AMOROSO E DESTEMIDO

Sutra 33

Seja silencioso,
E amoroso e destemido

Seja silencioso - aprenda a ser cada vez mais e mais silencioso - e amoroso, porque, se o seu silêncio não for amoroso, ele o tornará insensível. Então, seu silêncio será aquele de um cemitério inerte, morto. Ele não será um silêncio que celebra, ele não será um silêncio que canta e dança. Não será um silêncio que floresce em milhares de flores. Por isso, Buda diz em seguida: ele deve ser amoroso.

E o amor só é possível se você for destemido: se você tem medo, não pode ser amoroso. O homem que tem medo de qualquer coisa - da morte, da polícia, do juiz, do governo - o homem que tem medo de qualquer coisa não pode amar.

Osho Silence

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O RELACIONAMENTO AMOROSO

 

Sabemos pouco do amor, da sua extraordinária ternura e poder. Muito facilmente usamos a palavra «amor; o militar usa-a, o carniceiro usa-a, o homem rico usa-a, assim como o rapaz e a rapariga. Mas sabemos pouco do amor, da sua vastidão, da sua imortalidade, da sua profundidade. Amar é ter consciência da eternidade.

O relacionamento é uma coisa estranha; muito facilmente caímos na habituação a um relacionamento particular, onde as coisas são tomadas como garantidas, com a situação aceite, não se tolerando qualquer variação; não se considera nenhum movimento em direção à incerteza, mesmo por um segundo. Tudo é de tal modo regulado, tornado «seguro», bem amarrado, qua não há qualquer hipótese de frescura, de um respirar revivificador. A isto, e a muito mais, se chama relacionamento. Se observarmos de muito perto, verificamos que o verdadeiro relacionamento é muito mais sutil, mais rápido que um relâmpago, mais vasto do que a Terra, pois ele é vida. A vida é conflito.
 

Queremos fazer do relacionamento uma coisa grosseira, rígida, manipulável. Deste modo, ele perde a sua fragrância, a sua beleza. Isto surge porque não amamos, e o amor é certamente a maior das coisas, pois nele acontece o completo abandono de nós mesmos. (...)

É preciso grande inteligência para um homem e uma mulher se esquecerem de si mesmos, para poderem viver juntos, não se rendendo um ao outro ou não sendo dominados um pelo outro. O relacionamento é a coisa mais difícil da vida.

J. Krishnamurti, em "Cartas a uma jovem amiga"

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O CORAÇÃO PACÍFICO

 

Simplesmente feche seus olhos e sinta a região entre as axilas, a área do coração e seu tronco. Esqueça o restante do corpo, observe apenas a região do coração e sinta-o impregnado de muita paz. Quando você sentir o coração conscientemente pleno de paz, uma grande paz virá imediatamente.

 

Há regiões no corpo, centros específicos, onde sentimentos particulares podem ser criados conscientemente. Entre as duas axilas encontra-se o centro cardíaco, o qual é a fonte de toda a paz. Sempre que você estiver tranquilo, a paz virá do coração. O coração irradia paz.
 

É por este motivo que as pessoas em todo o mundo, todas as pessoas, sem distinção de religião, país ou cultura, tem sentido que o amor surge de algum lugar perto do coração. Na verdade, sempre que você está apaixonado você está relaxado, e por estar relaxado desfruta certa paz. Essa paz surge do coração.
 

Então a paz e o amor se juntaram, se associaram. Sempre que estiver apaixonado estará tranquilo e sempre que não estiver apaixonado, estará perturbado. Portanto, você pode buscar o amor e algumas vezes sentirá paz. Mas esse caminho é perigoso, porque a pessoa que você ama tornou-se mais importante do que você. E a outra pessoa é outra pessoa e, de certo modo você está se tornando dependente.
 

Por isso, algumas vezes o amor lhe trará paz. E você pode encontrar a paz diretamente. Se você conseguir encontrar a paz diretamente, sua vida se tornará plena de amor. Mas a qualidade desse amor será diferente. Ele não será possessivo, não estará centrado em alguma pessoa. Não será dependente e não tornará alguém dependente de você. E ninguém, nem mesmo um amante poderá perturbá-lo, porque sua paz já estará enraizada em você.
 

Desse modo, você nunca se sentirá aprisionado quando estiver apaixonado, nunca sentirá que o amor tornou-se um tipo de dependência, uma escravidão, uma servidão. Você terá tanta paz que desejará compartilhá-la. Desse modo será apenas dar amor sem nenhuma ideia de retorno – seu amor será incondicional.
 

Mas o amor deve acontecer para você como uma sombra da paz interior. Quando você está tranquilo as pessoas se aproximam de você, pois aquela paz irradia – torna-se uma vibração ao seu redor. Onde quer que você esteja todos gostariam de estar mais próximos de você.
 

E quando você está perturbado – revelando um interior cheio de conflito, angústia e ansiedade – cheio de tensão - as pessoas se afastam de você.
 

Por isso, você pode querer amar alguém, mas se estiver muito perturbado interiormente, mesmo a pessoa que ama será afastada e desejará escapar de você, pois você drenará a energia que ela possui e ela não se sentirá feliz com você.
 

Então, não se esqueça: Você pode dar aos outros somente o que possui. Se você é infeliz, independentemente do que diz ou faz, tornará os outros infelizes. Se você é alegre, não precisa dizer nada – tornará os outros alegres. Sua própria presença proporcionará alguma alegria na vida das pessoas. Sua presença criará um sincronismo nos demais seres. Sua música e sua dança criarão sussurros de alegria e quem estiver perto de você se impregnará de sua alegria.

 

Osho

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O amor perfeito se constrói fora do medo. Onde há amor, não há exigências, não há expectativas, não há dependência. Eu não exijo que você me faça feliz; minha felicidade não depende de você. Se você me deixasse, eu não sentiria pena de mim mesmo; eu realmente gosto da sua companhia, mas não me apego a ela.
 

Anthony de Mellohttps:

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