A PROFUNDIDADE DE KRISHNAMURTI
''A verdade é uma terra sem caminho. O
homem não chegará a ela através de organização alguma, de qualquer
crença, de nenhum dogma, de nenhum sacerdotal ou mesmo um ritual, nem
através de nenhum conhecimento filosófico ou técnica psicológica. Ele
vai encontrá-la através do espelho do relacionamento, através do
entendimento dos conteúdos de sua própria mente, através da observação, e
não através de análise intelectual ou dissecação introspectiva".
"O ser humano não pode construir imagens dentro de si mesmo, como uma
cerca de segurança - religiosa, política, pessoal. Elas de manifestam
como símbolos, ideias, crenças. O peso dessas imagens domina o
pensamento humano, seus relacionamentos e sua vida diária. Essas imagens
são as causas de nossos problemas, porque elas separam as pessoas umas
das outras. A sua percepção da vida é moldada pelos conceitos já
estabelecidos em sua mente. O conteúdo de sua consciência é a sua
consciência total. Esse conteúdo é comum a toda humanidade. A
individualidade é o nome, a forma e a cultura superficial que o homem
adquire da tradição e do meio ambiente. A singularidade do homem não se
encontra no superficial, mas na completa libertação dos conteúdos de sua
consciência, comum a toda humanidade. Assim, ele não é um indivíduo"
"A liberdade não é uma reação, nem tão-pouco uma escolha. É pretensão
do ser humano achar que, por ter escolha, ele é livre. A liberdade é
pura observação sem direção, sem medo de punição e recompensa. A
liberdade é sem nenhum motivo, a liberdade não está no fim da evolução
humana, mas se encontra no primeiro passo da sua existência. Pela
observação, a pessoa começa a descobrir a falta de liberdade. A
liberdade é encontrada no estar atento, sem escolha, à nossa existência e
atividades diárias"
"Existe uma forma de comunhão que não é verbal, que necessita aquela
peculiar qualidade de atenção e sossego. Assim como dois amigos muito
íntimos que não têm que falar muito, que não têm que entrar em longas e
complicadas explicações, que compreendem um ao outro naquele próprio
silêncio em que existe a comunhão da amizade. Dois amigos muito íntimos
podem ficar muito quietos, cada um com seus próprios problemas e, nessa
quietude, nesse silêncio, acontece uma outra atividade que pode resolver
o problema".
"Enfrente o medo, convide-o, não o deixe chegar de repente,
inesperadamente, mas encare-o constantemente, busque-o com diligência e
determinação. Não deixe os problemas criarem raiz. Passe por eles
rapidamente, atravesse-os como se estivesse cortando manteiga. Não
permita que eles deixem uma marca, acabe com eles assim que eles
apareçam. Você não pode evitar ter problemas, mas acabe com eles
imediatamente".
"O diabo e um amigo estavam passeando quando viram, à sua frente, um
homem abaixar-se e pegar algo brilhante do chão. O homem olhou para
aquilo com deleite, colocou-o no bolso e continuou caminhando. O amigo
perguntou: "O que aquele homem achou que o transformou tanto?" O diabo
respondeu: "Eu sei, ele encontrou a verdade." "Por Deus!"- exclamou seu
amigo: "Isto deve ser um mau negócio para você!” “De jeito nenhum"- o
diabo respondeu com um sorriso malicioso: "Vou ajudá-lo a organizá-la,
você vai ver só!"
"Pode a verdade ser organizada? Você pode encontrar a verdade através
de uma organização? Elas estão baseadas em diferentes crenças. Crenças e
organizações estão sempre separando as pessoas, excluindo umas das
outras. Você é um hindu e eu sou um mulçumano, você é um cristão e eu
sou um budista. Crenças, ao longo de toda a história, atuaram como uma
barreira entre os seres humanos. Nós falamos de fraternidade, mas se
você tem uma crença diferente da minha, estou pronto para cortar sua
cabeça; nós temos visto isso acontecer inúmeras vezes".
"A experiência de Deus deve ser experimentar por si mesmo. Ela não pode
ser organizada. No momento que é organizada, propagada, ela cessa de
ser verdade, ela se torna uma mentira. O real, o imensurável, não pode
ser formulado, não pode ser colocado em palavras. O desconhecido não
pode ser medido pelo conhecido, pela palavra. Quando você o mede, ele
cessa de ser verdade, deixa de ser real e, portanto, é uma mentira".
"O pensamento nasce da experiência e do conhecimento, que são
inseparáveis do tempo e do passado. O tempo é o inimigo psicológico do
ser humano. Nossa ação é baseada no conhecimento e, portanto, no tempo.
Assim, o ser humano é sempre escravo do passado. O pensamento é sempre
limitado, e assim nós vivemos em conflito e luta constantes. Não há
evolução psicológica".
