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quarta-feira, 1 de setembro de 2021

DISCÓRDIAS OU DESARMONIAS 
É UM FALSO SENSO DO EU
 
A razão para discórdias ou desarmonias de qualquer natureza é um falso senso do eu.
 
Que problema existe que não diz respeito à palavra eu, ou que não poderia ser eliminado se não houvesse um pouco de eu?
 
Se o senso pessoal do eu está fora do caminho, não há problema.
 
O único problema que alguém já teve é eu, e se não houvesse eu, não haveria problema. O causador de problemas é o senso pessoal de eu.
 
Enquanto eu achar que preciso ganhar a vida, encontrar um lar ou decidir o que fazer no próximo ano, apenas por esse tempo enfrentarei problemas de uma natureza ou de outra.
 
Existe apenas um erro em todo o mundo, e isso é manter um falso senso de eu.  Desista desse falso senso de eu e tente encontrar algum erro restante.
 
Mantendo um falso senso de eu, temos um eu que sou eu e um eu que é você, e esse eu que deve ser mantido e sustentado imediatamente se torna um problema.
 
A solução para os problemas, individual e coletivamente, é obter o senso correto de Eu.
 
A palavra Eu significa Deus. Isso nunca significa qualquer pessoa. Significa Deus aparecendo como pessoa. Essa pessoa é sempre governada por Deus, mantida por Deus e sustentada por Deus. É Deus mantendo Sua Própria Identidade como pessoa, assim como a natureza mantém sua identidade como uma rosa, uma orquídea ou uma tulipa. Deus mantém e sustenta Sua Identidade como você, como eu e como todos.
 
Não se decepcione consigo mesmo se encontrar alguém e descobrir que não pode vê-lo dessa maneira. Isso acontece. Isso acontece em nossas casas e comunidades, assim como na vida nacional e internacional. A maneira de olhar para isso é perceber que, na imagem externa, qualquer mudança tem que vir de dentro de nós mesmos.
 
Em cada um de nós existe humanidade suficiente para tornar impossível, de uma só vez, eliminar o “eu” que se chama Mary, Henry ou Joel. Mas nós podemos começar. Hoje podemos começar a "morrer diariamente".
 
Joel Goldsmith
http://suprimentoinvisivel.blogspot.com
 
Além do Ego: Nossa Verdadeira Identidade
 
Quando o ego está em guerra, saiba que isso não passa de uma ilusão que está lutando para sobreviver. Essa ilusão pensa ser nós. A princípio, não é fácil estarmos lá como testemunhas, no estado de presença, sobretudo quando o ego se encontra nessa situação ou quando um padrão emocional do passado é ativado. No entanto, depois que sentimos o gosto dessa experiência, nosso poder de atingir o estado de presença começa a crescer e o ego perde o domínio que tem sobre nós. E, assim, chega à nossa vida um poder que é muito maior do que o ego, maior do que a mente. Tudo de que precisamos para nos livrar do ego é estarmos conscientes dele, uma vez que ele e a consciência são incompatíveis. A consciência é o poder oculto dentro do momento presente. É por isso que podemos chamá-la de presença.

O propósito supremo da existência humana, isto é, de cada um de nós, é trazer esse poder ao mundo. E é também por isso que nossa libertação do ego não pode ser transformada numa meta a ser atingida em algum ponto no futuro. Somente a presença é capaz de nos libertar dele, pois só podemos estar presentes agora – e não ontem nem amanhã. Apenas ela consegue desfazer o passado em nós e assim transformar nosso estado de consciência.

O que é a compreensão da espiritualidade? A crença de que somos espíritos? Não, isso é um pensamento. De fato, ele está um pouco mais próximo da verdade do que a ideia de que somos a pessoa descrita na nossa certidão de nascimento, mas, ainda assim, é um pensamento. A compreensão da espiritualidade é ver com clareza que o que nós percebemos, vivenciamos, pensamos ou sentimos não é, em última análise, quem somos, que não podemos nos encontrar em todas essas coisas, que são transitórias e se acabam continuamente.

E provável que Buda tenha sido o primeiro ser humano a entender isso, e dessa maneira anata (a noção do não-eu) se tornou um dos pontos centrais dos seus ensinamentos. E, quando Jesus disse “Negue-se a si mesmo”, sua intenção era afirmar: negue (e assim desfaça) a ilusão do eu. Se o eu – o ego – fosse de fato quem somos, seria um absurdo “negá-lo”. O que permanece é a luz da consciência, sob a qual percepções, sensações, pensamentos e sentimentos vêm e vão. Isso é o Ser, o mais profundo e verdadeiro eu.

Quando sabemos que somos isso, qualquer coisa que ocorra na nossa vida deixa de ter importância absoluta para adquirir importância apenas relativa. Respeitamos os acontecimentos, mas eles perdem sua seriedade plena, seu peso. A única coisa que faz diferença realmente é isto: podemos sentir nosso Ser essencial, o “eu sou”, como o pano de fundo da nossa vida o tempo todo? Para ser mais exato, conseguimos sentir o “eu sou” que somos neste momento? Somos capazes de sentir nossa identidade essencial como consciência propriamente dita? Ou estamos nos perdendo no que acontece, na mente, no mundo?”
 
Eckhart Tolle -Trecho do Livro: O Despertar de uma Nova Consciência 
https://anovamente.wordpress.com  

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