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segunda-feira, 4 de setembro de 2017

POESIAS MARAVILHOSAS




Não julgues...
Habitas num recanto mínimo desta terra.
Os teus olhos chegam
Até onde alcançam muito pouco...
Ao pouco que ouves

Acrescentas a tua própria voz.
Mantém o bem e o mal, o branco e o negro,
Cuidadosamente separados.
Em vão traças uma linha
Para estabelecer um limite.

Se houver uma melodia escondida no teu interior,
Desperta-a enquanto percorreres o caminho.
Na canção não há argumento,
Nem o apelo do trabalho...
A quem lhe agradar responderá,
A quem lhe agradar não ficará impassível.


 
Que importa que uns homens sejam bons
E outros não o sejam?
São viajantes do mesmo caminho.
Não julgues,
Ah, o tempo voa
E toda a discussão é inútil.
Olha, as flores florescem à beira do bosque,
Trazendo uma mensagem do céu,
Porque é um amigo da terra;
Com as chuvas de Julho
A erva inunda a terra de verde,
e enche a sua taça até à borda.
Esquecendo a identidade,
Enche o teu coração de simples alegria.
Viajante,
Disperso ao longo do caminho,
O tesouro amontoa-se à medida que caminhas.



A maturidade, nasce da capacidade de aprender com tudo o que se passa à minha volta.

Há triunfos que só se obtêm pelo preço da alma, mas a alma é mais preciosa que qualquer triunfo.

Quanto maiores somos em humildade, tanto mais próximos estamos da grandeza.

Se de noite chorares pelo sol, não verás as estrelas.

O amor é um mistério sem fim, já que não há nada que o explique.

O poder infinito de Deus não está na tempestade, mas na brisa.

Quando as cordas de minha vida se afinarem, a cada toque Seu soará a música do amor.



O amanhã pertence a nós!
Ó Sol, levanta-te sobre os corações que sangram
E desabrocham como flores na manhã,
E também sobre o banquete do orgulho,
Ontem iluminado por tochas, e hoje reduzido a cinzas...



Não quero amor que não saiba dominar-se,
desse, como vinho espumante,
que parte o copo e se entorna,
perdido num instante.

Dá-me esse amor freso e puro como a tua chuva,
que abençoa a terra sequiosa,
e enche as talhas do lar.

Amor que penetre até ao centro da vida,
e dali se estenda como seiva invisível,
até os ramos da árvore da existência,
e faça nascer
as flores e os frutos.
Dá-me esse amor que conserva tranquilo o coração,
na plenitude da paz!


A noite abre as flores em silêncio e deixa que o dia receba os agradecimentos.



Se não falas, vou encher o meu coração
com o teu silêncio, e aguentá-lo.
Ficarei quieto, esperando, como a noite
em sua vigília estrelada,
com a cabeça pacientemente inclinada.
A manhã certamente virá,
a escuridão se dissipará, e a tua voz
se derramará em torrentes douradas por todo o céu.
Então as tuas palavras voarão
em canções de cada ninho dos meus pássaros,
e as tuas melodias brotarão
em flores por todos os recantos da minha floresta. 
 

Aproveita o tempo para ouvir e aprender... 
Para ver a beleza que nos rodeia e demonstrar afeto... 
Para criar doces recordações e apreciar momentos especiais! 
Aproveita o tempo para acreditar nas tuas próprias capacidades! 
A borboleta não conta meses mas sim momentos, e tem tempo suficiente.


Em muitos dias de ócio lamentei o tempo perdido. 
O Senhor guardou em suas mãos cada instante 
da minha vida. 
Escondido no coração das coisas, 
Ele ia alimentando as sementes 
para que fossem rebentos, 
os botões para que fossem flores 
e amadurecendo as flores para que fossem frutos. 
Eu dormia, cansado, no meu leito, 
indolente, julgando que todo o trabalho 
tivesse cessado. 
Acordei de manhã e achei o meu jardim 
repleto de flores.




Rabindranath Tagore,
A Poesia de Eterno Sonho
Fonte:http://sonho_realidade.blogs.sapo.pt
 

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