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terça-feira, 23 de janeiro de 2024

 A CURA PELA NATUREZA

Se um dia você se sentir esgotado, irado ou tenso, saia e sente-se encostado a uma árvore. Escolha uma boa árvore de tronco sólido e sente-se no chão com as costas encostadas ao tronco. Feche os olhos e relaxe. 

Sentirá uma mudança gradual em seu estado mental. Sua tensão, sua ira, seu cansaço vão desaparecer. Em seu lugar, você sentirá uma crescente sensação de calor, um sentimento de amor e conforto. Isso vem da árvore. Aceite e seja feliz. Fique sentado ali até se sentir recuperado.

Então, antes de ir embora, abrace a árvore e agradeça-a. Dê a si mesmo um tempo para apreciar a natureza ao seu redor. Sinta o cheiro da terra, das árvores, das folhas. Absorva suas energias e envie-lhes as suas.
 
Um dos fatores que contribuem para nosso isolamento do resto da natureza são nossos sapatos. Sempre que puder, contate a natureza descalço. Faça contato com a terra. Sinta-a, absorva suas energias. Mostre seu respeito e amor pela natureza e viva com ela.

Do mesmo modo, viva com as outras pessoas. Há muitas pessoas que você encontra, durante sua vida, que podem se beneficiar através desse encontro com você. Esteja sempre pronto a ajudar outra pessoa naquilo que puder. Não ignore ninguém, nem olhe para o outro lado quando souber que essas pessoas precisam de sua ajuda.

Ajude com alegria. Ao mesmo tempo, não procure carregar os outros nas costas. Todos nós temos de viver nossas próprias vidas.
 
R. Buckland
http://yoga-ensinamentos.blogspot.com 
 
O tesouro oculto na montanha 
e a busca do nosso mundo interior 
 
 
Existia em certa região a crença de que um povo de grande sabedoria a habitara em tempos remotos e deixara um tesouro oculto no alto das montanhas. Afirmava-se que o homem que o encontrasse se tornaria o mais rico do mundo e que ninguém poderia roubar sua fortuna. De geração em geração mantivera-se a fé de que o encontro daquele tesouro atrairia ao lugar prosperidade e harmonia jamais vistas.

Várias expedições foram empreendidas. Inúmeros rastreamentos e escavações foram feitos, tudo em vão. Os anos iam-se passando e o tesouro ia tornando-se lenda.
 
Havia naquela região um jovem muito amado por todos. Também para ele o tesouro parecia inatingível. E, bem-sucedido em tudo a que se dedicava, era inexplicável o sentimento de vazio que sempre o acometia. Movido por imperiosa necessidade de refletir, passou a buscar quietude na cercanias. No topo de uma montanha próxima dedicava-se a contemplar o Sol. Quase diariamente se dirigia àquele local para ver as luzes silenciosas do crepúsculo ou sentir o chamado à alegria do alvorecer.
 
Após algum tempo, o jovem observou que sua insatisfação desaparecera. Um sentido de plenitude havia crescido em seu ser. Passou a observar também, sempre que retornava da montanha, que algumas pessoas o aguardavam no caminho e eram tocadas pelo mesmo estado de paz.

Numa tarde de primavera, quando a natureza se desdobrava em flores e o céu resplandecia azul, o jovem lembrou-se do tesouro, e os raios do Sol fizeram-no ver o grande legado que quase sem se dar conta encontrara: pensamento luminoso para iluminar seus rumos, sentimento luminoso para iluminar seus contatos e ação luminosa para iluminar seu mundo.
 
Dentro de si, onde ninguém pode tocar, inextinguível e inviolável, estava o tão procurado tesouro.

Como seres humanos, vivemos separados da nossa Fonte interior de energia e de luz e isso é o que nos faz ingressar nos estados de ânimo corriqueiros. À medida que ampliamos a consciência e nos aproximamos do mundo interior e espiritual, nossas atitudes e interesses vão mudando e nossa vibração se eleva.
 
Aquietarmo-nos para buscar esse mundo interior exige persistência, mas não significa deixar de pensar ou de usar a própria vontade. Sucede é que a mente humana e os pensamentos normais, embora continuem a existir, não mais se introduzem na calma que vai surgindo.

O objetivo dessa busca silenciosa seria conseguir um estado de receptividade mental e emocional que nos permita ser canais para a fluência de uma energia superior, iluminada, inteligente e amorosa. E não, como muitos pensam, usar a mente e a vontade para fazer acontecer algo segundo nossas próprias convicções.

Um dos primeiros passos para isso é tirar nosso pensamento de pessoas, de lugares e de coisas, do corpo, do dinheiro e de qualquer situação humana. Depois, enviá-lo ao centro da consciência. Se assim fizermos, com calma e persistência, poderemos perceber, dentro de nós, uma Presença que não se compara com nada deste mundo.
 
É na luz do mundo interior que encontraremos nossa esperança, nosso rumo e nosso alento. Não nos desviemos jamais. Uma consciência apegada a coisas e imagens terrenas não pode comportar a imensidão de sua realidade interna!

Muitos pretextos nos trará a mente para desviar-nos do verdadeiro caminho. Portanto, precisamos vigiar.
 
José Trigueirinho Netto
https://www.otempo.com.br

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