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quinta-feira, 30 de março de 2017

MOMENTOS COM OSHO



O que você vai levar consigo ?

Amanhã é a morte. Você é como a folha amarelada. O próximo momento é a morte. O que você vai levar com você? Você conseguiu algo que pode levar com você? Se não conseguiu nada, então sua vida foi puro desperdício. Você pode ter acumulado muita riqueza, se tornado famoso, porém tudo isso é fútil. Você não pode levar isto com você. Seus diplomas, seus títulos, seus prêmios, tudo será deixado para trás. Você irá completamente sozinho. Há algo que você pode levar com você?

Há somente uma coisa que você pode levar com você, e isso é riqueza verdadeira . Buda a chama de meditação, atenção consciente,observação plena,  consciência. Se você se torna mais e mais consciente, você pode levar essa consciência total com você. Mas você está vivendo uma vida muito, muito inconsciente. Toda sua vida é mecânica, você simplesmente continua repetindo. Você não está vivendo de verdade, você está sendo vivido por desejos inconscientes.

Buda diz: ‘Meditação é a única riqueza’, porque você pode levá-la para além da morte. De fato ele diz que este é o critério: se algo pode ser levado além da morte, é riqueza verdadeira. Se não pode ser levado além da morte, não é riqueza verdadeira, é decepção. E você não só está enganando outros, mas também a si mesmo. E quando a morte bater na sua porta, você lamentará, chorará, porém nada pode ser feito.
 
 
Não Faça Nada Inconscientemente
 
As pessoas estão vivendo através de fantasias, fantasias absurdas. Olhe para suas próprias fantasias e elas todas serão ridículas. Mas você nunca acha suas próprias fantasias ridículas, é mais fácil ver as fantasias dos outros como ridículas. Observe suas próprias fantasias. O que você quer de sua vida? Pelo que você está vivendo? Qual é seu programa, seu planejamento nesta terra? Por que você quer continuar vivo amanhã? Simplesmente olhe para suas fantasias. Se lhe forem dados somente sete dias para viver, como vai preencher esses sete dias? Com o quê? Escreva suas fantasias, não seja astuto e nem esperto, seja completamente verdadeiro, e você verá que todas as suas fantasias são ridículas. Mas é assim que as pessoas estão vivendo.

‘Esta vida’ - Buda falou - ‘nada é além de sofrimento’. Ele concorda com Sócrates. Sócrates diz: ‘Uma vida não observada não vale a pena viver’. E Buda diz: ‘Uma vida não observada não é nada além de sofrimento’. Essa é a primeira verdade nobre.

A segunda verdade nobre é: quem segue o caminho se torna consciente dela – é: ...o começo do sofrimento... a causa do sofrimento. A causa é o desejo, desejo por mais. Primeiro, ele experiência que toda sua vida está cheia de sofrimento, então, se torna consciente que a causa daquele sofrimento é o desejo. Aqueles que escaparam da roda dos desejos não estão em sofrimento, eles estão completamente extáticos. Mas aqueles que estão apegados à roda, são esmagados por muitos desejos.

A primeira verdade é: vida é sofrimento. A segunda verdade é: a causa do sofrimento é o desejo, desejo por mais. A terceira verdade é: o caminho óctuplo. Buda diz que essa é toda a sua abordagem para a transformação de seu ser pode ser dividida em oito etapas – o caminho óctuplo. E todos esses passos não são nada além de diferentes dimensões de um fenômeno simples: mindfulness correta, sammasati. O que quer que você esteja fazendo, faça absolutamente consciente, alerta, com consciência. Esses oito passos não são nada exceto aplicações da consciência plena nos diferentes aspectos da vida. Buda chama isso de plenitude mental correta. Não faça nada inconscientemente.
 
 
Isto Tem Que Ser Lembrado: Que “Eu Sou Real”
 
Você pergunta: ‘Há alguma coisa que necessito lembrar?’ É de si próprio. A lembrança de si mesmo é necessária. Buda chamava isto de mindfulness correta, sammasati; Mahavira a chamava vivek, consciência plena; George Gurdjieff a chamava lembrança de si mesmo, Kabir a chamava de surati. Mas todos eles exprimem a mesma coisa.

Você não sabe quem você é. Você é – isso é certo. Na Verdade só isso é certo e nada mais. A existência de outros não é certa...

O mundo pode ser ilusão, mas quem é uma ilusão? Pelo menos alguma consciência é necessária, absolutamente necessária, categoricamente necessária; sem alguma consciência a ilusão não pode existir. A corda pode não ser a serpente, a serpente talvez seja a ilusão. Mas a pessoa que tem a ilusão não é uma ilusão.

Isto tem que ser lembrado: que ‘Eu sou real’. Isto tem que ser lembrado: que ‘Eu sou a única realidade segura, – tudo o mais pode ser, pode não ser’.

Nós nunca procuramos internamente por esta realidade absoluta, e nós continuamos vivendo uma vida sem baseá-la sobre esta pedra de certeza. Consequentemente nossas vidas são somente castelos no ar, ou no máximo, castelos de areia – assinaturas feitas na água, você nem a completou, e a assinatura se foi. Nossas vidas são assim: um momento, estamos aqui; outro momento, nos fomos, e esse momento poderia ter sido usado para a lembrança de si mesmo.

Somente pessoas que usam sua vida para a lembrança de si estão usando esta grande oportunidade.

Um homem encontra um velho amigo que se tornou um bêbado. ‘Mas por que você bebe tanto?’‘ ele pergunta.

‘Para esquecer’, o bêbado responde.

‘Para esquecer o quê?’ pergunta seu amigo.

‘Oh’, diz o bêbado, coçando a cabeça, ‘eu esqueci’.

Estamos neste esquecimento, nós somos este esquecimento.

 
Fonte: http://www.osho.com
 

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