A P A L A V R A
“No princípio era o Verbo...”
O apóstolo João ainda nos adverte que “ o Verbo era Deus e estava com Deus".
Deus é amor e vida e a mais perfeita expressão do Verbo para o orbe terrestre era e é Jesus, identificado com a sua misericórdia e sabedoria, desde a organização primordial do planeta.
Visível ou oculto, o Verbo é o traço da luz divina em todas as coisas e em todos os seres, nas mais variadas condições do processo de aperfeiçoamento.
O profeta enunciou, há muitos séculos, que "a palavra dita a seu tempo é maçã de ouro em cesto de prata". Se estamos, portanto, verdadeiramente interessados na elevação, constitui-nos inalienável dever o conhecimento exato do valor “tempo” estimando-lhe a preciosidade e definindo cada coisa e situação em lugar próprio, para que o verbo, potência divina, seja em nossas ações o colaborador do Pai.
O apóstolo João ainda nos adverte que “ o Verbo era Deus e estava com Deus".
Deus é amor e vida e a mais perfeita expressão do Verbo para o orbe terrestre era e é Jesus, identificado com a sua misericórdia e sabedoria, desde a organização primordial do planeta.
Visível ou oculto, o Verbo é o traço da luz divina em todas as coisas e em todos os seres, nas mais variadas condições do processo de aperfeiçoamento.
O profeta enunciou, há muitos séculos, que "a palavra dita a seu tempo é maçã de ouro em cesto de prata". Se estamos, portanto, verdadeiramente interessados na elevação, constitui-nos inalienável dever o conhecimento exato do valor “tempo” estimando-lhe a preciosidade e definindo cada coisa e situação em lugar próprio, para que o verbo, potência divina, seja em nossas ações o colaborador do Pai.
É lamentável se dê tão escassa atenção, na Crosta da Terra, ao poder do
verbo, atualmente tão desmoralizado entre os homens. Nas mais
respeitáveis instituições do mundo carnal, segundo informes fidedignos
das autoridades que nos regem, a metade do tempo é despendida inutilmente, através de conversações ociosas e inoportunas. Isso,
referindo-nos somente às “mais respeitáveis”. Não se precatam nossos
irmãos em Humanidade de que o verbo está criando_imagens_vivas, que se
desenvolvem no terreno mental a que são projetadas, produzindo consequências boas ou más, segundo a sua origem. Essas formas
naturalmente vivem e proliferam e, considerando-se a inferioridade dos
desejos e aspirações das criaturas humanas, semelhantes criações
temporárias não se destinam senão a serviços destruidores, através de
atritos formidáveis, se bem que invisíveis.
Toda conversação prepara acontecimentos de conformidade com a sua
natureza. Dentro das leis vibratórias que nos circundam por todos os
lados, é uma força indireta de estranho e vigoroso poder, induzindo
sempre aos objetivos velados de quem lhe assume a direção intencional.
A ausência de qualquer palavra menos digna e a presença contínua de
fatores verbais edificantes facilitam a elaboração de forças sutis, nas
quais os orientadores divinos encontram acessórios para se adaptarem, de
algum modo, às nossas necessidades na edificação comum.
Conversas com a Anfitriã
A nossa anfitriã voltando à poltrona que nada tinha de cátedra, sem qualquer atitude professoral, tão grande era o doce ambiente de maternidade que sabia irradiar de si, começou a dizer para os aprendizes:
A nossa anfitriã voltando à poltrona que nada tinha de cátedra, sem qualquer atitude professoral, tão grande era o doce ambiente de maternidade que sabia irradiar de si, começou a dizer para os aprendizes:
— Conforme estudamos na noite de hoje, a palavra, qualquer que ela
seja, surge invariavelmente dotada de energias elétricas específicas,
libertando raios de natureza dinâmica. A mente, como não ignoramos, é o
incessante gerador de força, através dos fios positivos e negativos do
sentimento e do pensamento, produzindo o verbo que é sempre uma descarga eletromagnética, regulada pela voz. Por isso mesmo, em todos os nossos
campos de atividade, a voz nos tonaliza a exteriorização, reclamando
apuro de vida interior, de vez que a palavra, depois do impulso mental,
vive na base da criação; é por ela que os homens se aproximam e se
ajustam para o serviço que lhes compete e, pela voz, o trabalho pode ser
favorecido ou retardado, no espaço e no tempo.
