefa pesada.' Então você pode ser feliz com sua infelicidade agora e amanhã vamos ver... e amanhã nunca vem.
 
Quanto mais você pedir felicidade, quanto mais você vai estar em sofrimento. O sofrimento é uma sombra. Quanto maior for o desejo de felicidade, maior será a sombra. Peça felicidade e você nunca a terá. Você vai sentir frustração. Por que? – Porque há apenas uma maneira de ser feliz e isso é ser feliz aqui.

A felicidade não é um resultado, a felicidade é um modo de vida. A existência é felicidade. Ela é uma celebração eterna, uma festividade. Olhe a existência! Cada árvore está em um clima festivo, cada pássaro está em um clima festivo. Exceto o humano, tudo está em um clima festivo. Toda a existência é um festival, um festival constante e contínuo. Nenhuma tristeza, nenhuma morte, nenhuma miséria existe em nenhum lugar, exceto na mente humana. Algo está errado com a mente, não com a existência. Algo está errado com você, não com a situação.

Por que é humano ser infeliz? Nenhum animal é tão infeliz, nenhum pássaro é tão infeliz, nenhum peixe é tão infeliz como humano. Por que o humano é tão infeliz? - Porque o humano deseja a felicidade e os pássaros estão felizes agora, as árvores são felizes agora. O humano deseja a felicidade – ele nunca está feliz aqui e agora. Ele sempre deseja isso e vai perdendo, porque a felicidade está aqui. Está acontecendo ao seu redor. Deixe-a entrar dentro de si. Seja parte da existência. Não se mova para o futuro. A existência nunca se move para o futuro, só a mente o faz.
 
O mundo é cheio de espinhos e cheio de flores. Ele nem é uma roseira de flores ou uma roseira cheia de espinhos – ele está cheio de ambos. Depende de você. Você pode escolher as flores e você pode fazer uma cama de flores e dormir sobre a cama de rosas. Ou você pode escolher os espinhos e sofrer. O inferno é criação sua, assim é o paraíso.
 
Osho
https://s3-eu-west-1.amazonaws.com
 
 
A mente não pode encontrar a felicidade. A felicidade não é uma coisa a ser perseguida e encontrada, como a sensação. A sensação pode ser encontrada vezes e mais vezes, porque está sempre sendo perdida; mas a felicidade não pode ser encontrada. A felicidade relembrada é só uma sensação, uma reação a favor ou contra o presente. O que está acabado não é felicidade; a experiência de felicidade que está acabada é sensação, pois lembrança é o passado e o passado é sensação. Felicidade não é sensação. O que você conhece é o passado, não o presente; e o passado é sensação, reação, memória. Você lembra que foi feliz; e pode o passado dizer o que é felicidade? Ele pode lembrar, mas não pode ser. Reconhecimento não é felicidade; saber o que é ser feliz, não é felicidade. Reconhecimento é a resposta da memória; e pode a mente - o complexo de memórias, experiências - ser feliz? O próprio reconhecimento impede o experimentar. Quando você está cônscio de que está feliz, existe felicidade? Quando há felicidade, você está cônscio dela? A consciência só surge com o conflito; o conflito da lembrança do mais. Felicidade não é a lembrança do mais. Onde existe conflito, a felicidade não está. Conflito é onde a mente está. O pensamento, em todos os níveis, é a resposta da memória e assim, invariavelmente, nasce o conflito. Pensamento é sensação, e sensação não é felicidade. As sensações estão sempre buscando gratificações. O fim é sensação, mas a felicidade não está no fim; ela não pode ser buscada.
 
J. Krishnamurti, The Book of Life
http://legacy.jkrishnamurti.org
 
 
Quando você aceita o que é, atinge um nível mais profundo. Nesse nível, tanto seu estado interior quanto sua noção de “eu” não dependem mais dos julgamentos feitos pela mente do que é “bom” ou ruim.

Quando você diz “sim” para as situações da vida e aceita o momento presente como ele é, sente uma profunda paz interior.

Superficialmente, você pode continuar feliz quando há sol e menos feliz quando chove; pode ficar contente por ganhar um milhão e triste por perder tudo o que tem. Mas a felicidade e a infelicidade não passarão dessa superfície. São como marolas em volta do seu ser. A paz que existe dentro de você permanece a mesma, não importa qual seja a situação externa.

O “sim” para o que é mostra que você tem uma dimensão de profundidade que não depende das condições externas nem das internas, com seus pensamentos e emoções sempre flutuantes.

A aceitação e a entrega se tornam muito mais fáceis quando você percebe que todas as experiências são fugazes e se dá conta de que o mundo não pode lhe oferecer nada que tenha um valor permanente. Ao aceitar e entregar-se, você continua a conhecer pessoas e a se envolver em experiências e atividades, mas sem os desejos e medos do “euzinho”. Ou seja, você deixa de exigir que uma situação, uma pessoa, um lugar ou um fato o satisfaçam ou o façam feliz. A natureza passageira e imperfeita de tudo pode ser como é.

