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quinta-feira, 22 de dezembro de 2022

OS DECAÍDOS E SUA TRAJETÓRIA TERRESTRE

Parte IV
 

Todo o desenvolvimento de vossa sociedade humana fundou-se na configuração dos interesses, revoltas e desejos que ora vedes. Assim, permitiu o Pai que em vossa linha de desenvolvimento espiritual houvesse uma força propulsora adequada ao tônus energético de vossas almas. Foi esse impulso dominador e a disputa pelo poder, que vos impulsionaram ao progresso nesse orbe.

Assim foi e ainda é, pois esse mesmo sentimento vos conduziu no passado à queda e ao degredo. Vários Seres foram enviados para vos ensinar o sentido da união e do amor fraterno. Mas em vós cresceu o ódio e o veneno da separatividade. Os remanescentes daquele período ainda se encontram no Oriente e até hoje dão vazão a seus instintos dominadores, insatisfeitos com o que do Alto receberam. Outros, que ao longo da caminhada espiritual foram se desligando daqueles grupos, passaram a trilhar novos caminhos que são sempre abertos para atender aos que vão despertando.
 
Quando, em toda parte do orbe, havia sido disseminada a semente do ódio, da dor e da revolta pelas tramas intrincadas da lei cármica, a muitos contaminando, Jesus ofereceu-se para vir e reviver entre vós o Amor Crístico, acendendo sobre a Terra o Foco de Luz Inapagável, Bússola Divina, onde toda e qualquer criatura poderia buscar o apoio para avançar.

As experiências vividas na carne são aquelas necessárias a evolução do próprio ser. As escolhas durante a jornada terrena, avaliadas na Balança Divina, determinam o grau evolutivo de cada ser. Durante milênios, dedicaram-se os Técnicos Siderais em fazer chegar àqueles cérebros em formação, as impressões que lhes caracterizavam como humanos. Impressões essas, perdidas no lodaçal dos sentimentos inferiores, dos ódios profundos e das perversões, as mais diversas possíveis.

O trabalho de reconstrução daqueles espíritos é lento. Encarnação após encarnação, cada criatura vai depurando suas células físicas através da drenagem dos instintos primitivos dos seus espíritos beligerantes. Corpos primitivos, encarnando almas milenares. É o socorro divino àqueles que não souberam valorizar a bênção da inteligência em seu mundo de origem. 
 
Civilizações são originadas pelo convívio daqueles que, compreendendo sua condição, não lutam contra ela, mas, mesmo em meio ao sofrimento atroz que lhes corrói a consciência, procuram reunir forças para avançar e são inspirados pelo Alto a aplicar antigos conhecimentos no preparo de instrumentos e utensílios de subsistência.
 
Outro grupo, resistente e feroz, delonga-se no deserto estéril dos instintos subumanos, guerreando uns contra os outros. Os do primeiro grupo começam a recuperar o sentido do amor perdido no passado. Os outros, rebeldes, teimam em extravasar apenas os ódios inutilmente acumulados por milênios.
 
Os primeiros estabelecem para si um círculo de roda cármica baseado no esforço de progresso. Os outros acumulam em seus campos magnéticos as manchas pesadas que lhes atrofiaram a caminhada em direção à evolução. Aderem, a si, forte carma migratório.
 
Um milênio se passaria até que se conseguisse depurar a engrenagem genética dos corpos humanos. O mesmo ocorrerá por ocasião da higienização da Terra, em breve. Vereis novamente renascer do ponto mais primitivo a colonização de um novo planeta por seres revoltosos que se recusaram a aceitar a ordem maior do progresso.

A cada intervalo entre uma vida material e outra, são chamados pelos amorosos Instrutores, para que busquem concentrar-se no objetivo maior da mudança planetária. Lembram-lhes dos planetas de onde vieram e as chances de retorno para seus mundos felizes. Eles, cheios de esperanças novas e promessas renovadoras, descem para novo recomeço na carne. Poucos conseguem cumprir os projetos que fizeram de felicidade futura. Raros regressam ao planeta feliz que deixaram para trás, naquela fase primitiva da Terra. 
 
Alguns milhares daqueles espíritos saudosos e tristes sofrem ainda hoje, nesses tempos de novas e profundas mudanças e ver-se-ão, mais uma vez, serem exilados. Pobres irmãos, queridos irmãos! Não souberam ainda aproveitar a dádiva da inteligência.
 
