CONHECENDO O AMOR
Primeira parte
Fomos ensinados continuamente que o amor é um relacionamento, então nós nos acostumamos a essa ideia. Mas isso não é verdade. Essa é uma coisa pequena, muito contaminada. O amor é um estado de ser. Na verdade, o amor real é silencioso. Quando você está realmente sentindo amor, esse sentimento de amor cria à sua volta uma radiância que diz tudo o que você não consegue dizer, que nunca pode ser dito.
Se você estiver feliz o amor fluirá em sua direção…Não há necessidade de pedir. Esta é uma das leis básicas: Exatamente como a água flui para baixo e o fogo flui para cima, o amor flui em direção à felicidade.
O amor aceita você. Ele nada exige de você e não diz: “Seja isso, seja aquilo.” O amor simplesmente lhe diz para ser você mesmo, que você é bom assim como é, que você é belo assim como é.
Tudo o que lhe der paz, tudo o que o deixar em estado de graça, tudo o que lhe der serenidade, tudo o que o aproximar da existência e de sua imensa harmonia, é amor e será bom.
Amar e necessitar de Amor são duas coisas diferentes. Preencha a sua vida com amor. Mas você dirá: ‘Nós sempre amamos’. E eu lhe digo que você raramente ama. Você pode estar ansiando por amor… e há uma vasta diferença entre os dois. Amar e necessitar de amor são duas coisas muito diferentes. A maioria de nós permanece como criança toda a vida, porque todos estão procurando amor. O amar é uma coisa muito misteriosa: o ansiar por amor é uma coisa muito infantil. Crianças pequenas querem amor; quando a mãe lhes dá amor elas crescem. Elas também querem o amor dos outros e a família as ama. Então quando ficam mais velhas, se são maridos, querem amor de suas esposas; se são esposas, querem amor de seus maridos. E qualquer um que anseia por amor sofre, porque o amor não pode ser pedido; o amor só pode ser dado. No querer não há certeza de que você o receberá. E se a pessoa de quem espera receber amor também espera recebê-lo de você, isso gera um problema. Será como dois mendigos se encontrando e mendigando juntos. Em todo o mundo existem problemas entre maridos e esposas e a única razão é que ambos esperam amor um do outro, mas são incapazes de dar amor.
Pense um pouco sobre isso – sua constante necessidade de amor. Você quer que alguém o ame, e se alguém o ama você se sente bem. Mas o que não sabe é que o outro o ama somente porque ele quer que você o ame. É exatamente como alguém jogando isca para peixe: ele não joga a isca para o peixe comer; joga para fisgar o peixe. Não quer dar a isca para o peixe, somente o faz porque quer o peixe. Todas as pessoas que você vê amando ao seu redor estão somente jogando iscas para ganhar amor. Elas jogarão a isca um tempo, até que outra pessoa comece a sentir que há a possibilidade de ganhar amor desta pessoa. Daí ela também começa a demonstrar algum amor, até finalmente eles compreenderem que ambos são mendigos. Cometeram um engano: cada um pensou que o outro fosse um imperador. E com o tempo, cada um percebe que não está conseguindo nenhum amor do outro, é quando a fricção começa.
Você deveria ser capaz de estar só, completamente só e, ainda assim, tremendamente feliz. Então, você pode amar. Então, seu amor não é mais uma necessidade, mas um compartilhar, não mais uma carência. Você não se tornará dependente das pessoas que você ama. Você compartilhará – e compartilhar é bonito. Esta é a diferença entre relacionar-se e relacionamento: relacionamento é uma coisa: você se apega a ele; relacionar-se é um fluxo, um movimento, um processo. Você encontra uma pessoa e você ama, porque você tem muito amor disponível.
… Amor embeleza tudo. O amor é o único fenômeno de embelezamento na existência. No momento quando você está apaixonado, você se torna imediatamente bonito. Eu falo de beleza não de algo físico… a beleza é algo espiritual. Expressa-se também fisicamente, mas basicamente, é algo interno. Até mesmo o corpo torna-se luz através dela. O corpo a irradia também, mas a beleza não é uma parte do corpo, ela flui através do corpo, mas vem de fontes mais profundas. E essas fontes tornam-se vivas e principiam a jorrar quando você começa a se apaixonar.
Não seja mesquinho com o amor. Ame, ame tanto quanto possível. Ame tantas pessoas quanto possível – não só as pessoas, porém animais, pássaros, árvores, rochas. O objeto não é a questão do amor. É o amor que importa.
Como poesia, como música, como pintura... Não perca a oportunidade de amar, sinta o amor devagar, aos poucos, experimente seu sabor; assim, você começará a viver como o próprio amor. Então, mesmo quando está sentado sozinho está irradiando amor. E quando uma pessoa pode irradiar amor, na solidão, atingiu a maior forma de meditação, e é somente a esta altura que Deus abre Sua porta.
O amor aceita você. Ele nada exige de você e não diz: “Seja isso, seja aquilo.” O amor simplesmente lhe diz para ser você mesmo, que você é bom assim como é, que você é belo assim como é.
Tudo o que lhe der paz, tudo o que o deixar em estado de graça, tudo o que lhe der serenidade, tudo o que o aproximar da existência e de sua imensa harmonia, é amor e será bom.
