JOÃO DA CRUZ E A PAIXÃO
Qualquer pessoa que permita que suas paixões
tomem conta de sua vida encontrar-se-á torturada e aflita,
nas mãos de um poderoso opressor. Pense em Sansão que foi símbolo de grande força certa vez, mas, nas mãos de seus inimigos, fica enfraquecido, cego, torturado e atormentado.
Nosso inimigo são as nossas paixões.
Podemos esperar o mesmo conosco. Quanto maior o número de nossas paixões, maior o nosso tormento. "Cercaram-me como vespas", diz Davi, "ardiam como fogo no espinheiro". "Meu gemido não se esconde de ti", continua ele, "... meus rins ardem em febre, nada está ileso em minha carne;
estou enfraquecido, completamente esmagado,
meu coração rosna, eu solto rugidos".
Mas, enquanto nossas paixões nos atormentam,
o Espírito de Deus nos revigora. "Vinde a mim todos os que estais cansados sob o peso do vosso fardo", diz Deus.
Todos vocês que vagueiam atormentados e torturados,
todos vocês que estão oprimidos pelo peso de suas paixões, deixem para trás os que os oprimem e venham a Mim.
Eu os revigorarei.
E vocês encontrarão repouso para a alma".
João da Cruz
Quando se fala em paixão nos vem à mente: amar loucamente alguém. É uma das faces da paixão e ela possui muitas, porém, esta é a mais comum. Podemos, também, estar apaixonados pela nossa posição social, pelo nosso time de futebol, pela nossa religião... e consequentemente, somos capazes até de matar por isso. É um fardo muito pesado e temos que nos livrar dele antes que nos consuma totalmente. Não é fácil, pois nem percebemos uma atitude nossa como apaixonada, visto que não nos concentramos no presente. Ou estamos mergulhado no nosso passado ou projetando o nosso futuro, quando deveríamos estar vivendo o presente. Podemos começar observando as nossas atitudes, refletindo sobre elas, afinal somos conscientes do bem e do mal, não? KyraKally
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