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quarta-feira, 22 de outubro de 2014

AMOR, PERDÃO, GRATIDÃO

      
Somente quando se remove a armadura é que se pode agradecer. Tanto tempo o ser humano passa preso dentro de uma armadura que acaba se acostumando, a ponto de acreditar que é a armadura. Esta é a autoimagem idealizada que foi criada ao longo do tempo e que acreditamos ser nossa identidade. 

O que sustenta esta falsa identidade são os sentimentos negativos que evitamos contatar. Começamos a tirar a armadura quando a vida nos mostra que tem alguma coisa errada. As repetições negativas e destrutivas nos levam a concluir que necessitamos fazer alguma coisa por nós mesmos.

É assim que muitos se colocam no caminho do autoconhecimento. A armadura só cai quando passamos pela experiência de ficar frente ao espelho e observarmo-nos. Então, abrem-se as portas da compreensão. Raios de amor começam a iluminar nossa vida. Este é o início da transformação.

Um milagre começa a acontecer. O milagre da mudança da nossa visão que estava focada na falta - gerando lamúria, revolta e sofrimento – para, então, focar naquilo que temos em abundância: os presentes que Deus nos dá. Só então, capacitamo-nos a agradecer.

 

O que proporciona esta mudança de eixo do sofrimento para alegria é a gratidão, mas a gratidão precisa ser verdadeira. A gratidão é, talvez, a primeira virtude da alma. Quando a alma começa a se revelar sentimos gratidão pela vida, pelo sol, pela lua, pelas estrelas, pela floresta, pelo mar, pela terra... 

 

Gratidão por todos os seres. Até chegarmos ao ponto de agradecer pelo momento sagrado do nosso nascimento. Até que possamos agradecer, sinceramente, a nossa mãe e ao nosso pai - os canais que nos trouxeram ao mundo - e reconhecendo a divindade desses seres nos libertaremos das mágoas, rancores e tantos outros sentimentos negativos.


E a gratidão só brota quando estamos preparados para perdoar. E o perdão só surge quando compreendemos o porquê das mazelas que tivemos que passar. Quando entendemos que foram chances de cura e crescimento, ao invés de acharmos que foram eventos contra nós. Enquanto acreditarmos que a vida está contra nós nossa visão estará focada na falta. 

Assim, não podemos agradecer e, consequentemente, não podemos respeitar e muito menos amar. O coração estará fechado e o resultado disso é o sofrimento. Por isso rezamos para que possamos ser banhados pela luz do Amor e do Perdão. 

Enquanto não nos reconhecermos como seres divinos, significa que ainda há ingratidão e, portanto, algum ponto de ressentimento no nosso sistema, que acaba criando repetições negativas. Estas repetições mostram que estamos até agora acorrentados ao passado, presos por laços de sentimentos negativos, porque não compreendemos os acontecimentos da vida e guardamos ressentimentos e mágoas – que as vezes nem sabemos quão profundamente  escondidos estão - por causa das experiências difíceis que passamos. 
 
Enquanto estivermos identificados com a criança ferida, exigiremos amor exclusivo de todos. Na verdade  estaremos vivendo carentemente, porque faltou algo lá atrás e a mente está fixada neste momento. Por isso achamos que fomos privados de tudo. Isso é um ciclo vicioso. A transformação e purificação só acontecem através do reconhecimento  das mágoas e dos pontos de rancores que possibilitam o perdão e a gratidão. A purificação promove a abertura do coração levando-nos a dar mais do que receber.
 
Quando estes pontos são liberados do nosso sistema reconhecemo-nos como seres divinos, então estamos capacitados para  agradecer, amar e perdoar. Os véus que nos separavam do Todo são retirados, sentimo-nos uno com a Criação.

Não existem privações no mundo de Deus. Somos fonte de amor e de prosperidade. Somos ricos em todos os aspectos. Nada nos falta. Só precisamos amar, perdoar e agradecer por tudo que recebemos. 
  
 Prem Baba


Estamos predestinados a Amar, então sigamos  ardentemente o que Ele nos disse: “Amai-vos uns aos outros assim como Eu os amo”. KyraKally

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