Translate

sexta-feira, 22 de abril de 2022

 ONDE BUSCAR A SABEDORIA 
EM UM MUNDO CARENTE DA VERDADE
 
A busca da Verdade deve ser uma meta em nossas vidas 
 

Embora a expansão do mal pareça irrefreável, atos inteiramente devotados à verdade são capazes de sustá-lo. Assim, o orgulho, a teimosia, a ilusão de autossuficiência, a ignorância e o medo, que impedem que se trilhem novos caminhos, podem deixar de prevalecer desde que os homens de fato se abram para a Luz.

A claridade de milhares de lâmpadas é insignificante diante do despontar da aurora; analogamente, pode-se afirmar que por maior que seja o empenho dos homens, pouco representa diante da capacidade dinamizadora da Hierarquia Espiritual do planeta.

A sabedoria paira sobre o universo e ao mesmo tempo permeia todos os seres, mergulhando na sua existência em profundidade. Não tem dono nem pode ser encapsulada em mente alguma. Penetra onde há liberdade para sua expansão, onde possa abrir caminhos e revelar aspectos límpidos e evolutivos da natureza do cosmos. Por isso, é infrutífero procurar obtê-la dos homens: ela não pertence a ninguém, embora, misteriosamente, se encontre no interior de cada um.

A beleza do trabalho da sabedoria é inefável; a harmonia que se irradia de suas obras o tempo não faz esquecer. A sabedoria age em consonância com a Lei, a fim de permitir o despontar de novas luzes nos que se assenhoreiam da luminosidade já existente. Quando uma luz atinge o auge, inúmeros indivíduos sentem-se atraídos por sua radiância; no entanto, para se chegar à sabedoria é necessário mais do que simpatia pelo Bem, é necessário praticá-lo em nome da Verdade maior e única.

Quando a negação da Verdade única chegar a limites insuportáveis, surgirá de todas as partes um clamor intenso por ela; será então que nos homens a fé na Hierarquia Espiritual deve estar mais firme, pois ela é capaz de dissipar as brumas espargidas por atos ignorantes perpetrados pela humanidade.

Há uma chave para isso: o sincero e ardente amor à Verdade. Quando se busca a Verdade acima de tudo, sem se prender às múltiplas formas pelas quais ela pode exprimir-se, caminha-se com segurança. Por isso, mais do que nunca é necessário equilíbrio: ao mesmo tempo que toda a orientação segura vem do interior e se deve prestar total obediência à fonte interna de Sabedoria, o indivíduo precisa estar suficientemente desapegado de si e de suas percepções para distinguir o falso do verdadeiro, pois mesmo um impulso interno genuíno pode ser desvirtuado por tendências subconscientes. À obediência devem estar aliados, portanto, a entrega à realidade transcendente, o desapego e o discernimento.

Somos aprendizes de uma grande Escola, a qual conhecemos profundamente. Ela nos é, todavia, invisível, verdadeira. Nesse processo, a entrega propicia a percepção da Verdade; porém, há de ser uma entrega dinâmica. Por isso, muitas vezes uma indagação serena, que não estimule demais o raciocínio, mas atue como o pulsar de um coração chamando pela vida, pode ser de ajuda. São oportunas perguntas assim ao próprio mundo interior; são como um apelo da consciência externa aos núcleos internos do ser.

Em instante algum os mensageiros da Hierarquia se ausentam do mundo. Percorrem a Terra inteira; em geral são imperceptíveis e, seja trabalhando anonimamente em meio aos que necessitam de um impulso à vida nova, seja cortando invisivelmente o mar de éteres com seus corpos de luz, estarão sempre presentes.

José Trigueirinho Netto
https://www.otempo.com.br 
 
 
A verdade sempre predomina

O culto à mentira é dos mais danosos comportamentos a que o indivíduo se submete. Ilusão do ego, logo se dilui ante a linguagem espontânea dos fatos. Responsável por expressiva parte dos sofrimentos humanos, fomenta a calúnia que lhe é manifestação grave e destrutiva - a infâmia, a crueldade...

A maledicência é-lhe filha predileta, por expressar-lhe os conteúdos perturbadores, que a imaginação irrefreada e os sentimentos infelizes dão curso.

Além desses aspectos morais, a mentira não resiste ao transcurso do tempo. Sem alicerce que a sustente, altera a sua forma ante cada evento novo e de tal maneira se modifica, que se desvela. Por ser insustentável, quem se apóia na sua estrutura frágil padece insegurança contínua.

Porque é exata na sua forma de apresentar-se, a verdade é o inimigo normal da mentira. Enquanto a primeira esplende ao sol dos acontecimentos e exterioriza-se sem qualquer exagero, a segunda é maneirosa, prefere a sombra e comunica-se com sordidez. Uma é fruto da realidade; a outra, da fantasia, que não medita nas consequências de que se reveste.

A mentira teme o confronto com a verdade. Aloja-se nas sombras, espraia-se, às escondidas, e encontra, infelizmente, guarida.

A verdade jamais se camufla; surge com força e externa-se com dignidade. Não tem alteração íntima, permanecendo a mesma em todas as épocas. Ninguém consegue ocultá-la, porque, semelhante à luz, irradia-se naturalmente. Nem sempre é aceita, por convidar à responsabilidade. Amiga do discernimento, é a pedra angular da consciência de si mesmo, fator ético-moral da conduta saudável.

Enquanto a mentira viger, a acomodação, o crime afrontoso ou sob disfarce, o abuso do poder e a miséria de todo tipo predominarão na Terra exaltando os fracos, que assim se farão fortes, os covardes, que se tornarão estóicos, os astutos, que triunfarão em detrimento dos sábios, dos nobres e dos bons...

Face a tais logros, que propicia, não obstante efêmeros, os seus famanazes e cultuadores detestam e perseguem a verdade. Não medem esforços para impelir-lhe a propagação, por saberem dos resultados que advirão com o seu estabelecimento entre as criaturas.

São baldas, porém, tão insanas atitudes.

A verdade espera... Seus opositores enfermam, envelhecem e morrem, enquanto ela permanece.

A mentira é de breve existência. Predomina por um pouco, esfuma-se e passa...

(...) Jesus, em proposta admirável, afirmou: Busca a verdade e a verdade te libertará.

Ninguém tem o direito de ocultar a verdade, qual se fosse uma luz que devesse ficar escondida. Onde se encontre, irradia claridade e calor.

O seu conhecimento induz o portador a apresentá-la onde esteja, a divulgá-la sempre. Pelos benefícios que proporciona, estimula à participação, à solidariedade, difundindo-a. (...)

Joanna de Ângelis, psicografia de Divaldo Franco
http://www.oespiritismo.com.br

Nenhum comentário:

Postar um comentário