Caminhos do Coração

 

Os problemas e infortúnios da vida são oportunidades. Quando o problema se repete, é preciso focar sobre essa sábia pergunta: O que a vida está tentando me ensinar que não consigo aprender?

Ninguém quer ouvir verdades desagradáveis sobre si mesmo. Há dificuldade em aceitar as próprias imperfeições e, todo mundo quer ser perfeito agora. Ninguém quer sentir essa dor.

Mas essa dor está aí e todos somos vítimas dela. Só podemos curar uma doença quando a reconhecemos. Só podemos nos libertar de um problema quando o identificamos.

Acreditamos que não temos nada para dar ao outro e,  por isso, precisamos obter algo dele. Estamos completamente enlouquecidos  atrás de dinheiro e de acumular coisas. Tentando destruir o outro para conseguir algo, forçando-lhe a dar-nos atenção. Essa é a Matrix. 

Muitas transmissões espirituais, atualmente, concentram-se no bem e na bondade para ativar a consciência maior e a lembrança de si mesmo. No entanto, ninguém sabe o que fazer com todos os sentimentos de medo, raiva, orgulho, inveja, gula, preguiça, avareza, luxúria e mentiras, que também fazem parte da experiência humana.

Dar um sentido a esses sentimentos faz parte do processo espiritual. É necessário identificá-los e transformá-los e não fingir que não existem. Quando os dissimulamos, eles crescem e acabam nos prejudicando e aos outros também e, sem que nos demos conta, sabotam nossa felicidade e impedem que sejamos próspero, que tenhamos saúde e paz, que sejamos felizes e que nos iluminemos.

Essa parte abstrata, vira-se contra nós, pois é uma defesa que originou-se ao experimentarmos choques de dor, humilhação, abandono e rejeição. Às vezes, é necessário espiritualidade para escapar da maldade. Porém, quanto mais se foge mais ela cresce.

A maldade tem que ser transformada e só se transforma quando a identificamos. Temos que encará-la.

Isto é difícil porque nos colocará em contato com  dores profundas e complicadas de se enfrentar. Então, é mais fácil estar adormecido neste círculo vicioso, já que é requerido coragem e humildade para admitir as próprias imperfeições e não querer estar acima delas. Há que se descondicionar a mente para que possamos nos identificar com o Eu maior, o Eu real, o Eu Superior.

Este mundo é uma tremenda ilusão, um mundo criado pela mente, um pesadelo e a raiz do pesadelo é a carência afetiva, por isso é necessário acordar deste sonho ruim. O que o sustenta são os desejos, a concorrência... Toda disputa nasce da necessidade de amor exclusivo. Esta é a principal doença a ser curada.

Quando a pessoa está sofrendo e começa a questionar a vida e a si mesmo, busca a terapia para encontrar as respostas, o conforto e alívio. Mas somente alguém que já se realizou é que pode levar o outro à realização, alguém que acordou para a verdade e sabe o caminho.

Uma prática que está ao alcance de todos é colocar o amor disponível em movimento, por meio de atitudes generosas, compassivas, fraternas – fazer o bem não importar a quem. Experimentaremos um milagre e nos surpreenderemos como mudará nossas vidas.

Quando o ser ativa a sua consciência maior, que é a sua capacidade de se doar conscientemente, quando coloca cada molécula do seu corpo à serviço da vontade divina, quando realiza o trabalho de entrega, de rendição a Deus, então ele aprende a seguir sua intuição, compreendendo que ela é a voz de Deus, a voz do Mestre falando no seu interior.

Se este potencial for colocado em ação nos tornaremos um elo na cadeia da felicidade. A felicidade passa por nós para que seja dada ao outro e assim, ativamos a autoconfiança ocupando o nosso verdadeiro lugar no mundo; integrando-nos à grande família universal. O coração é o elo e cada vez mais, o canal vai se tornando puro para manifestar o amor e a Sabedoria Divina.

"A Paz traz a Alegria. A Alegria traz o Amor. O Amor traz a liberdade que te faz voar para o infinito."

   Prem Baba

"Toda disputa nasce da necessidade de amor exclusivo. Esta é a principal doença a ser curada". Essa é uma grande falha de caráter, pelo menos em relação a maioria. É tão séria a exclusividade, que já é observada como "doença". Como estamos em relação a isso? Desejamos ser exclusivos ? É simples combater esse mal: "... colocar o amor disponível em movimento, por meio de atitudes generosas, compassivas, fraternas – fazer o bem não importar a quem".Vamos fazer essa experiência? Quem sabe experimentaremos uma grande mudança em nossas vidas?  KyraKally