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domingo, 12 de julho de 2015

A SITUAÇÃO DA CONSCIÊNCIA HUMANA

Um bêbado esbarrou num sinal de pare. 
Atrapalhado e desorientado, deu um passo para trás 
e depois avançou na mesma direção. Bateu no sinal de novo. Voltou mais alguns passos, esperou um pouco 
e marchou em frente. Colidindo com o sinal novamente, 
ele o abraçou, derrotado, e disse:

— Não adianta. Estou cercado
Por onde vou, me param.

E ele não andou em nenhuma outra direção.
 Sempre foi em direção ao sinal. E quando colidia,
 é claro, pensou estar cercado.

Essa é a situação da consciência humana comum. 
Você anda na mesma direção, inconsciente, 
no mesmo sentido, inconsciente. E bate de novo,
 e de novo, e pensa: “Por que tanta amargura? Por quê? 
 Por que Deus criou um mundo tão miserável? 
Será que Deus é sádico, que quer torturar as pessoas? 
Por que criou uma vida que é quase uma prisão, 
 na qual não há liberdade?

A vida é absolutamente livre. 
Mas para ver essa liberdade, primeiro 
você terá de libertar sua consciência.

Lembre-se deste critério: quanto mais consciente 
você estiver, maior será a glória; quanto menos consciente 
você estiver, menor será a glória. 
Depende de seu nível de consciência.

Há pessoas que procuram nas Escrituras 
meios de se tornarem mais livres, mais gloriosas, 
de alcançar a verdade. Não vai adiantar nada,
porque não é uma questão das Escrituras. 
Se você estiver inconsciente e ler a Bíblia, o Alcorão,
 os Vedas e o Gita, não vai adiantar, 
porque a sua inconsciência não pode 
ser mudada por meio dos estudos.

Na verdade, a Escritura não poderá mudar sua consciência, 
mas sua consciência mudará a Escritura — 
o significado das Escrituras. Você encontrará o que pensa lá. Interpretará as coisas de tal maneira que a Bíblia, 
os Vedas, o Alcorão começarão a funcionar como prisões.

É assim com os cristãos e hindus e maometanos — 
todos prisioneiros.

 

Osho




Fico pensando em todos que, como papagaios, apenas repetem e repetem lindos trechos de livros sagrados, acham aquilo maravilhoso, entretanto não conseguem trazer para a vida cotidiana um pouco daquela beleza. Como bêbados ou sonâmbulos a maioria se defronta com a verdade mas não a reconhece porque não a sente dentro de si, não vive verdadeiramente e, até que isso aconteça serão apenas recitadores. Soltemos as amarras, sejamos mais conscientes, mais amorosos, recitemos lindos trechos sagrados, porém os pratiquemos em nossas vidas. KyraKally

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