E o milagre é que, quando você deixa de fazer exigências impossíveis, todas as situações, pessoas, lugares e fatos ficam satisfatórios e muito mais harmoniosos, serenos e pacíficos.

Quando você aceita totalmente o momento presente, quando deixa de discutir com o que é, a compulsão de pensar diminui e é substituída por uma calma atenta. Você fica plenamente consciente, mas sua mente não dá qualquer rótulo para esse momento. Quando você deixa de resistir internamente, abre-se para a consciência livre de condicionamentos, que é infinitamente maior do que a mente humana. Essa vasta inteligência pode então se expressar através de você e ajudá-lo tanto por dentro quanto por fora. É por isso que, ao parar de resistir internamente, você costuma achar que as coisas melhoraram.

Você acha que estou lhe dizendo “Aproveite o momento. Seja feliz”? Não.

Estou dizendo para você aceitar esse momento tal como ele é. Isso já basta.

A entrega consiste em entregar-se a esse momento, e não a uma história através da qual você interpreta esse momento e depois tenta se conformar com ela.

Por exemplo: você pode sofrer um acidente e ficar paralítico. A situação real é esta.

Será que sua mente vai inventar uma história que diz: “Minha vida ficou assim, acabei numa cadeira de rodas. A vida foi dura e injusta comigo. Eu não mereço”?

Ou será que você é capaz de aceitar esse momento tal como é e não confundi-lo com uma história que sua mente inventou a partir da situação real?

A aceitação e a entrega existem quando você não se pergunta mais: “Por que isso foi acontecer comigo?”.

Mesmo nas situações aparentemente mais inaceitáveis e dolorosas existe um profundo bem. Dentro de cada desgraça, de cada crise, está a semente da graça.

A História mostra homens e mulheres que, ao enfrentarem uma grande perda, doença, prisão ou a ameaça de morte iminente, aceitaram o que era aparentemente inaceitável e, assim, encontraram “a paz que vai além de toda a compreensão”.

Aceitar o inaceitável é a maior fonte de graças que existe.

Há situações em que nenhuma resposta ou explicação satisfaz. Nesses momentos a Vida parece perder o sentido. Ou alguém em desespero pede sua ajuda e você não sabe o que dizer ou o que fazer.

Quando você aceita plenamente que não sabe, desiste de lutar para encontrar a resposta usando o pensamento de sua mente limitada. Ao desistir, você permite que uma inteligência maior atue através de você. Até o pensamento pode se beneficiar com isso, pois a inteligência maior flui para dentro dele e o inspira.

Às vezes, entregar-se significa desistir de querer entender e sentir-se bem com o que você não sabe.

Você conhece pessoas cuja maior função na vida parece ser cultivar a própria infelicidade, fazer os outros infelizes e espalhar infelicidade? Perdoe essas pessoas, pois elas também fazem parte do despertar da humanidade. O papel delas é intensificar o pesadelo da consciência autocentrada, da recusa à aceitação e à entrega. Não há uma escolha deliberada na atitude delas. Essa atitude não é o que elas são.

Pode-se dizer que a entrega é a transição interior da resistência para a aceitação, do “não” para o “sim”. Quando você se entrega, a noção que tem de si mesmo muda. O “euzinho” deixa de se identificar com uma reação ou um julgamento mental e passa a ser um espaço em torno da reação ou do julgamento. O “eu” não se identifica mais com a forma – o pensamento ou a emoção – e você se reconhece como algo sem forma: o espaço da consciência.

Qualquer coisa que você aceite plenamente vai levá-lo à paz, o que inclui a aceitação daquilo que você não consegue aceitar, daquilo a que você está resistindo.

Deixe que a Vida seja. 
 
Eckhart Tolle
https://www.afcrista.com.br
 

Você já é felicidade, assim como é amor

Despertar é a única experiência que vale a pena. Abrir bem os olhos, para ver que a infelicidade não vem da realidade, mas dos desejos e das ideias equivocadas.

Para ser feliz não é preciso fazer coisa alguma, além de desfazer-se de falsas ideias, das ilusões e fantasias que não nos permitem ver a realidade. Uma pessoa só consegue isso se mantendo acordada e chamando as coisas por seus verdadeiros nomes.

Você já é felicidade, assim como é amor, mas não vê isso porque está dormindo. Esconde-se atrás das fantasias, das ilusões, e também das misérias das quais se envergonha. Nós todos fomos programados para ser felizes ou infelizes (dependendo de apertarem o botão do elogio ou da crítica), e isso é o que nos confunde. É preciso que reconheçamos isso, saindo dessa programação e procurando dar às coisas os seus nomes verdadeiros.

Se você insiste em não despertar, nada se pode fazer: “Não deves empenhar-te em tentar fazer um porco cantar, pois estarás perdendo o teu tempo e o porco acabará SE irritando”.

Todo mundo sabe que o pior cego é aquele que não quer ver.

Se você não quer ver e despertar, continuará programado; e as pessoas adormecidas e programadas são mais fáceis de permitirem ser controladas pela

Anthony de Mello, trecho do livro Auto Libertação

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