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domingo, 27 de maio de 2018

A VERDADEIRA ORAÇÃO


Percepção da Onipresença de Deus

Quão limitado é o nosso conceito de Deus se pensamos ter o poder de influenciá-Lo a fazer para nós aquilo que Ele já não esteja fazendo; e quão finita deve ser a nossa compreensão de Deus quando nos dirigimos a Ele com nossos desejos egóicos ou quando nos aproximamos d'Ele com a pretensão de obter o que quer que seja – exceto pedir por luz, graça e sabedoria, além do entendimento acerca de Seus caminhos, Suas leis, Sua vida.

Ao orarmos, devemos liberar Deus de qualquer obrigação pessoal para conosco, com a consciência de que estamos confiando na sabedoria d'Aquele que criou o Universo e tudo faz para sustentá-lo e governá-lo.

Quando é assim, não mais tentamos canalizar Deus na direção de nossos desejos pessoais.

Deus não irá mudar os Seus caminhos a fim de nos atender ou beneficiar – nós é que devemos nos modificar em relação à Deus. Nós não podemos fazer Deus se adequar à nossa desobediência e ignorância, todavia, podemos nos tornar obedientes e espiritualmente sábios.

Que possamos abrir mão de nossas tentativas de usar Deus, assim como das eventuais expectativas de que Deus fará as nossas vontades ou realizará os nossos desejos, e assumamos o seguinte:

"Pai, seja feita não a minha vontade, mas que a Vossa vontade cumpra-se em mim. Eu não peço que Vós atendais os meus desejos, às minhas esperanças ou às minhas ambições; e sim, que eu possa realizar a Vossa vontade, a Vossa graça e seguir Vosso caminho. Liberta-me, ó Pai, de todos os desejos, esperanças, vontades e planos. Façais com que eu seja obediente aos planos que tendes para mim. Mostra-me claramente o caminho que eu devo seguir, e eu prometo seguir a luz conforme ela me seja mostrada."

Quando oramos a Deus por nós mesmos ou por nossos próximos, é certo que pensamos conhecer melhor do que Deus quais são as nossas necessidades ou as necessidades de nossos vizinhos; mais do que isso, acreditamos ter o amor de querer que o nosso semelhante tenha suprida todas as suas necessidades, mas que Deus não tenha o conhecimento nem amor para supri-lo. Contudo, no lugar mais recôndito de nosso coração, sabemos que essa não é verdade. Deus não é servo do homem, e que Deus não age de acordo com o pensamento dos homens de como as coisas deveriam ser ou funcionar.

Abandonemos, pois, as nossas tentativas de dizer a Deus quais bênçãos Ele deveria conceder ou quando as deveria conceder e descansemos na confiança de que a Sua graça é a nossa suficiência.

Soltemo-nos, pois, no ritmo de Deus a fim de que possamos nos tornar integrados ao ritmo deste universo.

– Não precisamos procurar Deus. Só precisamos saber que Ele está conosco e que jamais irá nos abandonar: podemos descansar nessa Palavra.

Se não o fizermos, estaremos cerrando as cortinas da janela e saindo em seguida à procura de luz! O Reino de Deus está dentro de vocês. Por que procurar mais?

Aceitem que "Eu e o Pai somos um só, aqui e agora, e o lugar onde me encontro é solo sagrado." Se a nossa mente estiver serena, em vez de buscar, de investigar ou de mentalizar, nós poderemos ouvir o que Deus tem a dizer.

E não duvidem de que Deus tem coisas infinitamente mais interessantes a dizer a nós do que nós a Ele! Pratiquem a consciência da Onipresença até que obtenham uma completa percepção dela.

Em vez de procurar Deus, reconheçam: "O pai está comigo; não onde eu O procuro, mas dentro de mim. Quando? Agora, agora que O reconheço, pois é Onipresente, sempre presente. Obrigado, Pai. Tu estás aqui!".

– Nossa união consciente com Deus constitui a nossa unidade com cada ser e ideias espirituais.

Isso significa que somos todos um e, na medida em que amarmos o nosso semelhante como a nós mesmos e agirmos com ele do mesmo modo que gostaríamos que agissem conosco, nesse exato grau estaremos acionando e colocando em ação a lei espiritual.

É grande a responsabilidade do estudante espiritual, ninguém possui tanta responsabilidade quanto aqueles que trilham o caminho místico.

Conhecer a Verdade, seguir princípios espirituais – semear no espírito, ao invés da carne –, apenas isso é que poderá proporcionar a nossa regeneração, ressurreição, renovação e, finalmente, a nossa ascensão para além de toda a materialidade.



Joel S. Goldsmith
 http://meditacaocristica.blogspot.com.br
 

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