ORAÇÃO DA BOA VONTADE
Om, Shanti.
Evoco o melhor para os meus semelhantes, para meus colegas e cada ser que conheço.
Espero que vizinhos e pessoas com quem interajo se libertem das causas da dor – e do egoísmo, fonte do sofrimento.
Que minha alma me afaste da ignorância. Que todos se ergam no caminho da Paz.
Meu
semelhante é meu irmão, saiba ele ou não disso. Afasto de mim a
imprudência, o descaso, o descuido e a ausência de saber. No silêncio
profundo, percebo o equilíbrio.
Ao lado do desapego está a sabedoria. A consideração pelo outro é da mesma natureza que a consideração por mim.
O
erro do colega é meu defeito. A virtude do irmão é minha qualidade. Os
covardes pensam que se beneficiam com o tropeço alheio.
Sou rigoroso comigo e generoso com meu próximo.
Sei
que boa vontade sincera não aceita indulgência: é para tirar vantagem
que o preguiçoso e o manipulador estimulam a preguiça alheia.
Altruísmo e rigor, combinados, produzem paz. A boa vigilância exige o melhor de si e dos demais.
Não trato de dizer ao outro o que ele espera ouvir. Abstenho-me de falsidade.
Querer
o bem do semelhante é uma atitude sóbria, e fica longe das aparências.
Inclui a concordância e a discordância. É inseparável da franqueza. Não
possui uma forma externa, e no entanto é perceptível onde quer que haja
boa vontade.
Desejar
o melhor aos outros é uma maneira imediata de ser feliz. Como tudo o
que ocorre na alma, constitui uma atividade silenciosa e eficaz.
A bem-aventurança olha para o alto.
Evoco o melhor e o mais elevado para os meus semelhantes que convivem comigo, e para os que não convivem.
Desejo que se libertem da ausência de paz. Que avancem pelo caminho da simplicidade, alcançando o contentamento.
Compartilho
agora mesmo a bem-aventurança e a lei da justiça com os seres que
conheço, com os seres que não conheço, e os que conhecerei no futuro.
Shanti, Om.
Carlos Cardoso Aveline
https://www.filosofiaesoterica.com
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