Admirável foi participar, em comunhão com as criaturas, de sua criação e adaptação ao meio terreno. Víamos nascerem, como se fossem nossos filhos. Cada planta, cada bactéria, cada animal, tudo minuciosamente desenhado e planejado para colaborar na manutenção da vida sobre o novo planeta. Quiséramos nós que nosso esforço em aperfeiçoar as formas daqueles oriundos da Terra, e que ali atingiram a forma humana, pudesse ser por vós compreendido. 
 
Nós estamos convosco desde o nascimento da Terra, moldando vosso mundo, de forma que possais nele encontrar as condições de progresso das quais necessitais. Trazidos de outros orbes, animalizados por instintos exacerbados e feridos em seu ego, muitos decaídos adentraram a Terra, acreditando que aqui conseguiriam o que lá não conseguiram e assim permanecem até hoje.

Os “pés grandes”, seres exóticos que hoje habitam o Himalaia e as montanhas do Tibet, são descendentes daquela raça, possuindo ainda carga genética compatível com seus ancestrais. Os homens gigantescos trouxeram a carga genética de sua raça planetária. Eram também seres decaídos, que na sua adaptação ao corpo terrestre, evoluíram de várias formas. Em seus planetas de origem possuíam corpos gigantescos, porém não primitivos, já evoluídos, mas com alguns metros de altura. À medida que seus corpos foram moldados com as características dos terráqueos, perderam a forma gigantesca dos ancestrais.

Quatro raças matrizes formaram-se, a partir da união de categorias distintas de degredados primitivos com os terrícolas, originários da Terra. Associou-se ao desenvolvimento da massa encefálica humana, a força propulsora do desenvolvimento dos outros seres vivos, habitantes naturais do planeta. Também “Engenheiros Siderais do Mal” procuraram implantar no mecanismo regulador genético de determinados animais, alguns aspectos de seus genes doentios. Todas as vezes que tal fato ocorria, novos cataclismos propiciavam ambiente de renovação à psicosfera terrestre e, ao mesmo tempo, primavam por garantir impulsos evolucionários a todos os seres existentes. 

Os grupos que chegaram à Terra aos milhares não eram homogêneos, mas houve critérios, de acordo com suas vibrações, para todos que aqui aportaram. Muitos dos magos negros e cientistas chegados formaram confrarias negras e provocaram maior queda, vindo mais tarde a pertencer a uma classe que hoje denominais “reptilianos”; categorias de seres que já haviam se comprometido muito com a Lei Divina em vários mundos.
 
A Terra, no momento, é a última oportunidade que eles têm de convivência com seres vivos. A partir desse próximo exílio, permanecerão no novo degredo por longas eras, aprisionados em local estéril, até que se escoe toda a energia negativa de suas almas delinquentes. A escolha no mal até agora os compraz, a dor alheia abastece-lhes as energias e o caos é a sua morada e seu ambiente predileto. Agora, ver-se-ão detidos “incontinenti”, sem recursos e sem livramento condicional. Os seus pupilos também marcharão para o degredo estéril, cumprindo determinação do Alto e correspondendo às suas escolhas.

Muitos irmãos, que hoje se encontram em esferas superiores, continuam ligados ao planeta, onde deram seu grande salto evolutivo. Suas consciências assim o determinam, porque nas eras escuras do passado longínquo, também contribuíram para instalação do caos e disseminação do mal.
 
Aqueles que já retornaram para seus planetas de origem, mundos felizes, onde somente o Bem é semeado, volvem os olhos para a Terra e emitem de suas mentes, hoje evoluídas, ondas de amor, neutralizando as negatividades de outrora. Outros ainda preferem demorar-se nas periferias do astral da Terra, ajudando de forma sacrificial a Mãe que os abrigou por tantos milênios, ajudando-os a escoarem seus instintos inferiores, tornando- os em lindas aves libertas.

São muitos os seres que já passaram pela Terra e já se encontram nem grau avançado de evolução. Todos nesta hora emitem suas energias positivas em benefício da Mãe Terra. Assim deve ser, pois existem muitos que aqui nunca encarnaram e contribuem voluntariamente nesse difícil momento da transição. Voluntariamente, semeiam a bondade, a fraternidade e o amor ao próximo. Portanto, que dirá aqueles que um dia foram terráqueos?

Libertai-vos pela dor, já que o amor não foi capaz de despertar vossas consciências adormecidas. Não enlouqueçais, pois esta saída é a porta da fuga fácil que vos conduzirá a dores piores, nos abismos hediondos. Enfrentai valorosamente os resultados que foram não as nossas escolhas, mas as vossas. Uma vez por todas aceitai que sois infinitamente menos livres do que supusestes.

Trecho extraído do Livro "Os Decaídos e sua Trajetória Terrestre Vol.II"
https://www.extraseintras.com.br  

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