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sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

O AMOR INUNDA O VAZIO


Sentimos um buraco cósmico dentro de nós, 
um bem aparentemente vazio que parece que precisa 
ser preenchido, e então tentamos preenchê-lo
com dinheiro, drogas, sexo, sucesso,
fama, conhecimento, com todos os tipos de    
experiências temporais e estados. 

Mas tudo passa, tudo se move, tudo é esquecido,
 mesmo o mais feliz, mesmo o espiritualmente elevado, 
mesmo a mais chocante mudança de vida, 
insights ... e o buraco ainda está lá, com fome, 
como sempre e o que fazer, o que fazer? 


Nada pode ser feito para preencher um buraco inexistente.

Esquecemos que, na realidade, 
não há nenhum buraco na experiência presente.

Há apenas a Totalidade, esta vasta capacidade que você é, 
essa consciência antes do vazio e da forma, 
cheio até a borda com a vida,
 e nós somos isso, fomos sempre isso: 
tão total que ainda permite a sensação 
de um buraco em si.
 E está todo aqui. 

Até mesmo um sentimento de falta é dado 
por permissão cósmica para encontrar 
espaço neste caloroso abraço de nós mesmos.

Amor inunda o vazio como se a busca de casa 
nunca tivesse acontecido.
 
Conta Dalai Lama que um monge tibetano, 
que passou mais de dezoito anos em um campo 
de trabalhos forçados numa prisão chinesa, disse-lhe que em algumas ocasiões teve de enfrentar o perigo. 
Então perguntou a ele: "Perigo? Que tipo de perigo?" 
Pensando que ele falaria algo sobre prisão e tortura chinesa. Mas ele respondeu "Muitas vezes eu estive perto de perder 
a compaixão pelos chineses".

Ao contrário da crença popular, não existem pessoas "más" neste mundo, há somente aqueles que estão absolutamente certos de que a sua visão e a sua versão da realidade é singularmente correta e que estão totalmente receosos em abrir-se à possibilidade de conhecer outras pessoas, 
que possam levar-lhe a uma intimidade vulnerável
 diante da alegria da dúvida.

O "mal" é simplesmente uma visão estreita,
 uma dolorosa constrição e rejeição do fluxo da totalidade 
da vida, o esquecimento da nossa verdadeira natureza com a capacidade e a vastidão e a total ausência de uma "pessoa" sólida e separada. É se agarrar com medo às histórias ao invés de se deixar ir ao livre oceano da consciência.

Não há "más pessoas" no mundo, apenas aqueles que secretamente vivem a vida com medo da vida 
e que agem com base neste medo.

O MAL é simplesmente VIVER para trás.
Viver no sentido contrário.
Este reconhecimento é a base da grande compaixão por aqueles que nos apressamos a julgar e a rotular como "maus".
 
 
 
 
Jeff Foster
 
 
 
A compaixão pelo outro ainda permanece distante da nossa compreensão. Ainda vivemos - quase inteiramente - em consonância com aquelas afirmações pretéritas ..."dente por dente, olho por olho...". Jesus veio nos trazer uma nova ordem "... quando alguém lhe esbofetear a face direita, mostre-lhe também a outra..." Precisamos fazer essa experiência - a compaixão pelo outro - pois quando entendermos isso deixaremos de rotular o próximo em todos os aspectos. KyraKally




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