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terça-feira, 7 de julho de 2015

FELICIDADE 
É A SOMBRA DA VERDADE

Existem apenas dois tipos de pessoas: 
uma que está em busca da felicidade; 
é o tipo mundano. Pode ir para o mosteiro, 
mas o tipo não muda; 
lá, ele também pede pela felicidade, 
pelo prazer e gratificação. 
Agora, de maneira diferente — 
através da meditação, da prece, de Deus — 
está tentando ser feliz, cada vez mais feliz. 

Há, depois, o outro tipo de pessoa — e só existem dois tipos — 
a que está em busca da verdade. E isso é um paradoxo: 
aquele que busca a felicidade, nunca a encontra, 
 pois ela não é possível a menos que você encontre a verdade. 
A felicidade é apenas uma sombra da verdade; 
em si mesma não é nada — é apenas uma harmonia.

Quando você se sente uno com a verdade, tudo se agrega,
 tudo se harmoniza. Você sente um ritmo — e esse ritmo 
é felicidade. Não se pode buscá-la diretamente.

A verdade tem de ser procurada. A felicidade é encontrada
quando se encontra a verdade, mas a felicidade 
não é o objetivo. E se você buscar a felicidade
diretamente, será cada vez mais infeliz. 
E sua felicidade será, no máximo, apenas um intoxicante 
para que você esqueça a infelicidade; é só o que vai acontecer. 
 
A felicidade é como uma droga — LSD, maconha, mescalina.
Por que o Ocidente chegou às drogas? É um processo 
muito racional. Teve de chegar a elas porque,
 na sua busca de felicidade, mais cedo ou mais tarde 
chega-se ao LSD. O mesmo aconteceu antes na Índia.
 Nos Vedas, eles chegaram ao soma, ao LSD, porque 
estavam buscando a felicidade; não eram realmente 
buscadores da verdade. Buscavam mais e mais gratificação — chegaram ao soma. Soma é a suprema droga. 
E Aldous Huxley, falando sobre a suprema droga, 
a ser encontrada em algum lugar no século vinte, 
chamou-a outra vez de 'soma'.

Sempre que uma sociedade, um homem, uma civilização,
buscam a felicidade, têm de chegar de alguma forma 
às drogas — porque a felicidade é a busca pelas drogas. 
 A busca da felicidade é uma busca do auto-esquecimento; 
é isso o que a droga ajuda a fazer. Você esquece de si 
e assim não há mais miséria. Como pode haver miséria 
se você não está? Você está dormindo profundamente.

A busca da verdade está exatamente na dimensão oposta: 
não é gratificação, não é prazer, não é felicidade, mas — 
Qual é a natureza da existência? O que é a verdade?
Um homem que busca a felicidade nunca a encontrará — encontrará, no máximo, o esquecimento. 
 Um homem que busca a verdade a encontrará, 
porque para buscá-la ele próprio terá 
de se tornar verdadeiro. Para buscar a verdade 
na existência, primeiro terá de buscar
 a verdade em seu próprio ser. Terá de se tornar 
cada vez mais atento em relação a si mesmo.
 
Estes são os dois caminhos: 
o auto-esquecimento — o caminho do mundo; 
e a lembrança de si mesmo — o caminho de Deus.
 
E o paradoxo é que aquele que busca a felicidade 
nunca a encontra; e aquele que busca a verdade 
e não se importa com a felicidade, encontra-a sempre. 
O autoconhecimento tem que ser a única busca, 
tem que ser o único objetivo; porque se você conhecer 
todo o resto sem conhecer a si mesmo, 
isto não significará nada. 
 
Você pode chegar a conhecer tudo, exceto você mesmo, 
mas o que isso significa? Não pode ter nenhum 
 significado—porque se o próprio conhecedor é ignorante, 
o que pode significar esse conhecimento, 
o que seu conhecimento pode lhe dar? 
Quando você mesmo permanece na escuridão, 
pode reunir milhões de luzes à sua volta 
mas elas não o preencherão de luz. 

Apesar delas você continuará na escuridão. 
Viverá e se moverá na escuridão. 
A ciência é esse tipo de conhecimento. 
Você conhece um milhão de coisas 
mas não conhece a si mesmo.
Ciência é conhecimento de tudo menos de si mesmo,
 exceto do autoconhecimento; o próprio buscador 
permanece no escuro. Isso não adianta muito. 
 
A religião é basicamente auto-conhecimento. 
Você tem de estar iluminado por dentro, 
a escuridão deve desaparecer do seu interior, 
e então por onde quer que você ande, 
a sua luz interior incindirá sobre o caminho. 
Onde quer que você vá, faça o que fizer, 
tudo será iluminado pela sua luz interior. 
 
E esse movimento com luz lhe dá um ritmo,
 uma harmonia, que é a felicidade. 
 Então você não tropeça, não esbarra, 
não tem mais conflitos. Você se move mais facilmente, 
seus passos são uma dança, e tudo é satisfação. 
Você não quer mais que alguma coisa extraordinária aconteça.
Você é feliz. É simplesmente feliz no seu ser comum.
E a menos que você se sinta feliz sendo comum, 
jamais será feliz.
 
Você é feliz apenas por respirar, você é feliz por ser; 
é feliz apenas por comer, por dormir mais uma noite. 
Você é feliz.
 
Agora a felicidade não deriva de nada — ela é você. 
Um homem que se conhece é feliz, não por qualquer razão, 
sua felicidade não tem causa. Não é uma coisa
que lhe acontece, é toda sua maneira de ser. 
É simplesmente feliz. Para onde quer que se mova,
 leva consigo sua felicidade.
Se você o atira no inferno, ele cria à sua volta um paraíso; 
com ele, um paraíso penetra no inferno.

Como você é, ignorante de si mesmo, se pudesse 
ser jogado no paraíso, conseguiria criar um inferno, 
porque você carrega consigo o seu inferno. 
Vá onde for, isso não fará muita diferença, 
você terá à sua volta o seu próprio mundo. 
Esse mundo está dentro de você, é a sua escuridão.
Essa escuridão interior precisa desaparecer — 
é isso o que significa autoconhecimento.
 
 
 
 
Osho
 
 
 
Esse ser que Osho descreve é o verdadeiro 'homem', que expressa em todos os seus pensamentos, sentimentos e atitudes a real felicidade envolta pelo Amor-Sabedoria, energia Maior que permeia esse sistema solar. O alicerce de nossa vida terá que ser firmado através do amor, do contrário seremos como uma miserável sombra que perambula sem rumo nem objetivo buscando a ilusória 'felicidade' sem ter conhecimento de si mesmo. KyraKally
 
 
 
 


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