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quinta-feira, 16 de outubro de 2014

AS SETE MORADAS

Nós somos chamados a sofrer com Cristo para colaborar com sua obra de redenção e unidos ao Senhor somos parte do corpo de Cristo. Ele continua a viver em nós e sofrer conosco, assim nosso sofrimento dá frutos.

Somente partindo de Deus 
 se pode entender o que é um espírito.

Esse mistério  sempre nos atraiu no fundo é o mistério da nossa existência. O quanto existe de espiritual na   existência nós descobrimos continuando com o nosso conhecimento de Deus, sem que Ele, porém, nos seja totalmente revelado, pois será sempre um mistério.
 
Minha vida não mais me pertence. Se não está convicto disso, respeite suas dúvidas. Na vida recebemos sinais, o meu veio de Sta. Tereza de Ávila. Ela me tomou pelas mãos e pediu para que eu atravessasse as sete salas, pois cada um de nós deve superar etapas. Sta. Tereza diz que o caminho  que  nos leva a alcançar o centro de nós mesmos passa por sete moradas ou sete salas.

Na primeira sala a alma está muda e surda, ainda prisioneira do mundo exterior, mas inicia o conhecimento do mundo   interior e começa seu percurso pelas sete moradas. 

Na segunda morada a alma luta contra os atrativos do mundo exterior e percebe que tudo nele é efêmero.
 
Na terceira morada a alma se purifica através da meditação; está preparada para colher o sofrimento e renuncia as tentações do mundo exterior, porém não é ainda bastante forte. 

Na quarta morada a imaginação domina  o conhecimento, a inteligência e a memória pesam sobre a alma, entretanto, para progredir, ela deve renunciar a tudo.
 
Na quinta morada o mundo profano não tem mais influência sobre a alma, que já está livre de todas as amarras. 

A sexta morada é a sala do sofrimento. Mas a alma já abandonou todas as tentações do mundo exterior, compreende profundamente a finalidade do sofrimento e aguarda aquilo que se encontra na sétima morada e isso não conhecemos ainda.

Não se sacrifique por alguma coisa que ache não ser o seu caminho, pois podemos servir a Deus de várias formas. Quem quer partilhar da vida de Cristo deve ser crucificado como Ele. Deve negar a si próprio, abandonar o sofrimento e a morte permitindo que Deus oriente sua vida.
 
A liberdade pessoal é um segredo tão grande que diante dela até Deus se detém com respeito. A decisão última sobre si é direito da pessoa, pois a alma é um ser em liberdade. Chega até Deus a pessoa que se entrega completamente a Ele e justamente esta entrega é o ato mais sublime de nossa liberdade.  O nosso mundo interior é o lugar da nossa liberdade absoluta.
 
É preciso que alguém tome para si o sofrimento de quem odeia e de quem é odiado. Eu me ofereço pela minha família, pelos vivos e pelos mortos, por todos aqueles que Deus confiou a mim. O mistério da cruz só pode ser compreendido pelo crucificado.


Se quisermos ser tudo, 
 não desejemos ser coisa alguma. 
Somente Deus devemos desejar.

 
Texto compilado a partir das legendas do filme “A SÉTIMA MORADA”



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