Krishnamurti foi responsável, através da profundidade de seus ensinamentos, em despertar a sábia essência existente no interior daqueles que mantiveram contato com ele ou tiveram acesso ao seu legado, cujo potencial luminoso se encontrava encoberto pelas brumas do saber mundano:
Deepack Chopra disse: "Meu primeiro encontro com Krishnamurti foi nos anos 80. Ele estava dando uma palestra, era uma manhã fria de inverno, estava nevando e umas mil pessoas estavam esperando do lado de fora. Krishnamurti falou por duas horas. Ele foi direto, profundo e cruelmente honesto. Quando eu fui para fora, a neve tinha parado e o sol brilhava. Por alguma razão eu sentia que o sol estava brilhando e tinha esquentado, porque eu estava me sentindo com brilho e calor por dentro. Eu nunca conheci Krishnamurti pessoalmente, embora fosse íntimo de muitas pessoas que estavam próximas a ele e vi o efeito notável que esse homem teve em suas vidas. Na minha própria vida, Krishnamurti me influenciou profundamente e me ajudou, em termos pessoais, a ultrapassar os limites das restrições que eu mesmo me impunha à minha liberdade.
Henry Miller também foi tocado por ele: "Eu nunca conheci Krishnamurti, apesar de não existir, fora ele, qualquer outro homem vivo que eu consideraria um grande privilégio conhecer. Sua linguagem é desnudada, reveladora e inspiradora. Ele fura as nuvens de filosofia que confundem o nosso pensamento e restaura as fontes de ação. Ele não iniciou qualquer dogma ou crença nova, ele questionava tudo, cultivava a dúvida e a perseverança, libertava a si mesmo da ilusão e do encantamento do orgulho, da vaidade, e de qualquer forma sutil de domínio sobre os outros. Ele ia à própria fonte da vida para sustento e inspiração. Eu não conheci nenhum outro homem vivo cujo pensamento fosse mais inspirador."
Joseph Campbell afirmou: "Eu mal posso pensar em algo que não seja a sabedoria e beleza de meu amigo. Eu andei com ele pelos bosques que ficavam aos arredores de onde ele morava. Ele respondeu minhas dúvidas e se espantava com a beleza das árvores. Ele me deu bastante coisa para pensar e me colocou em uma busca por algo que eu mal entendia".
Krishnamurti foi responsável, através da profundidade de seus ensinamentos, em despertar a sábia essência existente no interior daqueles que mantiveram contato com ele ou tiveram acesso ao seu legado, cujo potencial luminoso se encontrava encoberto pelas brumas do saber mundano:
Deepack Chopra disse: "Meu primeiro encontro com Krishnamurti foi nos anos 80. Ele estava dando uma palestra, era uma manhã fria de inverno, estava nevando e umas mil pessoas estavam esperando do lado de fora. Krishnamurti falou por duas horas. Ele foi direto, profundo e cruelmente honesto. Quando eu fui para fora, a neve tinha parado e o sol brilhava. Por alguma razão eu sentia que o sol estava brilhando e tinha esquentado, porque eu estava me sentindo com brilho e calor por dentro. Eu nunca conheci Krishnamurti pessoalmente, embora fosse íntimo de muitas pessoas que estavam próximas a ele e vi o efeito notável que esse homem teve em suas vidas. Na minha própria vida, Krishnamurti me influenciou profundamente e me ajudou, em termos pessoais, a ultrapassar os limites das restrições que eu mesmo me impunha à minha liberdade.
Henry Miller também foi tocado por ele: "Eu nunca conheci Krishnamurti, apesar de não existir, fora ele, qualquer outro homem vivo que eu consideraria um grande privilégio conhecer. Sua linguagem é desnudada, reveladora e inspiradora. Ele fura as nuvens de filosofia que confundem o nosso pensamento e restaura as fontes de ação. Ele não iniciou qualquer dogma ou crença nova, ele questionava tudo, cultivava a dúvida e a perseverança, libertava a si mesmo da ilusão e do encantamento do orgulho, da vaidade, e de qualquer forma sutil de domínio sobre os outros. Ele ia à própria fonte da vida para sustento e inspiração. Eu não conheci nenhum outro homem vivo cujo pensamento fosse mais inspirador."
Joseph Campbell afirmou: "Eu mal posso pensar em algo que não seja a sabedoria e beleza de meu amigo. Eu andei com ele pelos bosques que ficavam aos arredores de onde ele morava. Ele respondeu minhas dúvidas e se espantava com a beleza das árvores. Ele me deu bastante coisa para pensar e me colocou em uma busca por algo que eu mal entendia".
Eu também fui profundamente motivada a rever a verdade encoberta pelos condicionamentos culturais, políticos e religiosos, aos quais me mantive - tal qual um inseto numa teia de aranha - presa durante muito tempo. KyraKally
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