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quinta-feira, 21 de julho de 2022

 PENSAMENTO COTIDIANO


Como é que não se percebe que a poluição não existe apenas no plano físico? Se houvesse laboratórios equipados com aparelhos suficientemente aperfeiçoados, poder-se-ia verificar que algumas emanações fluídicas dos humanos são verdadeiros gases asfixiantes. E também se poderia fazer a constatação inversa: que as emanações de um ser espiritual são benéficas para todas as criaturas, mesmo para as pedras, para as plantas e para os animais; como ele é puro, desinteressado e pleno de amor, a sua presença age tão favoravelmente sobre aqueles que o rodeiam como a presença de um criminoso pode agir negativamente. Até os espíritos que já deixaram o mundo terreno vêm junto dele para se alimentarem das suas emanações. É graças a esses seres evoluídos que a atmosfera da Terra ainda não se tornou completamente irrespirável.
Deveis aprender a entrar em contacto com o mundo do espírito, a procurar a felicidade no mundo divino que tendes dentro de vós. É aí que podeis expandir-vos e encontrar a plenitude. Só as alegrias sutis são alegrias duradouras. Por que haveis de desperdiça-las, descendo demasiado baixo na matéria?... Nunca esqueçais que existe em vós uma natureza superior que podeis desenvolver para vos manterdes nesse mundo ideal, para permanecerdes acima das forças que provocam desordens e estragos, e viverdes continuamente num clima espiritual.
 
A Escola Divina é à imagem das escolas terrestres. Na terra, quando um aluno passa num exame, recebe um diploma que lhe abre algumas portas e lhe dá imensas possibilidades. Do mesmo modo, quando sabeis passar as provas da vida com sucesso, também recebeis um diploma, mas não se trata de um papel, como os diplomas das universidades, que podem ser rasgados, queimados, apagados ou roubados. Nesse caso, é um diploma que vos colam no rosto, no corpo, em todo o vosso ser; ninguém vo-lo poderá tirar. E os espíritos da Natureza, que sabem ler esse diploma, apreciam-vos, recebem-vos, reconhecem-vos. Para onde quer que possais ir, eles vêem esse diploma através do espaço e vêm proteger-vos e ajudar-vos.
 
O amor, o verdadeiro amor, está não só acima da atração sexual, mas também acima do sentimento, porque é um estado de consciência. A atração é um questão de comprimentos de onda, de vibrações, de fluidos, e depende de elementos puramente físicos. O sentimento já é superior à atração, porque pode ser inspirado por fatores de ordem moral, intelectual e espiritual. Mas o sentimento também é variável: num dia, gosta-se, noutro dia não se gosta. O amor vivido como um estado de consciência, pelo contrário, está para além das circunstâncias e das pessoas. É o estado de um ser que se purificou tanto, que desenvolveu tanto a sua vontade, que conseguiu elevar-se às regiões sublimes do amor divino. Então, faça o que fizer, esteja a comer, a passear, a trabalhar ou a encontrar-se com outros seres, ele sente esse amor em si e usa-o para ajudar todas as criaturas.
 
Devemos cultivar o lado exterior e o lado interior do nosso ser; o lado exterior para a sociedade e o lado interior para nós próprios. Devemos viver a nossa vida interior para nós, mas tendo sempre consciência de que essa vida se propaga e um dia atingirá o mundo inteiro, todos os seres da terra e do Céu. A atividade exterior é muito reduzida, mas a atividade interior é muito vasta. Os nossos atos só podem tocar poucas pessoas, mas os nossos sentimentos e, sobretudo, os nossos pensamentos podem atingir todos os seres. O pensamento é muito mais poderoso e abarca infinitamente mais coisas do que a nossa vontade; ele é também mais sutil e dispõe de mais possibilidades. Pelo pensamento, podemos fazer tudo o que quisermos, até viajar no espaço, enquanto a vontade, que se exerce na matéria, encontra grandes resistências, o seu campo de ação é muito limitado.Um dia, mas após muitas reencarnações e um imenso trabalho psíquico da nossa parte, a atividade da nossa vontade seguirá imediatamente a do nosso pensamento.
 
Vós já fizestes subidas a montanhas e observastes que são as asperezas, as rochas, que vos permitem escalar. Então, porque é que desejais que a vossa vida seja lisa, sem asperezas? Nessas condições, nunca conseguiríeis chegar ao cimo e, sobretudo, ao descer, que trambolhão!... Para vossa felicidade, a vida está cheia de asperezas e é graças a elas que ainda estais vivos. Sim, por isso não deveis desejar que a vossa vida seja lisa, sem sofrimentos, sem inconvenientes, sem desgostos, sem inimigos, porque não tereis nada a que vos agarrar para subir. Todos desejam sempre viver com facilidades e na opulência, sem saberem que, na realidade, é a sua própria infelicidade que estão a pedir. Felizmente, o Céu não os escuta; se os escutasse, em breve nada restaria deles.
 