Dentro da pausa ligeira que se fizera espontânea, simpática senhora interrogou:
— Mas, para que tenhamos a solução do problema, é indispensável jamais nos encolerizarmos?
— Sim — elucidou a instrutora, calma —, indiscutivelmente, a cólera não
aproveita a ninguém, não passa de perigoso curto-circuito de nossas
forças mentais, por defeito na instalação de nosso mundo emotivo,
arremessando raios destruidores, ao redor de nossos passos...
— Em tais ocasiões, se não encontramos, junto de nós, alguém com o
material isolante da oração ou da paciência, o súbito desequilíbrio de
nossas energias estabelece os mais altos prejuízos à nossa vida, porque
os pensamentos desvairados, em se interiorizando, provocam a temporária
cegueira de nossa mente, arrojando-a em sensações de remoto pretérito,
nas quais como que descemos quase sem perceber a infelizes experiências
da animalidade inferior. A cólera, segundo reconhecemos, não pode e nem
deve comparecer em nossas observações, relativas à voz. A criatura
enfurecida é um dínamo em descontrole, cujo contacto pode gerar as mais
estranhas perturbações.
Um moço, com evidente interesse nas lições, argumentou:
Um moço, com evidente interesse nas lições, argumentou:
— E se substituíssemos o termo «cólera» pelo termo «indignação»?
Irmã Clara pensou alguns instantes e redarguiu: — Efetivamente, não poderíamos completar os nossos apontamentos, sem
analisar a indignação como estado da Alma, por vezes necessário.
Naturalmente é imprescindível fugir aos excessos. Contrariar-se alguém a
propósito de bagatelas e a todos os instantes do dia será baratear os
dons da vida, desperdiçando-os, de modo inconsequente, sem o mínimo
proveito para si mesmo ou para os outros. Imaginemos a indignação por
subida de tensão na usina de nossos recursos orgânicos, criando efeitos
especiais à eficiência de nossas tarefas. Nos casos de exceção, em que
semelhante diferença de potencial ocorre em nossa vida íntima, não
podemos esquecer o controle da inflexão vocal. Assim como a
administração da energia elétrica reclama atenção para a voltagem,
precisamos vigiar a nossa indignação principalmente quando seja
imperioso vertê-la através da palavra, carregando a nossa voz tão
somente com a força suscetível de ser aproveitada por aqueles a quem
endereçamos a carga de nossos sentimentos. É indispensável modular a
expressão da frase, como se gradua a emissão elétrica...
E, ante a assembleia que lhe registrava os ensinamentos com justificável respeito, prosseguiu, depois de ligeiro intervalo.
Nossa vida pode ser comparada a grande curso educativo, em cujas
classes inumeráveis damos e recebemos, ajudamos e somos ajudados. A
serenidade, em todas as circunstâncias, será sempre a nossa melhor
conselheira, mas, em alguns aspectos de nossa luta, a indignação é
necessária para marcar a nossa repulsa contra os atos deliberados de
rebelião ante as Leis do Senhor. Essa elevada tensão de espírito, porém,
nunca deve arrojar-se à violência e jamais deve perder a dignidade de
que fomos investidos, recebendo da Divina Confiança a graça do
conhecimento superior. Basta, dentro dela, a nossa abstenção dos atos
que intimamente reprovamos, porque a nossa atitude é uma corrente de
indução magnética. Em torno de nós, quem simpatiza conosco geralmente
faz aquilo que nos vê fazer. Nosso exemplo, em razão disso, é um fulcro
de atração. Precisamos, assim, de muita cautela com a palavra, nos
momentos de tensão alta do nosso mundo emotivo, a fim de que a nossa voz
não se desmande em gritos selvagens ou em considerações cruéis que não
passam de choques mortíferos que infligimos aos outros, semeando
espinheiros de antipatia e revolta que nos prejudicarão a própria
tarefa.
http://www.guia.heu.nom.br
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