Amar e necessitar de Amor são duas coisas diferentes. Preencha a sua vida com amor. Mas você dirá: ‘Nós sempre amamos’. E eu lhe digo que você raramente ama. Você pode estar ansiando por amor… e há uma vasta diferença entre os dois. Amar e necessitar de amor são duas coisas muito diferentes. A maioria de nós permanece como criança toda a vida, porque todos estão procurando amor. O amar é uma coisa muito misteriosa: o ansiar por amor é uma coisa muito infantil. Crianças pequenas querem amor; quando a mãe lhes dá amor elas crescem. Elas também querem o amor dos outros e a família as ama. Então quando ficam mais velhas, se são maridos, querem amor de suas esposas; se são esposas, querem amor de seus maridos. E qualquer um que anseia por amor sofre, porque o amor não pode ser pedido; o amor só pode ser dado. No querer não há certeza de que você o receberá. E se a pessoa de quem espera receber amor também espera recebê-lo de você, isso gera um problema. Será como dois mendigos se encontrando e mendigando juntos. Em todo o mundo existem problemas entre maridos e esposas e a única razão é que ambos esperam amor um do outro, mas são incapazes de dar amor.
Pense um pouco sobre isso – sua constante necessidade de amor. Você quer que alguém o ame, e se alguém o ama você se sente bem. Mas o que não sabe é que o outro o ama somente porque ele quer que você o ame. É exatamente como alguém jogando isca para peixe: ele não joga a isca para o peixe comer; joga para fisgar o peixe. Não quer dar a isca para o peixe, somente o faz porque quer o peixe. Todas as pessoas que você vê amando ao seu redor estão somente jogando iscas para ganhar amor. Elas jogarão a isca um tempo, até que outra pessoa comece a sentir que há a possibilidade de ganhar amor desta pessoa. Daí ela também começa a demonstrar algum amor, até finalmente eles compreenderem que ambos são mendigos. Cometeram um engano: cada um pensou que o outro fosse um imperador. E com o tempo, cada um percebe que não está conseguindo nenhum amor do outro, é quando a fricção começa.
Você deveria ser capaz de estar só, completamente só e, ainda assim, tremendamente feliz. Então, você pode amar. Então, seu amor não é mais uma necessidade, mas um compartilhar, não mais uma carência. Você não se tornará dependente das pessoas que você ama. Você compartilhará – e compartilhar é bonito. Esta é a diferença entre relacionar-se e relacionamento: relacionamento é uma coisa: você se apega a ele; relacionar-se é um fluxo, um movimento, um processo. Você encontra uma pessoa e você ama, porque você tem muito amor disponível.
… Amor embeleza tudo. O amor é o único fenômeno de embelezamento na existência. No momento quando você está apaixonado, você se torna imediatamente bonito. Eu falo de beleza não de algo físico… a beleza é algo espiritual. Expressa-se também fisicamente, mas basicamente, é algo interno. Até mesmo o corpo torna-se luz através dela. O corpo a irradia também, mas a beleza não é uma parte do corpo, ela flui através do corpo, mas vem de fontes mais profundas. E essas fontes tornam-se vivas e principiam a jorrar quando você começa a se apaixonar.
Não seja mesquinho com o amor. Ame, ame tanto quanto possível. Ame tantas pessoas quanto possível – não só as pessoas, porém animais, pássaros, árvores, rochas. O objeto não é a questão do amor. É o amor que importa.
Como poesia, como música, como pintura... Não perca a oportunidade de amar, sinta o amor devagar, aos poucos, experimente seu sabor; assim, você começará a viver como o próprio amor. Então, mesmo quando está sentado sozinho está irradiando amor. E quando uma pessoa pode irradiar amor, na solidão, atingiu a maior forma de meditação, e é somente a esta altura que Deus abre Sua porta.
O amor é o voo da sua consciência para reinos superiores, para além da matéria e do corpo. No momento em que você entender o amor como algo transcendental, então o amor não será uma questão fundamental. A questão fundamental é como transcender o corpo, como conhecer algo em si que está para lá – para lá de tudo o que é mensurável. Esse é o significado da palavra “matéria”. Tem origem numa raiz sânscrita, matra, que significa medida; significa aquilo que pode ser medido. A palavra “medidor” provém da mesma raiz. A questão fundamental é como ir para lá do que se pode medir e entrar no imensurável. Em outras palavras: ir para longe da matéria e abrir os olhos para uma maior consciência. E não há limite para a consciência – quanto maior for a sua consciência, melhor você se apercebe de quanto é possível avançar. Quando atinge um patamar, logo outro patamar surge diante de si. É uma peregrinação eterna.
O amor não conhece objeto, o amor não é endereçado. O amor é só de Deus. Quando você ama sua mulher, se você realmente a ama, você vai ver que a mulher desapareceu e Deus está lá. Se você ama a árvore, de repente você vai ver que a árvore desapareceu e Deus é muito verde nele, florescendo. Amar é só de Deus. O amor nunca é dividido, o amor é apenas do todo. O amor é quase sinônimo de oração.
Osho
https://oshoemportugues.wordpress.com
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