Um Mestre tem poderes, é certo, mas há coisas que ele não pode fazer. Não pode, por exemplo, comer por vós; ele dar-vos-á alimento, mas vós é que tereis de comer. E se disserdes: «Não, eu quero que seja ele a comer», pois bem, ele fortalecer-se-á e vós definhareis! Estais sempre a pensar que o Mestre é que deve fazer o vosso trabalho. Não! O Mestre dar-vos-á todos os materiais necessários para a construção do vosso palácio, dar-vos-á até cimento e pregos, mas vós é que tereis de pôr-vos a trabalhar; não será ele que construirá o palácio. Se fosse o Mestre a fazer o vosso trabalho, ele ganharia tudo e vós nada ganharíeis. Compreendei bem que um Mestre não pode fazer tudo. O Sol também não tem todos os poderes: se deixardes as cortinas corridas, ele nunca poderá entrar na vossa casa.
 
Os humanos ainda não sabem respirar por todos os poros, por isso a sua respiração ainda não é completa, ideal, divina. Todavia, certos yogis tornaram-se capazes de respirar pela pele e captam assim toda a espécie de energias e de substâncias vitais. Então, podem diminuir a quantidade de comida e de bebidas, pois aprenderam a absorver os elementos mais sutis. É um exercício que podeis aprender a fazer ao nascer do Sol: absorver os raios solares através da pele e armazená-los no plexo solar. Assim, passados uns meses, uns anos, sentireis abrirem-se em vós pequenas bocas, pequenas portas, que já existiam, mas que ainda não vos tínheis exercitado a fazer funcionar.
 
Alguns pais escolhem para os seus filhos nomes que têm um significado absolutamente prosaico e vulgar. Ora, cada nome produz determinadas vibrações, que agem sobre os corpos etérico, astral e mental das crianças, mesmo sem que aqueles que o pronunciam se apercebam. Se os pais estivessem instruídos a respeito da influência harmoniosa ou desarmoniosa, benéfica ou maléfica, que um nome tem, seriam muito cuidadosos na escolha dos nomes dos seus filhos, pois a escolha criteriosa do nome contribui para o desenvolvimento de certas qualidades e virtudes. Por isso, tem acontecido alguns Iniciados mudarem o nome de uma pessoa que era vítima de infortúnios, de doenças e de vícios, e o destino dessa pessoa seguiu outro rumo graças a esse novo nome. Isto não quer dizer que devamos pôr-nos a mudar o nome a toda a gente. Mas, para as crianças, é mil vezes preferível encontrar um nome que tenha um significado espiritual, isso pode ajudá-las muito na sua evolução.

Quando contemplardes o Sol, tentai reencontrar o centro em vós - o vosso espírito, que é onipotência, sabedoria, onisciência, amor universal - e aproximai-vos dele, dia após dia. Enquanto permanecerdes afastados do centro, estareis à mercê das correntes mais desordenadas e contraditórias. É certo que, por vezes, se é obrigado a abandonar o centro para realizar atividades na periferia. Sim, devemos saber afastar-nos do centro, porque é necessário, mas isso não significa que devemos cortar a ligação com ele. Pelo contrário, quanto mais atividades tiverdes no mundo, ou seja, na periferia, mais deveis reforçar a ligação com o centro, com o Espírito, porque é do centro que recebeis a energia, a luz e a paz de que necessitais para levar a bom termo tudo o que pretendeis realizar.
 
Quando um acrobata caminha sobre o arame, tem de afastar os braços para manter o equilíbrio. Esta imagem é igualmente a do homem, porque a vida também é um arame. Se ele não souber acrescentar um pouco aqui, suprimir um pouco acolá, para manter em equilíbrio os dois pratos que são o coração e o intelecto, por exemplo, se ele descurar um lado em proveito do outro, criará desequilíbrio, que se manifestará por pensamentos e sentimentos caóticos. O homem deve pensar em equilibrar, em todos os domínios, os pratos da sua balança interior. Se ele estiver sempre concentrado na matéria (o dinheiro, as posses), sem nunca pensar no espírito, no Céu, criará em si um desequilíbrio, que se refletirá na sua fisionomia e até na sua saúde. É preciso conhecer a lei segundo a qual, para cada necessidade que se satisfaz num plano, surge noutro plano uma lacuna, que também deverá ser preenchida.
 
 
MESTRE  OMRAAM  MIKHAËL  AÏVANHOV
http://lotusdourado7.blogspot.com 

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